Filhos e outros parentes, deputados, magistrados, membros do Governo, entidades políticas, religiosas e militares, amigos e familiares da deputada reuniram-se no Alto das Cruzes para prestar-lhe a última homenagem, num clima de consternação.
Assistiram ao funeral, o presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, os juízes presidentes dos tribunais Supremo, Cristiano André, e de Contas, Julião António, o primeiro-ministro, António Paulo Kassoma, o primeiro-vice-presidente do Parlamento, João Lourenço, o chefe de Estado-Maior General das Forças Armas Angolanas, general Francisco Pereira Furtado
Entre as entidades presentes, divisavam-se ainda o vice-presidente do MPLA, Roberto de Almeida, o secretário-geral do partido no poder, Julião Paulo Dino Matrosse, entre outras figuras.
Na sua mensagem, os filhos da malograda enalteceram o exemplo de coragem e resistência face às adversidades da vida, bem como de outros valores éticos e morais que a mãe lhes incutiu durante a sua convivência com os mesmos.
"Querida mãe, embora saibamos que o ser humano nasce, cresce, reproduz-se e morre, temos dificuldades em aceitar esta última realidade", referiu um dos filhos na leitura da mensagem, em que se apela à justiça.
No elogiou fúnebre, lido pela deputada Carolina Fortes, destacou-se a participação activa de Beatriz Salucombo nas acções de luta clandestina contra o colonialismo português, particularmente no apoio aos guerrilheiros do MPLA na zona da Lunda Sul.
De acordo com o elogio, em 1972, Beatriz Salucombo ingressou nas fileiras do MPLA, em Saurimo, tendo desde então dedicado a sua actividade no apoio logístico aos guerrilheiros do movimento e na mobilização do povo nas fileiras do partido.
Eleita deputada em Setembro de 2008, Beatriz Salucombo era, até à data da morte, membro da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia, Cultura, Juventude, Desporto, Assuntos Religiosos e Comunicação Social - da qual foi coordenadora da subcomissão de Educação, Ciência e Tecnologia.
O elogio fúnebre refere que o seu percurso político, "cheio de grandes feitos, revela bem a sua militância e entrega total aos ideais do MPLA e em prol da defesa da paz, da democracia, justiça social e do desenvolvimento de Angola".
Antes de descerem a urna para a sepultura, foi proferida uma oração pelo cónego Apolónio Graciano, invocando a misericórdia de Deus para que a alma da malograda descanse em paz.
"Não podemos deixar de apelar às autoridades policiais para que intensifiquem as investigações que conduzam à descoberta dos autores de tão ignóbil acto, por forma a ser feita justiça de acordo com a legislação em vigor", disse o chefe de Estado de Angola.
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