quinta-feira, 3 de junho de 2010

A Morte de Rosa Coutinho

Cara(o)s associada(o)s

Porque fui solicitado por vários órgãos de informação, a quem prestei declarações sobre a morte do almirante Rosa Coutinho, venho dar-vos conhecimento do teor dessas declarações:

Com a morte do almirante Rosa Coutinho, pessoalmente perdi um amigo, a Associação 25 de Abril perdeu um militante. Portugal perdeu um patriota.
Altamente prestigiado, como oficial de Marinha e engenheiro hidrográfico, é escolhido pelos seus camaradas mais jovens da Armada, para integrar a Junta de Salvação Nacional.

O seu profundo patriotismo leva-o a colocar sempre, acima de tudo, os interesses de Portugal.
Por isso se empenha fortemente nas missões que lhe são cometidas, como militar de Abril, nomeadamente na Junta de Salvação Nacional, no Conselho da Revolução e na presidência da Junta Governativa de Angola.

Rosa Coutinho é, por ventura, o militar de Abril mais caluniado, sobre quem inventaram uma série de falsidades, conseguindo criar-lhe uma imagem muito distorcida, principalmente na sua acção em Angola, onde Rosa Coutinho se portou sempre como Português e nunca como agente ao serviço de qualquer potência estrangeira.

Apesar de claramente desmontadas, esclarecidas e desmentidas, ainda hoje correm falsidades a seu respeito, sendo previsível que, com a sua morte, voltem a ser difundidas.

Quero, por isso, manifestar o meu total repúdio por essas calúnias e enaltecer a acção de Rosa Coutinho, enquanto Militar de Abril, e as suas qualidades humanas.

Cordiais saudações
Vasco Lourenço



Pensar e Falar Angola

1 comentário:

Kalaari disse...

Não ponho em dúvida tudo o que o signatário do artigo sobre o Alm.Rosa Coutinho por altura do seu falecimento, que também lamento.
Mas a íúnica coisa que garanto, é que este senhor Vasco Lourenço foi um dos indivíduos que mais lucrou com a independência, já que, durante longos anos, conseguiu quase a exclusividade de vendas de vários produtos para o meu país, com preços especulativos, que não abonavam muito na proclamada amizade ao povo angolano, numa das fases mais difíceis do meu País, nos primeiros anos após a independência. A sua ganância, mascarada com a dita amizade, deixou muito a desejar. A Importang, Organismo estatal que foi extinto ao fim de três ou quatro anos, destinado a controlar tais negócios especulativos do sr. Vasco Lourenço e outros que tal, teriam muito a dizer sobre isto.
Fugi ao assunto, mas não me pude calar. E o Alm. Rosa Coutinho, ao que sei, também lucrou com esse domínio exclusivo do mercado angolano, tal como que se duma máfia se tratasse. E mais não vale a pena dizer.
Vera Lucia