quarta-feira, 6 de março de 2024

História do Rádio Clube de Moçâmedes








Rádio Clube de Moçâmedes 

Apontamentos para a história da Radiodifusão de Angola
 
Compreende-se o início das rádios angolanas, com a estação a nascer “como uma associação clubística, e por tal necessitada de suporte financeiro, daí que [as rádios] tendessem a tornar-se em verdadeiras empresas para, através da publicidade e da comercialização dos seus programas, caminharem no sentido de uma crescente profissionalização dos seus colaboradores eventuais e não remunerados.

Até lá havia que sobreviver com os proventos que giravam à volta da publicidade e, tal como os clubes desportivos da cidade, também das quotizações mínimas dos seus associados, que não eram muitos, para além do produto de algumas festas que levavam a cabo pelo Carnaval, fim de ano, Programas da Simpatia, subscrições”.

Rádio Clube de Moçâmedes, iniciou as transmissões com um emissor de 50 W, em 1945.

Programa mais popular: “Ofertas Musicais”, de discos pedidos, que rendiam bastante à estação (cinco escudos por sócio e 20 escudos por não sócio).

As primeiras notícias da criação do Rádio Clube de Moçâmedes surgem no jornal "O Lobito" de 11/06/1938, onde se anuncia a formação de uma Comissão organizadora, para angariar fundos com vista à criação da sua emissora.

Com uma verba de 153 contos, aquela comissão vê aprovados os Estatutos do Rádio Clube de Moçâmedes em Fevereiro de 1945. No entanto, a data oficial da sua criação é 20 de Novembro de 1944.

Em Abril de 1945 foi eleita a primeira direcção do Rádio Clube de Moçâmedes, com a curiosidade pioneira de integrar a primeira mulher em toda a radiodifusão de Angola.

Em 15/08/1952 foi inaugurada a sua sede num edifício construído exclusivamente para o efeito.

Como pioneiros figuram na história do Rádio Clube de Moçâmedes os nomes de Augusto Cantos de Araújo, Carlos Cristão, Joana Campina, Sebastião Coelho, Maria Manuela, Costa Pereira, Carvalho Minas, Carlos Moutinho, Carlos Meleiro, Ernesto de Oliveira, José Manuel Frota, Arlete Pereira, Rui Rodrigues Costa.
Cronologia

Em Apontamentos para a história da Radiodifusão de Angola a história das seguintes emissoras:

                                  🎧🎤📻

Rádio Clube de Angola - Publicado

Rádio Clube do Sul de Angola Lobito - Publicado

Rádio Clube de Benguela -Publicado

Rádio Clube da Huíla - Publicado 

Rádio Clube do Huambo - Publicado

Rádio Clube de Malange - Publicado

Rádio Clube de Moçâmedes- Publicado 

Rádio Diamang

Rádio Clube do Bié

Rádio Clube do Cuanza Sul

Emissora Oficial de Angola

Rádio Clube do Moxico

Rádio Eclésia - Emissora Católica de Angola

Rádio Clube do Congo- Rádio Clube do Uíge

Rádio Clube de Cabinda

Rádio Comercial de Angola

A Voz de Angola

A Voz de Luanda

TELEVISÃO em Angola - Os primeiros passos.

Imagens do arquivo PT-TT-AOS-D-N-2-23-1, com programa de 13 de março de 1954, sob a direção do chefe de produção Carlos Moutinho; Ana Liberato e Rui Torres; Orlando Salvador, José Roberto e Adriano Parreira (foto Salvador, a partir do blogue Namibe já foi Mossamedes).

domingo, 11 de fevereiro de 2024

renovação urbana do Namibe


A renovação urbana da cidade de Moçâmedes em Angola
De  Chris Burns & Dinamene Cruz
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Porta de entrada para o deserto do Namibe no sudoeste de Angola, Moçamedes é um dos principais portos de pesca do país.

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Porta de entrada para o deserto do Namibe, no sudoeste de Angola, a cidade de Moçâmedes lançou-se num processo de renovação urbana.

Ema Samali da Silva, vice-governadora da província de Namibe, é uma das grandes impulsionadoras do Plano de Intervenção e Revitalização Urbana (PIRU) da cidade que possui um dos principais portos de pesca do país.

