quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Nomeação dos Vice-Governadores das províncias






PR angolano nomeia 38 vice-governadores para as 18 províncias

O chefe de Estado angolano, João Lourenço, nomeou hoje um total de 38 vice-governadores para as 18 províncias do país, informou à Lusa fonte da Casa Civil do Presidente da República.
As nomeações envolvem pelo menos dois vice-governadores por província, para os setores Político, Social e Económico e Serviços Técnicos e Infraestruturas, os quais se juntam aos 18 governadores que já tomaram posse no final de setembro.
Contudo, nas províncias de Luanda e de Cabinda, são nomeados três vice-governadores em cada. Em ambos os casos, os setores Político e Social são esperados do pelouro Económico.
O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) venceu as eleições gerais de 23 de agosto último com 61% dos votos, permitindo a eleição de João Lourenço como novo Presidente da República, tendo vencido também nos 18 círculos provinciais.


No entanto, em Luanda e Cabinda o partido no poder em Angola não obteve maioria dos votos, face aos resultados das duas maiores forças da oposição, UNITA e CASA-CE.
Aquelas províncias foram igualmente duas das cinco em que mudou o governador provincial indicado pelo titular do poder executivo, com Adriano Mendes de Carvalho a substituir o general Higino Carneiro, em Luanda, e Eugénio César Laborinho, que no governo anterior ocupou a pasta de secretário para a Proteção Civil e Bombeiros do Ministério do Interior, a assumir o cargo antes ocupado por Aldina da Lomba Catembo, em Cabinda.
Além dos 38 vice-governadores e dos 18 governadores, João Lourenço já nomeou desde que tomou posse como Presidente da República, a 26 de setembro, entre outros cargos, 32 ministros e 50 secretários de Estado.
Fonte: Lusa


Pensar e Falar Angola

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Universidade Agostinho Neto









Universidade Agostinho Neto
Gabinete de Informação Científica e Documentação

NOTA DE IMPRENSA
Workshop  sobre Financiamento de Projectos
(Dias 26 e 27 de Outubro, Hotel de Convenções de Talatona-HCTA)

 A Universidade Agostinho Neto (UAN) em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian, realizam nos dias 26 e 27 de Outubro  um Workshop  sobre Financiamento de Projectos-Programas internacionais de  Financiamento, no Hotel de Convenções de Talatona-HCTA ,a partir das 09h00.

O acto de abertura será presidido pela Ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Professora Doutora Maria do Rosário Bragança Sambo.

O evento é promovido pelo Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI), com os seguintes objectivos: Reforçar o alinhamento de projectos às Políticas de Investigação e Prioridades definidas; Dar a Conhecer os programas de financiamento internacionais existentes; Motivar a apresentação de candidaturas a financiamentos; Contribuir para o aumento da capacidade institucional de atrair financiamento a partir de fontes alternativas.

O Workshop sobre Financiamento de Projectos, tem como público-alvo: Directores de Centros de Estudos e Investigação Científica, Vice-Decanos para Área Científica, Chefes de Departamentos de Ensino e Investigação das Instituições de Ensino Superior e Directores Gerais Adjuntos das Instituições de Investigação Científica, e Desenvolvimento.

Com a realização do Workshop espera-se maior divulgação de fontes externas de financiamento de projectos; Aumento da possibilidade de captação de financiamento de fontes internacionais; Diversificação de fontes de financiamento para acções de investigação científica, tecnológica e de inovação e incremento da produção científica e tecnológica.

 Atendendo a importância do aludido evento, solicitamos ao Vosso Órgão de Comunicação Social a proceder à divulgação e cobertura do referido acto.

Gabinete de Informação Científica e Documentação da Universidade Agostinho Neto, em Camama, 24 de Outubro  de 2017.
Pelo GICD

Professor  Doutor Maurício da Costa

                        


Lopes Baptista Morais
GICD/UAN
Telemóveis 
923895287;912365366
           Skype 
 ferreirabaptista
           Blogue
http://virtualidade.blogs.sapo.ao/ 


Pensar e Falar Angola

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Vivências press -Adolfo Maria

