Morreu Mário Guerra, intelectual nacionalista angolano
Mário Guerra foi membro da Geração da Cultura (revista cultural publicada em Luanda na década de 60), juntamente com Luandino Vieira, Arnaldo Santos, António Cardoso, Adolfo Maria e Henrique Guerra.
Luanda - O escritor, artista plástico e jornalista Mário Lopes Guerra (assinava também como Benúdia), um dos intelectuais nacionalistas que esteve empenhado na luta pela independência de Angola, faleceu quarta-feira em Luanda, vítima de doença, na véspera de completar 71 anos.
Membro da Geração da Cultura (revista cultural publicada em Luanda na década de 60), juntamente com Luandino Vieira, Arnaldo Santos, António Cardoso, Adolfo Maria, o seu irmão Henrique Guerra e outros, os seus primeiros textos foram publicados na Colectânea de Contistas Angolanos, editada pela Casa dos Estudantes do Império, em 1960.
Ainda antes da independência de Angola, foi publicado também pela editora Capricórnio, no Lobito.
Um dos membros fundadores da União dos Escritores Angolanos, em 1975, publicou o livro de contos “Nova Vida, Novas Lutas”, em 1979, pela editora da referida associação.
Como artista plástico, está representado em várias colectivas, em Angola e no estrangeiro. Produziu ainda cenários para espectáculos musicais e teatrais. Igualmente jornalista, colaborou com diferentes publicações, em Luanda, Maputo e Lisboa. De 1983 a 1987, foi director do Jornal de Angola.
Foi preso três vezes pela polícia secreta portuguesa, por causa do seu envolvimento na luta de libertação nacional, antes de 1975.
Ruben Kamaxilu, revista África 21
Pensar e Falar Angola
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