"Numa fase inicial, o PIRUera uma estratégia que visava a criação de um espírito coletivo e inclusivo na cidade", disse à euronews a vice-governadora para os serviços técnicos e infraestruturas da província do Namibe.

Uma mudança de mentalidade acompanhada por vários projetos de requalificação urbana. "Tratou-se de tratar e requalificar as fachadas do centro histórico. Temos também o eixo dos serviços: criar parcerias com pequenas empresas locais", acrescentou a responsável.

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A cidade angolana de Moçamedes lançou um projeto de renovação arquitetónica.euronews

A renovação de edíficios históricos

Dar uma vida nova a relíquias antigas é uma das ambições da vice-governadora, que é formada em arquitetura. Samali da Silva planeia finalizar um auditório cuja construção foi interrompida pela guerra civil. "O cinema está à espera de uma exibição desde 1974", contou Samali da Silva.

O pai de Hildeberto Alfredo Madeira fez parte da equipa que construíu o auditório. "Penso que devemos fazer o que os seus criadores pensam e avançar, principalmente, para mostrar, a nível nacional e internacional, o que é esta província. Não só no campo da arte, mas também da cultura", frisou Hildeberto Alfredo Madeira.

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Ema Samali da Silva, vice-governadora para os serviços técnicos e infraestruturas da província do Namibe.euronews

Fachadas das casas pintadas de fresco

Para envolver as pessoas na renovação da cidade, Samali da Silva mobilizou pintores para refrescar as fachadas de edifícios e casas. As pessoas que foram beneficiadas pela iniciativa mostram-se satisfeitas, mas, no início do processo, houve quem ficasse surpreendido.

"O que se passa é que as nossas comunidades e os nossos munícipes, quando vêem uma equipa a intervir no seu habitat, então têm sempre esse choque. Mas o mais importante é o diálogo. Eles estão, de facto, a notar uma nova roupagem nos espaços em que estamos a intervir", contou à euronews Teixeira Caiado, sócio de uma das empresas do setor privado envolvidas na renovação de Moçamedes.

A vontade de embelezamento é vísivel à beira-mar. "Estamos a tornar a nossa cidade um pouco mais colorida ou um pouco mais vibrante, mais viva e certamente também mais atrativa, tanto para aqueles que querem fazer novos negócios como também para aqueles que querem visitar a cidade como turistas", disse Samali da Silva.

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Mais cores na praia de Moçâmedes.euronews

O papel dos artistas na reabilitação da cidade

Os artistas desempenham um papel importante na nova dinâmica da cidade angolana.

"O nosso objetivo é assegurar que a província não pare, para continuar a ser uma linda província, fazendo com que os artistas se expressem cada vez mais, fazendo com que estas paredes ganhem mais vida e com que a nossa cultura fique estampada em cada parede desta cidade", frisou o artista angolano Paulo Daniel.

Numa pintura mural, Johannes Silas representou a seca no sul do país. "Estamos a representar uma imagem que tem muito sentimento. Basicamente, temos um menino a beber água no chão", contou o artista angolano.

Além da dimensão artística, a criação de pinturas murais permite criar empregos para os residentes. "Podemos até ter mais pessoas a sair do desemprego, porque a arte é também um emprego. Poderemos ter pessoas fora da marginalização. Com isto, a cidade ganha em termos de arte", considera Paulo Daniel.

quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

O PAPEL DA MÚSICA NA INDEPENDÊNCIA DE ANGOLA


Pensar e Falar Angola

isto é

PR aprova empréstimo de mais de 150 mil milhões de kwanzas para construção de infra-estruturas integradas na província 

O Presidente João Lourenço autorizou, via despacho presidencial, uma despesa no valor global de 150,5 mil milhões de kwanzas, na modalidade de financiamento externo, para obras de construção de um conjunto de infra-estruturas integradas, na cidade de Moçâmedes, província do Namibe.