Procurando saídas

Estamos perante enormes problemas de ordem económica e social e também política. Já não servem mais a ninguém as atitudes e práticas de arrogância, intolerância e exclusão por parte do poder político (vigente até há pouco) para com os cidadãos e o seu autismo que o colocou tão distante da realidade. Precisamos de compreender como esse poder foi criado e desenvolvido para saber encontrar saídas.
Em Angola, foram tormentosos o acesso à independência e o pós-independência: uma luta de libertação com rivalidades fratricidas; chefias autoritárias dos movimentos de libertação; guerra civil para a tomada do poder pelas armas (em vez das eleições previstas pelos acordos de Alvor para a independência); implantação de uma feroz ditadura, sob a chefia de Agostinho Neto, no País tornado independente; uma persistente ameaça externa; uma prolongada guerra civil; um período pós-fim da guerra civil que se caracterizou por tiques autoritários do partido detentor do poder e do executivo chefiado por José Eduardo dos Santos. Tudo isto se passou em várias décadas.
O modo como decorreu a luta de libertação e o autoritarismo e intolerância reinantes em cada um dos então movimentos nacionalistas transferiu-se para a Angola tornada independente, sob o comando do MPLA. Desde logo foram marginalizados, ostracizados, aprisionados ou mesmo abatidos os que divergiam da direcção do partido no poder (mesmo sendo seus membros). Por outro lado, foram banidos os outros partidos e eram sumariamente liquidados os seus membros. De salientar que os partidos que combatiam o partido no poder, a FNLA e a UNITA, faziam o mesmo. Portanto, a sociedade angolana foi formatada, desde a independência, por uma cultura de intolerância e exclusão que teve consequências terríveis na evolução do país.
Agora (quase quarenta e dois anos depois da independência), chegámos a um ponto em que se verifica ser urgente uma nova atitude, quer por parte do poder, quer por parte da sociedade civil: as posturas de exclusão devem ser suplantadas pelas de inclusão. Começa-se a ter consciência de que é preciso um diálogo aberto entre o poder político e a sociedade civil para a discussão dos problemas, das suas possíveis soluções e uma disponibilidade da sociedade civil para a sua participação nas tarefas de urgente interesse nacional.
Por isso, em vários sectores da vida do país (jovens, intelectuais, políticos, empresários, associações, militantes e quadros partidários) se estão procurando saídas já há algum tempo. Por isso, vemos convergir em mesmas ideias e posturas indivíduos que anteriormente pensavam ou agiam de modos opostos. E estamos num momento em que é visível um arejamento da vida política, social e intelectual angolana que resultou das recentes eleições, apesar de seus aspectos controversos. São vários os sinais: desde os escritos e posturas de personalidades de variados sectores da sociedade civil a proclamações do próprio poder político que, abertamente, fala em inclusão, promete liberdade plena aos cidadãos, discussão e parceria com a sociedade civil (uma atitude que saudamos e é totalmente oposta à do anterior presidente). Compete aos cidadãos não deixar que o poder se fique por palavras e também compete a eles contribuírem para a desejada e necessária mudança.
Essa mudança terá de ser bem mais profunda que a prometida até agora e implica uma participação concreta e confiante dos cidadãos. Para isso, é fundamental saber-se “fazer o recurso à Nação”, um profundo conceito estratégico do meu companheiro de geração e de lutas e amigo, o falecido Gentil Viana, esse grande pensador e nacionalista, que tanto deu à nossa luta de libertação nacional e tanto sofreu no seu combate pela liberdade em Angola.


Pensar e Falar Angola

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

III Encontro de Educação Médica



Universidade Agostinho Neto
Gabinete de Informação Científica e Documentação

NOTA DE IMPRENSA
III Encontro de Educação Médica
 (Dia 07 de Novembro, no Centro de Convenções de Talatona)

