segunda-feira, 22 de junho de 2009

deserto do namibe


17 Junho 2009

Especialistas Querem Deserto do Namibe Como Património Mundial


Os participantes na Conferência Internacional sobre Recursos Naturais defenderam, no início da semana, em Luanda, que o deserto do Namibe, pela sua riqueza e peculiaridades da flora e da fauna, seja considerado património mundial ou reserva da biosfera.

Na conferência realizada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, técnicos angolanos e provenientes de Portugal, Brasil e Moçambique recomendaram, igualmente, a inventariação da biodiversidade angolana para fins de conservação e utilização racional. Os aspectos ligados à protecção da biodiversidade, frisaram, devem ser estudados em todas as vertentes sectoriais.

Os especialistas pretendem que se proteja os habitats sensíveis e se conserve as espécies marinhas. O aparecimento de um número elevado de focas na faixa costeira nacional também os preocupa, razão pela qual recomendaram a realização de estudos para determinar o seu aproveitamento racional, sobretudo na área industrial.

Para reduzir a pirataria pesqueira na costa angolana, os participantes dizem ser necessário criar incentivos para que as empresas nacionais se dediquem à pesca industrial. Às instituições competentes do sector da agricultura pediram um maior controlo sobre as sementes provenientes do exterior para evitar a contaminação das espécies nativas, assim como o fortalecimento do quadro legal sobre questões ligadas a importação de sementes.

Os participantes à conferência, que produziram mais de 35 recomendações, também propuseram que se faça um estudo do impacto ambiental sobre o desenvolvimento energético. Além disso, incentivam à continuidade dos estudos sobre a utilização do óleo do chá de Caxinde para fins medicinais. Este óleo, frisaram, os participantes, tem maior actividade anti bacteriana, comparativamente à penicilina.

A Conferência Internacional sobre Recursos Naturais visou, entre outros objectivos, sensibilizar o Governo, a comunidade científica e a sociedade civil para a importância da investigação científica e da aplicação das tecnologias na gestão sustentável dos recursos naturais angolanos.



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