segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Escritores e artistas africanos lusófonos entram na Academia de Ciências de Lisboa

Escritores e artistas africanos lusófonos entram na Academia de Ciências de Lisboa

O moçambicano Malangatana, os escritores Germano de Almeida, de Cabo Verde, e Pepetela, de Angola, e o economista Carlos Lopes, da Guiné-Bissau, são os novos membros da Academia de Ciências de Lisboa.

Brasília - O pintor moçambicano Malangatana, os escritores Germano de Almeida, de Cabo Verde, e Pepetela, de Angola, e o economista Carlos Lopes, da Guiné-Bissau, deverão tomar posse como membros da Academia de Ciências de Lisboa em cerimónia a realizar em Setembro.

A admissão dos quatro intelectuais e artistas de países africanos lusófonos foi decidida pelos académicos portugueses durante sessão realizada no dia 24 de Julho.

Na mesma sessão plenária da Academia de Ciências de Lisboa foram admitidos, também na qualidade de "Académico Correspondente Estrangeiro", o príncipe Aga Khan e a antropóloga e investigadora alemã Beatrix Heintze.

O pintor moçambicano Malangatana Valente Ngwenya nasceu a 6 de Junho de 1936, em Matalane, no sul de Moçambique.

Essencialmente um auto-didacta, Malangatana é hoje um dos artistas africanos mais conhecidos internacionalmente, estando representado em vários museus e colecções privadas de todo o mundo.

O escritor cabo-verdiano Germano Almeida nasceu em 1945 na ilha da Boavista e estudou Direito em Lisboa. Vive actualmente em Cabo Verde, onde exerce advocacia.

"O Testamento do Sr. Napumoceno da Silva Araújo" (1991) é um dos seus livros mais conhecidos, tendo sido adaptado para o cinema.

O angolano Pepetela, de nome próprio Artur Pestana, nasceu em Benguela, em 1941. Em 1997 recebeu o Prémio Camões.

Licenciado em Sociologia, é professor, romancista e dramaturgo, contando-se entre as suas principais obras "As Aventuras de Ngunga", "A Geração da Utopia" ou a "Gloriosa Família".

O economista guineense Carlos Lopes é um alto quadro das Nações Unidas, acumulando desde Março de 2007 o cargo de Subsecretário-Geral das Nações Unidas com o de director executivo do Instituto da ONU para a Formação e Pesquisa (UNITAR).


Sem comentários:

vida é obra

Dr. Agostinho Neto