O Centro de Estudos Avançados em Educação e Formação Médica (CEDUMED), realiza no dia 07 de Novembro, o III Encontro de Educação Médica, no Centro de Convenções de Talatona (CCTA), Sala de Imprensa,  a partir das 08h00, subordinado ao tema: Habilidades Clínicas e Educação Médica: Estado Actual e Perspectivas.
A actividade tem como objectivo: Debater o processo de ensino-aprendizagem médica almejando a formação de habilidades clínicas, incluindo a simulação médica, no contexto de Angola, à luz da experiência e das recomendações internacionais.
Com a realização do III Encontro de Educação Médica (IIIEEM), espera-se produzir inputs para melhorar o processo de desenvolvimento de habilidades clínicas visando a competência profissional, disponibilizando-os à academia, aos serviços de saúde e aos decisores nessa matéria.
O processo de ensino e aprendizagem na educação médica básica (e na especialização) é direccionado para o desenvolvimento das competências que o profissional deve ter, envolvendo (i) Conhecimentos, (ii) Aptidões e Habilidades, e (iii) Atitudes, Comportamentos e Valores. Este III Encontro de Educação Médica é dedicado às habilidades clínicas, entendendo por habilidades o que o graduado (ou especialista) deve saber fazer ou realizar, isto é, as capacidades para executar certos actos, resolver determinados problemas ou exercer determinadas funções que deve demonstrar (Perfil do Médico em Angola, 2009).
Os interessados em participar no  IIIEEM devem inscrever-se para o efeito, na Clínica Multiperfil.
Atendendo a importância do aludido evento, solicitamos ao Vosso Órgão de Comunicação Social a proceder à divulgação e cobertura do referido acto.

Gabinete de Informação Científica e Documentação da Universidade Agostinho Neto, em Camama, 19 de Outubro  de 2017.
   O Director

                                                           Arlindo Isabel




Pensar e Falar Angola

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

IV Mostra de Cinema OLHARES

IV Mostra de Cinema OLHARES SOBRE ANGOLA 
25 e 26 de OUTUBRO de 2017
Sessões às 19h e às 21h, seguida de debate.
Com a presença de KAMY LARA (realizadora e diretora de fotografia)
Uma programação integralmente dedicada ao trabalho da produtora angolana GERAÇÃO 80.
ENTRADA LIVRE

Olhar o cinema angolano. O cinema em países como Angola representa algo de muito importante, não só no que diz respeito à preservação da memória de todo um povo, mas ao mesmo tempo a imagem de uma identidade e de desenvolvimento que pode mostrar ao resto do mundo. Assim, organizar um programa como o “Olhares Sobre Angola” em Portugal, país que por laços históricos reconhece essa identidade e onde reside a maior comunidade angolana no mundo, faz todo o sentido. Permite uma reflexão sobre outras formas de pensar, olhar e comunicar, contribuindo assim para um maior desenvolvimento cultural não só de Angola, mas da comunidade lusófona.
Curadoria: Maria do Sameiro André e Jorge António
Apoio: Associação il Sorpasso 
Técnico de vídeo: Pedro Louro

PROGRAMA
Quarta-Feira, 25 Outubro 
19h 
A NOSSA GERAÇÃO, Angola, 2017
(Sessão Videoclips, VideoArte, Making of’s)
21h 
INDEPENDÊNCIA, Angola, 2016, 95’
Realização: Fradique (Mário Bastos)

Quinta-Feira, 26 Outubro 
19h 
ALAMBAMENTO, Angola, 2008
Realização e Argumento - Mário Bastos
A LUZ NO QUARTO ERA VERMELHA PORQUE NÃO EXISTIA AMOR, Angola, 2016
Realização – Ery Claver
HÁ UM ZUMBIDO, HÁ UM MOSQUITO, SÃO DOIS, Angola, 2017
Realização - Ery Claver
HAVEMOS DE VOLTAR, Angola, 2017
Realização – Kiluanje Kia Henda
21h
DO OUTRO LADO DO MUNDO, Angola, 2016, 52’
Realização e fotografia: Sérgio Afonso

imagem: Do outro lado do mundo, Angola, 2016 de Sérgio Afonso
Pensar e Falar Angola

