quinta-feira, 1 de julho de 2010

A Malária - impacto económico em Luanda


A governadora de Luanda, Francisca do Espírito Santo, afirmou na Faculdade de Medicina, em Luanda, que a malária é um fardo para a economia do país, por causar absentismo laboral e escolar.
A governadora Francisca do Espírito Santo, que discursava na abertura do Fórum Nacional de Parceiros na Luta contra a Malária, organizada pela Rede Nacional de Jornalistas, afirmou que a malária é responsável pela perda, em média, de 25 a 27 dias úteis por ano provocada por cada cidadão angolano, por razões de saúde.
Francisca do Espírito Santo, citando fontes ligadas ao Ministério da Saúde, informou que um estudo feito em 1995 sobre o impacto económico da malária em Angola estimou um custo global anual em torno dos 125 milhões de dólares.
A governadora referiu que a província de Luanda tem implementado um programa integrado de controlo da malária que contempla o combate às larvas e ao mosquito adulto através da fumigação intra e extra-domiciliar.
“E para que essas medidas surtam efeito, são utilizadas viaturas, equipadas com pulverizadores manuais, distribuídas biolarvecidas às famílias, mosquiteiros impregnados com insecticidas a crianças e mulheres grávidas e feito tratamento dos charcos de mosquiteiros”, afirmou.
A governadora de Luanda reconheceu a importância do envolvimento dos jornalistas na luta contra a malária, daí que tenha elogiado a classe. O vice-ministro da Comunicação Social, Manuel de Carvalho “Wadijimbi”, defendeu, na ocasião, uma maior especialização dos jornalistas que frequentemente trabalham com matérias ligadas à saúde pública, para que possam divulgar as informações com mais profundidade e eficácia.
Manuel de Carvalho disse que, uma vez que os media exercem um papel importante no combate à malária e grandes endemias, deve-se impor o reforço da aposta na formação e superação técnico-profissional dos jornalistas sobre saúde pública, para que abordem com profissionalismo e rigor o assunto.
“Esse profissionalismo vai contribuir grandemente para a mudança de comportamento e de atitude e na melhoria da qualidade de vida das populações e dos cuidados de saúde”, sublinhou Miguel de Carvalho “Wadjimbi”, na abertura do encontro sobre a malária, que terminou no mesmo dia. Manuel de Carvalho salientou que o Ministério da Comunicação Social está a envidar esforços para expandir o sinal da rádio, da televisão e a presença da imprensa pública em todo o território nacional, para que toda a população possa estar bem informada sobre os cuidados a ter na prevenção e combate à malária. Quem também discursou foi o embaixador dos Estados Unidos da América, Dan Mozena, para quem os angolanos não devem aceitar a morte por malária como sendo o ciclo natural da vida, porque a doença pode e deve ser evitada, assim como erradicada como fizeram países do continente africano.
Dan Mozena revelou que, para este ano, a Assistência Americana para o Combate à Malária aumentou de 18 milhões para 32 milhões por ano a ajuda a Angola.


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