No Despacho Presidencial n.º 37/24, de 26 de Janeiro, a despesa, na modalidade de ajuste directo, é justificada com o facto de estar ocorrer na referida cidade dezenas inundações e consequente agravamento do estado das vias, danificando infra-estruturas de drenagem pluvial e residual, iluminação pública, em vários locais do casco urbano e nas áreas periurbanas daquela cidade.

Sem revelar o nome da entidade financiadora, o Presidente da República aprovou ainda uma despesa de 4,6 mil milhões para o serviço de fiscalização.

Ao ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação foi delegada competência, com a faculdade de subdelegar, para a aprovação das peças do procedimento, a verificação da validade e legalidade de todos os actos praticados no âmbito do Procedimento, incluindo a celebração e a assinatura do contrato.

O Ministério das Finanças, por seu turno, deverá inscrever os projectos no Programa de Investimento Público (PIP), bem como a assegurar os recursos financeiros necessários à execução dos referidos contratos.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

63 anos da Baixa de Cassange

Assinala-se hoje, 4 de Janeiro, 63 anos desde a primeira revolta de camponeses angolanos contra a repressão colonial portuguesa, na região da Baixa de Cassange, província de Malanje.


Pensar e Falar Angola

Morreu Rui Mingas

 ÚLTIMA HORA: Morreu músico e nacionalista Rui Migas

Morreu aos 84 anos de idade, o músico e nacionalista Rui Mingas, nesta quinta-feira, 04, vitima de doença.

Segundo informações postas a circular nas redes sociais o músico estava internado em Lisboa, Portugal, onde perdeu a vida.

Rui Mingas nasceu a 12 de Maio de 1939, tendo-se distinguido, na sua juventude, no atletismo, particularmente no salto em altura e nos 110 metros barreiras em Angola e Portugal.

A sua conduta política de militante activo do MPLA, leva-o a compor poemas de nacionalistas angolanos como Viriato da Cruz, Agostinho Neto, Mário António e António Jacinto. 

Da sua obra discográfica destacam-se “Cantiga por Luciana”, “Poema da farra”, “Makezu”, “Muadiakimi”, “Birin birin”, “Monagambé”, “Adeus à hora da partida” e “Meninos do Huambo”.



Pensar e Falar Angola


sábado, 30 de dezembro de 2023

Mensagem de ano novo

À medida que nos despedimos de 2023 vamos abrindo a esperança para 2024. Fazemos promessas e depositamos a nossa confiança de que será um ano repleto de oportunidades, de crescimento e momentos inesquecíveis. Olhando para trás recordamos os desafios que enfrentámos, as lições que recebemos e as superações que nos fortaleceram. Cada obstáculo foi um degrau, uma oportunidade de crescer, uma lágrima de coragem acrescida e cada sorriso compartilhado foi uma luz que se acendeu e iluminou cada dia.
Escrevemos numa qualquer página da memória que os momentos de alegria, as conquistas e objectivos atingidos nos permitiram transformar em sabedoria e capacidade para moldarmos o futuro num caminho luminoso.
Que 2024 continuemos com optimismo, cultivemos a compaixão e alimentemos a chama da esperança. Que continuemos fortes, inspirados e não nos esqueçamos da humanidade que fortalece os nossos laços. Que seja mais um ano de descoberta, de renovação e realização.



Pensar e Falar Angola

sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

carta a Sua ExcelênciaPresidente da RepúblicaJoão Lourenço

Sua Excelência

Presidente da República

João Lourenço


Os signatários, naturais do Huambo ou de algum modo, pelos estudos ou vida profissional, com estreitos laços com a nossa Província do planalto central, ou simplesmente amigos do Huambo, vêm respeitosamente expor e propor a Sua Excelência o seguinte: 

Tivemos conhecimento, com satisfação e alegria, que está prestes a ser concluído e inaugurado um magnífico novo Centro Cultural na cidade do Huambo.

Sendo natural atribuir a essa nova instituição o nome de uma personalidade de mérito ligada à vida e história da Província, consideramos  que o poeta, escritor, político, professor universitário e advogado MANUEL RUI MONTEIRO é, com toda a justiça, merecedor dessa consagração, dando-se o seu nome, se não ao próprio Centro Cultural, pelo menos à Biblioteca ou ao principal auditório existente no Centro.

