sábado, 25 de maio de 2013

5º Conselho Nacional do BD

DISCURSO DE ABERTURA DA 5º CONSELHO NACIONAL DO BD
25 DE MAIO DE 2013
Caros Conselheiros!
Caros Convidados!
Praticamente 1 mês depois de termos realizado a nossa 2ª Convenção Nacional, estamos aqui reunidos com o objectivo de materializarmos as decisões tomadas durante esse magno encontro do nosso Partido. Esta reunião do Conselho Nacional é, pois, uma decorrência dos nossos Estatutos e uma prática que devemos cultivar.
Trabalhar em conjunto, reflectir juntos, ouvirmo-nos uns aos outros, é saudável e é altamente democrático, mesmo que isso, por vezes, possa parecer cansativo e repetitivo. Só assim poderemos caminhar de modo seguro, na prossecução dos nossos objectivos. Estou confiante que, com estas boas práticas, sairemos vencedores na nossa batalha pela criação de um país mais livre e mais digno.
Como estão lembrados, durante os três dias em que estivemos reunidos em Convenção, foi possível discutirmos com alguma profundidade muitas das questões fundamentais da nossa vida partidária. Tivemos a possibilidade de recensear os pontos em que estamos mais fortes e também aqueles em que somos mais débeis. Um dos nossos pontos fortes é a clareza dos princípios que norteiam a nossa acção política, cujas balizas são a luta pela LIBERDADE, pela MODERNIDADE e pela CIDADANIA.
Essa luta é o nosso compromisso para com as gerações actuais e para com as gerações futuras. Nós queremos ser parte do vasto conjunto de angolanos e angolanas cabouqueiros de uma Angola Melhor e Mais Justa. Sabemos que tal desígnio exige de nós muita determinação e impõe o consentimento de sacrifícios.
Estamos dispostos a fazer tais sacrifícios como actores e participes desta gesta. Uma gesta que vem de muitos daqueles que, no passado, consentiram perder a sua vida e a sua liberdade para que os angolanos de hoje e do futuro se tornassem homens dignos e orgulhosos do seu país.
O Lema que recentemente escolhemos para a nossa acção nos próximos tempos, “MUDAR O FUTURO”, espelha bem o nosso compromisso inter-geracional, pois sabemos que as sementes têm sempre que germinar e que, sendo de boa estirpe, produzirão frutos saudáveis e saborosos.
“MUDAR O FUTURO” encerra uma mensagem espectacular, dado que temos o direito de acreditar que, o futuro que aqueles que hoje dirigem os destinos do nosso país nos reserva, está pejado de incertezas. Compete-nos, por isso, apresentar outras propostas ao nosso povo, e fazê-lo com base nas suas expectativas e nos seus anseios.
“MUDAR O FUTURO” exige lucidez e clarividência, determinação e forte empenho. Para tal, temos que nos superar todos os dias, e melhorar os nossos métodos de trabalho.
O trabalho pela MUDANÇA nunca termina. Ele evolui com a dinâmica da vida e da sociedade.
Hoje vivemos uma profunda aceleração do tempo e as causas por que nos batemos, depois de satisfeitas, criam novas causas. Essa é a lógica da vida moderna.
A LIBERDADE por que sempre nos batemos encontra impedimentos colocados pelos nossos adversários que procuram por todos os meios estreitar os caminhos. Usam frequentemente meios de repressão, intimidam, mas também se socorrem de outras práticas mais subtis e capciosas. Eles amordaçam os meios de comunicação, deturpam realidades, seduzem e aliciam os mais fracos, com a clara intenção de se perpetuarem no poder.
Se queremos garantir a MODERNIDADE para o nosso povo, temos que ser céleres a pensar e lestos a agir. Nunca nos devemos dar por satisfeitos, pois, vencido um obstáculo, logo se nos coloca no caminho um outro obstáculo. Quando vencidos esses obstáculos a vida torna-se melhor e mais cómoda.
A MODERNIDADE exige uma inter-acção cada vez mais estreita com o mundo. Por isso, não nos podemos isolar, nem cada dentro, nem com o exterior.
Somos obrigados a permanecer atentos ao que se passa ao nosso redor, mais perto e mais longe, para nos tornarmos homens e mulheres deste tempo. Temos que ser actores de pleno direito de um tempo que se que move a elevadíssima velocidade.
Caros Conselheiros!
O Bloco Democrático faz questão de apontar como um dos seus maiores objectivos a participação cidadã, a CIDADANIA. Por isso devemos interagir permanentemente com a sociedade civil de que somos parte integrante.
É na sociedade civil que nos devemos inspirar, nos seus anseios, nas suas batalhas, nas suas causas. Quando por exemplo, os professores reivindicam direitos, compete-nos estar do seu lado. Quando os operários se batem por melhores condições de trabalho e mais justas remunerações, têm que contar com o nosso apoio e solidariedade. Quando os trabalhadores da saúde clamam por mais justiça laboral e por meios mais adequados ao seu labor, eles podem ter a certeza que somos seus aliados.
Devemos estar com todos aqueles que fazem reclamações justas e exequíveis. Esse é o nosso dever de partido que se bate por alargar o espaço da CIDADANIA.
Caros Conselheiros!
Não pretendo tomar mais tempo, pois, os trabalhos que nos esperam nestes dois dias são bastante volumosos. Vamos, pois, de seguida, passar ao trabalho, na certeza de que este exercício reforçará os nossos laços de companheirismo.
Temos que sair daqui com a convicção de que vale a pena sermos combatentes da nossa Causa Justa.
Antes de terminar, gostaria de lembrar que os nossos trabalhos começam precisamente quando, há 50 anos, os líderes africanos de então tomaram a firme decisão de unir o nosso continente através de uma Organização que hoje se continua com desafios ainda bastante complexos.
E de modo algum me posso esquecer que, dentro de 2 dias, se completarão 36 anos desde que o nosso povo conheceu um dos momentos mais dramáticos da nossa vida enquanto país independente. O “27 de Maio” é um marco triste que deve ser tomado como exemplo daquilo que nunca mais se pode repetir.
“MUDAR O FUTURO” PELA LIBERDADE, MODERNIDADE E DEMOCRACIA
Muito Obrigado!
Dr. Justino Pinto de Andrade
Presidente do BLOCO DEMOCRÁTICO


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