Capa do livro de José Brandão, Cronologia da Guerra Colonial: Angola, Guiné, Moçambique, 1961-1974. Lisboa: Prefácio, 2008. 454 pp. (Contactos da Editora Prefácio: Rua Pinheiro Chagas n.° 19 - 1º, 1050-174 Lisboa, Telefone +351 217 802 764; +351 213 143 378 , mail: editora.prefacio@mail.telepac.pt ).
O autor, ex-operário metalúrgico, ex-dirigente sindical e ex-membro da comissão política do PS, nasceu em 1948, em Algés, Oeiras, fez a guerra colonial em Moçambique, como radiotelegrafista (1969/71). Foi, desde 1972, um operacional da ARA- Acção Revolucionária Armada, organização criada pelo PCP, e que sabotou, na Metrópole, diversos objectivos militares, afectos ao esforço de guerra no Ultramar, no âmbito da sua luta contra o regime de Salazar-Caetano e a guerra colonial (*).
Foi preso em 27 de Março de 1973 pela PIDE / DGS. É autor de diversas publicações. Cite-se algumas das mais recentes: Suicídios Famosos em Portugal, Edições Europress, Novembro 2007, Portugal Trágico – O Regicídio, Âncora Editora, Fevereiro 2008; A Vida Dramática dos Reis de Portugal, Ministério dos Livros, Setembro 2008.
Tem colaboração dispersa pela imprensa escrita (por exemplo, no Expresso). Anima o blogue Gostar de livros.
O nosso camarada Beja Santos ofertou-nos um exemplar desta publicação, Cronologia da Guerra Colonial, com o objectivo de, em cojunta com outras publicações, vir um dia destes a serem leiloada, num dos nossos encontros, permitindo a angariação de fundos para a manutenção do blogue. O nosso muito obrigado (LG).
1. Texto do Mário Beja Santos, datado de 4 de Dezembro último:
Comentário: Aqui está o que de essencial se passou nas três frentes da nossa guerra em África, ao longo de treze anos, com os seus eventos registados mês a mês e a relação de todos os mortos(combate, acidente ou doença)nesses teatros de operações.
Observa o coronel Ricardo Ferreira Durão:
«Depois do 25 de Abril ainda morreram nos três teatros de guerra 530 militares, 159 dos quais em resultado directo de acções de combate... Portugal manteve entre 1961 e 1973 uma média anual de 105 mil homens envolvidos nas três frentes. Os efectivos tiveram os valores mais elevados em 1973, quando atingiram o total de 148 mil homens».
José Brandão, que se tem notabilizado pela divulgação histórica e colabora no sitehttp://www.vidaslusofonas.pt/ , oferece, com esta iniciativa, um excelente instrumento auxiliar de estudo e uma ferramenta para radiografar os mais significativos feitos militares, em paralelo com a evolução política, nacional e internacional, integrando, com todo o rigor, a presença dos feitos dos movimentos de libertação. (**)
___________
Notas de L.G.:
(*) Algumas das acções de sabotagem e outras levadas a cabo pela ARA:
26 de Outubro de 1970 - Bomba no navio Cunene, ao serviço da guerra colonial.
20 de Novembro de 1970 - Acções contra: (i) Escola Técnica da PIDE/DGS ; (ii) Centro Cultural dos EUA; (iii) material de guerra destinado às guerras coloniais, no Cais da Fundição, em Lisboa.
8 de Março de 1971 - Explosão de engenhos na base aéra de Tancos que destruiu ou danificou 28 aviões e helicópteros.
Junho de 1971 - Sabotagem da central de telecomunicações nacionais e internacionais, em Lisboa, durante a conferência ministerial da NATO.
Junho de 1971 - Corte da rede eléctrica de alta tensão em Sacavém e Belas em simultâneo com o corte das telecomunicações.
3 de Outubro de 1971 - Assalto ao Paiol na Serra da Amoreira.
27 de Outubro de 1971 - Sabotagem do Quartel General do Comiberlant, três dias antes da sua inauguração.
12 de Janeiro de 1972 - Sabotagem de Material de Guerra que seguia para a guerra colonial no navio Muxima.
Agosto de 1972 - Cortes de torres da rede eléctrica de alta tensão em Lisboa (Alhandra e Belas), no Porto e Coimbra, no dia da 'eleição' do Presidente da República Almirante Américo Tomaz.
