quinta-feira, 1 de abril de 2021

Arlindo Barbeitos


Arlindo Barbeitos: morreu uma figura ímpar da intelectualidade angolana
Arlindo do Carmo Pires Barbeitos nasceu a 24 de Dezembro de 1940 em Catete, Icolo e Bengo, província do Bengo. Passou a sua infância entre Catete e o Dondo, fez os seus estudos primários e secundários em Luanda. Aos 17 anos foi para Portugal, de onde saiu com 21 anos por motivos políticos, indo para França, Alemanha, onde fez estudos de Sociologia, Antropologia, além de Filosofia, Economia e Estatística na Universidade de Frankfurt. Nesse período também viajou por toda a Europa.










“E então, esse regresso – se é que é regresso – às culturas africanas, o desejo de as conhecer bem, de articular de uma maneira elaborada aquilo, que eram coisas que eu tinha visto na minha infância – coisas em que algumas pessoas da minha família mesmo haviam participado, e, parcialmente, até eu... -, isso me levou a uma outra coisa: foi, em certo momento, aceitar que uma pessoa é como é e não, por vergonha ou outra razão, o que poderia ou deveria ser.”. In: Michel Laban. Angola. Encontro com Escritores. Porto, Fundação Eng. António de Almeida, 1991, II vol. p. 529.
Em 1971 aderiu ao MPLA, regressando a Angola integrado nas suas fileiras, dando aulas na Frente Leste. Em 1972 vítima de doença vai tratar-se na Europa, onde volta a estudar, iniciando uma tese de doutoramento em Etnologia sobre “As realezas sagradas”. Em 1975 na sequência da Revolução de 25 de Abril de 1974, regressou a Angola. Foi professor no ISCED (Lubango), Adido-Cultural na República da Argélia.
Poeta, é considerado como integrante da geração dos anos 70. É membro fundador da UEA, com colaboração dispersa em vários jornais e revistas angolanas, portuguesas e outras.
Suas principais obras publicadas são: Angola, Angolê, Angolema (1976), Nzoji (1979), O Rio. Estórias de Regresso (1985), Fiapos de Sonho (1992).
A esposa, Maria Alexandre Dáskalos, faleceu há duas semanas.
Fonte: dados retirados do portal da UEA





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