sábado, 29 de dezembro de 2012

MENSAGEM DE ANO NOVO DO PRESIDENTE DA REPUBLICA // 28DEZ12


SENHOR VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA,

ILUSTRES CONVIDADOS,

CAROS COMPATRIOTAS,

Celebramos há dias a Festa da Família. Vamos entrar agora num Novo Ano, que espero seja bom para todos.


Nesta ocasião, as minhas primeiras palavras são de conforto e de solidariedade para com todos aqueles que, por razões de saúde e outras, não podem comungar connosco este momento de celebração e alegria.


Dirijo-me também ao Senhor Vice-Presidente da República para agradecer a mensagem que me transmitiu, em seu nome pessoal, em nome dos presentes nesta cerimónia e em nome de todo o povo angolano, sublinhando os nossos êxitos, dificuldades, preocupações e desafios.


Não pretendo alongar-me, porque são sobejamente conhecidos o rumo que escolhemos e as promessas que fizemos ao povo angolano nas últimas eleições gerais.


Neste contexto, já apresentamos à Assembleia Nacional as nossas propostas de Plano Nacional e de Orçamento Geral de Estado para 2013, a fim de cumprirmos as referidas promessas e de resolvermos os principais problemas nacionais.


Reafirmamos a orientação no sentido de dar prioridade à nossa acção que visa obter uma crescente melhoria das condições de vida dos angolanos.


No Orçamento Geral do Estado para 2013, o sector social terá direito a um terço do total das verbas previstas.


Essa aposta no sector social representa um acréscimo de quase cinquenta por cento em relação ao ano de 2012 e destina-se à educação, à saúde, ao ensino de base e superior, à habitação e à protecção social.


Reafirmamos também a necessidade do reforço do crédito e da bonificação de juros para os empresários nacionais que dinamizem iniciativas que levem ao aumento da riqueza nacional e à criação de mais empregos.


Definimos políticas para a formação, capacitação e valorização do capital humano, porque um capital humano de excelência é indispensável para o salto em frente que Angola precisa de dar.


Calculamos metas altas com um crescimento económico sustentável, sem comprometer a melhoria do ambiente e a adopção de políticas de adaptação às alterações climáticas.


No mundo actual, e mesmo na nossa sociedade, em que o valor da vida começa infelizmente a ser avaliado por considerações puramente utilitárias e materialistas, o Estado deve adoptar políticas de serviço social e resgatar o espírito de solidariedade que sempre caracterizou o nosso povo.


Quem tem muito deve ajudar aqueles que têm muito pouco ou quase nada, tendo presente na sua consciência que a solidariedade fortalece a coesão social.


O Estado e a sociedade devem realizar acções destinadas a atender às necessidades e preocupações das crianças, das mulheres, dos portadores de deficiência, dos ex-militares deficientes e dos antigos combatentes e veteranos de guerra.


A sociedade deve também zelar cada vez mais pela estabilidade no seio das famílias, combatendo com firmeza a violência doméstica e todas as formas de agressão sexual, em especial aquela que atinge crianças e jovens.


Muitas vezes são os próprios progenitores ou familiares próximos que praticam esses actos condenáveis, que levam à destruição da célula mais importante da nossa sociedade, que é a família.


Temos de combater energicamente este fenómeno, com fortes campanhas de educação cívica, para a prevenção, e com medidas judiciais severas que responsabilizem os seus autores.


É necessário continuar a proteger a família como o núcleo social onde se transmitem em primeiro lugar os valores éticos, culturais e morais mais importantes da sociedade. Que cada família se constitua num lugar de serenidade, de paz, de diálogo e de partilha de afectos.


É também no seio da família que os jovens podem encontrar a confiança necessária para encarar o futuro com esperança e sentido de responsabilidade.


O país conta mais uma vez com a força e o empenho da juventude angolana para vencer os desafios do presente e do futuro.


A juventude deve ter sempre como referência o bom exemplo dos jovens que no passado tudo sacrificaram para tornar possível a Independência do nosso país e defender as conquistas nacionais do povo angolano!


Vivemos hoje um momento histórico especial, em que o nosso país reúne as condições essenciais para se desenvolver e resolver os problemas económicos e sociais e se tornar numa referência em África e no mundo.


A nós, líderes políticos, religiosos, cívicos, empresariais e de associações culturais, cabe-nos, pois, nestas circunstâncias, canalizar a generosa energia de todo o nosso povo para a construção de uma Angola moderna, democrática e próspera, tendo por base os valores do trabalho, da liberdade, da justiça, da paz, do respeito mútuo e da fraternidade.


Desejo a todos Festas Felizes e um Ano Novo de renovadas esperanças e prosperidade!


VIVA ANGOLA!



Pensar e Falar Angola

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