Fonte: Wikipédia > Acção Revolucionária Armada
(**) Vd. último poste desta série > 15 de Agosto de 2008 > Guiné 63/74 - P3133: Notas de leitura (11): A Guiné do século XVII ao século XIX (Beja Santos)
Há vários postes desta série, com numeração duplicada, por lapso dos editores.
O autor, ex-operário metalúrgico, ex-dirigente sindical e ex-membro da comissão política do PS, nasceu em 1948, em Algés, Oeiras, fez a guerra colonial em Moçambique, como radiotelegrafista (1969/71). Foi, desde 1972, um operacional da ARA- Acção Revolucionária Armada, organização criada pelo PCP, e que sabotou, na Metrópole, diversos objectivos militares, afectos ao esforço de guerra no Ultramar, no âmbito da sua luta contra o regime de Salazar-Caetano e a guerra colonial (*).
Foi preso em 27 de Março de 1973 pela PIDE / DGS. É autor de diversas publicações. Cite-se algumas das mais recentes: Suicídios Famosos em Portugal, Edições Europress, Novembro 2007, Portugal Trágico – O Regicídio, Âncora Editora, Fevereiro 2008; A Vida Dramática dos Reis de Portugal, Ministério dos Livros, Setembro 2008.
Tem colaboração dispersa pela imprensa escrita (por exemplo, no Expresso). Anima o blogue Gostar de livros.
O nosso camarada Beja Santos ofertou-nos um exemplar desta publicação, Cronologia da Guerra Colonial, com o objectivo de, em cojunta com outras publicações, vir um dia destes a serem leiloada, num dos nossos encontros, permitindo a angariação de fundos para a manutenção do blogue. O nosso muito obrigado (LG).
1. Texto do Mário Beja Santos, datado de 4 de Dezembro último:
Comentário: Aqui está o que de essencial se passou nas três frentes da nossa guerra em África, ao longo de treze anos, com os seus eventos registados mês a mês e a relação de todos os mortos(combate, acidente ou doença)nesses teatros de operações.
Observa o coronel Ricardo Ferreira Durão:
«Depois do 25 de Abril ainda morreram nos três teatros de guerra 530 militares, 159 dos quais em resultado directo de acções de combate... Portugal manteve entre 1961 e 1973 uma média anual de 105 mil homens envolvidos nas três frentes. Os efectivos tiveram os valores mais elevados em 1973, quando atingiram o total de 148 mil homens».
José Brandão, que se tem notabilizado pela divulgação histórica e colabora no sitehttp://www.vidaslusofonas.pt/ , oferece, com esta iniciativa, um excelente instrumento auxiliar de estudo e uma ferramenta para radiografar os mais significativos feitos militares, em paralelo com a evolução política, nacional e internacional, integrando, com todo o rigor, a presença dos feitos dos movimentos de libertação. (**)
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Notas de L.G.:
(*) Algumas das acções de sabotagem e outras levadas a cabo pela ARA:
26 de Outubro de 1970 - Bomba no navio Cunene, ao serviço da guerra colonial.
20 de Novembro de 1970 - Acções contra: (i) Escola Técnica da PIDE/DGS ; (ii) Centro Cultural dos EUA; (iii) material de guerra destinado às guerras coloniais, no Cais da Fundição, em Lisboa.
8 de Março de 1971 - Explosão de engenhos na base aéra de Tancos que destruiu ou danificou 28 aviões e helicópteros.
Junho de 1971 - Sabotagem da central de telecomunicações nacionais e internacionais, em Lisboa, durante a conferência ministerial da NATO.
Junho de 1971 - Corte da rede eléctrica de alta tensão em Sacavém e Belas em simultâneo com o corte das telecomunicações.
3 de Outubro de 1971 - Assalto ao Paiol na Serra da Amoreira.
27 de Outubro de 1971 - Sabotagem do Quartel General do Comiberlant, três dias antes da sua inauguração.
12 de Janeiro de 1972 - Sabotagem de Material de Guerra que seguia para a guerra colonial no navio Muxima.
Agosto de 1972 - Cortes de torres da rede eléctrica de alta tensão em Lisboa (Alhandra e Belas), no Porto e Coimbra, no dia da 'eleição' do Presidente da República Almirante Américo Tomaz.
Fonte: Wikipédia > Acção Revolucionária Armada
(**) Vd. último poste desta série > 15 de Agosto de 2008 > Guiné 63/74 - P3133: Notas de leitura (11): A Guiné do século XVII ao século XIX (Beja Santos)
Há vários postes desta série, com numeração duplicada, por lapso dos editores.
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