Manuel Rui Monteiro, como é sabido, é o autor da letra do Hino Nacional e, conjuntamente com a música de Rui Mingas, também fez a letra desse «outro hino do Huambo» que é “Os Meninos do Huambo”. É igualmente da sua autoria a letra do Hino da Alfabetização. Foi Director Geral da Informação no Governo Provisório e Ministro da Informação no Governo de Transição que antecedeu a Independência. Foi o Procurador Popular no célebre julgamento em Luanda dos mercenários. Foi professor universitário e dirigente de duas Faculdades no Lubango. Exerceu a advocacia em Luanda. Publicou a primeira obra de ficção editada depois da Independência. Tem uma vasta e variada obra no campo da poesia, ficção, teatro, ensaio e literatura infantil, traduzida e editada em mais de doze línguas, desde o inglês, sueco ao mandarim. É o autor do conhecidíssimo “Quem me dera ser Onda”, porventura a obra mais publicada e lida da literatura angolana, logo a seguir à “Sagrada Esperança”, incluindo uma edição bilingue em português-umbundo, em parceria com o falecido huambino Jaka Jamba. Manuel Rui é membro fundador da União dos Escritores Angolanos, da União dos Artistas e Compositores Angolanos, da Sociedade de Autores Angolanos, inscrito na Ordem dos Advogados de Angola.

Manuel Rui está com oitenta e dois anos e com preocupantes problemas de saúde. Embora continue a publicar literatura praticamente todos os anos e mantenha uma crónica semanal no principal jornal do País, é natural que se aproxime o ocaso da sua vida entre nós.

Temos a convicção de que os tributos, se julgados consensualmente pela comunidade como merecidos, devem ser concedidos às pessoas em vida.

Em relação a Manuel Rui Monteiro, sentimos que há um dever de reconhecimento e gratidão  pela sua dádiva de toda uma vida à cultura nacional. E é justo que esse tributo lhe seja oferecido na sua terra natal.

Não temos dúvidas em afirmar que, na nossa história pós-independência, no campo cultural, não há nenhuma outra personalidade do Huambo que seja credora de maior prestígio e renome, no Huambo, no País e até internacionalmente, do que Manuel Rui Monteiro.

Nas suas palavras, ele ensinou e continuará a ensinar a milhares de crianças angolanas “quanto custou uma bandeira” e  “quanto custou a liberdade”. 


Luanda,  12 de Dezembro de 2023


Fernando Oliveira, professor universitário, jubilado, advogado


Marcolino Moco, professor universitário


Ângela Mingas, arquitecta, Docente universitária


Luís Bernardino, médico, professor universitário  


Orlando Rodrigues, n. Chinguar, professor universitário, advogado

Maria João Ganga, cineasta, activista cultural

Rui Alberto Vieira Dias Mingas, ex-Deputado da Assembleia Nacional

Julieta Branco Lima Mingas, professora universitária reformada

Vitor Ramalho, n. Cáala, Secretário Geral da UCCLA,  ex-membro do Governo português

Madalena Ramalho, n. Cáala, economista

António dos Santos França Ndalu, General reformado, Deputado

António José Maria, n. Ekunha, General reformado

António Mosquito, n. Calenga, empresário

João Valeriano, Decano da Faculdade de  Direito da Universidade José Eduardo dos Santos, advogado

Joaquim Paixão Amaral, professor universitário, Huambo

José Carlos dos Santos, médico

António Antas de Almeida, bancário reformado

Felismina Lutucuta, professora universitária

António Paulo Cassoma, ex-membro do Governo, ex-Governador Provincial do Huambo

Rui Nelson Dinis, n. Cáala, administrador de empresas, professor universitário

Mário Rui Pires

Luzia Bebiana Sebastião, Prof. Catedrática de Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto,  Juíza Jubilada do Tribunal Constitucional

Miraldina Jamba, Deputada

José Eduardo Agualusa, escritor

Florbela Catarina “Bela”Malaquias, Deputada

José A. Eduardo Sambo, jurista, Prof. Catedrático da Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto

Paulette Lopes, Docente universitária, advogada

Mário Nelson, Docente universitário, economista

José Borba Rodrigues, professor reformado

Guiomar Lopes, advogada

Isabel Martins, arquitecta, Docente  universitária

Fernando Martinho, médico cirurgião, Coimbra

Tatiana Serrão, Docente universitária, advogada

Fernando Manuel Almeida Pereira, jornalista

Joaquim Mande, jurista, Juiz Conselheiro do Tribunal de Contas

Luís Filipe Colaço, demógrafo, Docente universitário

António Segadães Tavares ,engenheiro, Prof. Catedrático, Jubilado,

António Faria, cineasta

Artur Miguel da Costa, professor de Ensino Superior de Belas Artes,   Bélgica

Jorge Antunes, em memória de sua mãe Gabriela Antunes

Ana Clara Guerra Marques, coreógrafa e investigadora

Eleutério Freire, n. Kachiungo, reformado da Administração Pública

Arnaldo Lago de Carvalho, n. Cáala, economista, empresário

Maria Lectícia Silva

Kamia Silva, em memória do Pai Joaquim Manuel Silva

Luís Simões de Barros, n. Bongo, empresário, Brasil

Fernando Pacheco, Engenheiro Agrónomo

Rui Veiga Pinto, médico

Raquel Andrade, em memória de F. Costa Andrade, Ndunduma

Percy  Costa Andrade, jurista

Lukeni Lopes Hendrick, em memória da mãe Teresinha Lopes

Rita Martins Oliveira, professora de dança

Armando Machado, empresário

Efigénia Veiga Pinto, n. Bailundo,  reformada da Administração Pública no Huambo

Rui Santos, n. Hospital do Bongo, empresário

Maria Alice dos Santos Almeida, gestora de recursos humanos

Luís Filipe Pizarro, Advogado

Joaquim Manuel Branco Leitão, comentador Desporto

Carlos Viegas de Abreu Júnior, empresário


Devido a contingências práticas e ao curto prazo para recolha das assinaturas, certifica-se que todos os subscritores desta carta deram por escrito o seu expresso acordo à mesma e à inserção dos seus nomes. 






 

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

conversa à Sombra da Mulemba

Nito Alves: um clandestino em Luanda 

Nito Alves esteve em Luanda clandestinamente antes do 25 de Abril de 1974. A emblemática Primeira Região da Guerrilha do MPLA era apoiada pela chamada clandestinidade do movimento baseada em Luanda. 

Um golpe mitológico

Não houve um golpe de Neto depois do Congresso do MPLA de Lusaka em 1974.  É uma leitura forçada. Ala do Neto abandonou o congresso, tal como a chamada Revolta Activa. Chipenda não tinha como não ganhar àquele congresso. Foi eleito porque permaneceu no evento apenas com os seus apoiantes.

Comunistas 

O rótulo de movimento comunista ou socialista não era ideologicamente aplicável ao MPLA. Neto e Lúcio Lara sempre afirmaram o carácter de frente ampla da organização. Admitia no seu seio, segundo os mesmos, gente de diversas correntes ideológicas e de todos credos religiosos. A grande viragem acontece no congresso de Dezembro de 1977.

Os maoistas

Maoistas ou socialistas Africanos. É um dos rótulos atribuídos à Unita no período pré-independência. Tal resulta de uma clara influência da ideologia de Mao Tse Tung no seio do movimento. Aliás, foi na China que os seus primeiros guerrilheiros foram treinados. 

Domingo, 17 de Dezembro, aconteceu a última edição do ano do programa Conversa à Sombra da Mulemba da Rádio Mais 99.1. Rótulos Assumidos, Rótulos Atribuídos, livro do historiador Jean Michele Thali, esteve no centro da conversa com o jurista Fernando Paiva e participação do jornalista Reginaldo Silva.

Paiva é um fervoroso defensor da circulação do conhecimento sobre história moderna de Angola 

Aqui você pode ouvir o programa https://radioplaydigital.com/clipe-de-audio/conversa-a-sombra-da-mulemba-edicao-com-fernando-paiva/

Foto da edição de 11 de Dezembro.

conversa à Sombra da Mulemba

Bilhete de Identidade - de Moçâmedes ao hoje