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Uma reflexão

http://www.angola24horas.com/index.php?option=com_k2&view=item&id=8551:a-mudanca-e-agora&Itemid=649
Na política, as palavras têm significado. "Melhorar o que  está bem e corrigir o que está mal" O slogan usado pelo vencedor das eleições de 23 de agosto de 2017 durante sua campanha é muito cativante e prometedor em termos de estratégia discursiva. Despertou a curiosidade dos especialistas em particular na comunicação política e, ao mesmo tempo, a vigilância dos angolanos nos próximos cinco anos.
Por Pody MINGIEDI, Politólogo - Genebra, Suíça
É responsabilidade dos novos governantes  do país não decepcionar. Claro, o MPLA ainda está no poder. Para marcar a diferença com o passado, seria necessário avançar rapidamente para as mudanças notórias. Um diagnóstico é necessário para ter um inventário melhor.
É com base nesta avaliação que o novo governo tentará tomar medidas adequadas. Não é suficiente alterar o produto como foi apresentado até a data da eleição. A mudança de conteúdo e embalagem é crucial.
Como ilustração, vale lembrar o que aconteceu em Benin em 1991. Após vários anos de gestão do país sem compartilhar, o presidente Mathieu Kérékou organizou eleições livres em seu país. ele foi vencido por seu oponente, Nicéphore Soglo, ex-Alto Funcionário do Banco Mundial, levantando a esperança de todo um povo. Após um período de cinco anos, ele foi vencido pelo mesmo Kérékou.
A moral da história é que os anos passam tão rapidamente que Soglo não teve tempo de cumprir suas promessas feitas durante sua campanha eleitoral.
O mesmo cenário pode acontecer em 2022 se o novo governo passar por erros. Para evitar uma possível implosão do partido ao poder a longo prazo, uma nova era deve ser aberta privilegiando a competência à custa de considerações partidárias. Oo país estando em reconstrução após várias décadas de conflito armado, seria ilusório argumentar que o monopólio da gestão por um partido político pode ajudar a reparar os danos do passado nos próximos cinco anos.
O fardo é tão pesado que requer muitos braços para carregá-lo. A renovação da classe política e a abertura à sociedade civil estão entre outros os elementos que merecem contribuir para a reflexão na tomada das decisões dos líderes recém-eleitos. Para que a luta contra a corrupção seja credível e eficaz, seria crucial configurar rapidamente uma estrutura independente que tivesse o poder amplo de denunciar e sancionar os corruptos e corruptores.
A apropriação indevida de fundos públicos e o problema dos recursos mal adquiridos serão objecto de condenações inequívocas, independentemente das identidades dos autores.
O encorajamento das denúncias espontâneas deve ser fortemente apoiado por uma lei proposta e votada pelo parlamento. É verdade que a transição política em Angola tem sido um sucesso e deve servir de referência para outros países do continente africano. Seria decepcionante se não fosse seguido pelos resultados em termos de mudanças neste caso,à maneira de governar.


Pensar e Falar Angola

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Caminho Longo


No próximo dia 13 de Outubro, temos o grato prazer em receber um nosso compatriota e associado antigo da nossa "Casa". Será um evento especial na apresentação da sua obra "Caminho Longo"; convidamos todos os admiradores e amigos de Jaime de Sousa Araújo a estarem presentes e assim honrarmos os seus 97 anos.


Pensar e Falar Angola

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

(DES)construção - CDC Angola

Nos dias 14 e 15 de Outubro a Companhia de Dança Contemporânea de Angola vai repor a peça, (Des)construção, da coreógrafa convidada Mónica Anapaz, estreada no mês de Junho, no Camões – Centro Cultural Português, em Luanda.

De uma forma livre de preconceitos, este trabalho recupera e reorganiza, em diferentes situações cénicas, um património cultural tradicional, sem o esvaziar da sua essência. Estabelecendo um diálogo entre o antigo e o novo, propõem-se outros universos onde a (re)significação é utilizada como proposta para a continuidade.

LOCAL:  Casa das Artes (Talatona)
DIAS E HORAS:  Sábadodia 14, às 19.30 H |  Domingodia 15, às  18.00 H.
BILHETES: Os bilhetes serão vendidos no local da apresentação, ao preço de 5.000 Kwanzas ou reservados através do contacto telefónico 925 155 887
NOTA: Não é aconselhável a presença de crianças com menos de dez (10) anos de idade. 

Recordamos que esta companhia, à qual se deve a grande transformação do panorama da dança em Angola, foi fundada em 1991, é membro do Conselho Internacional da Dança da UNESCO, possui um historial de centenas de espectáculos apresentados em Angola e no exterior, com cerca dezenas de obras originais, sendo hoje a referência da dança cénica angolana no mundo.

Com quase 26 anos de existência, a CDC Angola ocupa um lugar privilegiado na História de Angola, ao ter semeado o “novo” no vasto terreno da dança onde continua a desenvolver um trabalho artístico único e original.

No mês de Novembro a CDC Angola segue para uma tournée internacional por Portugal e Espanha. 

A foto em anexo é do fotógrafo Rui Tavares, pelo que agradecemos a inclusão dos respectivos créditos em caso de publicação da Nota de Imprensa em Anexo.

Pensar e Falar Angola

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

KALUANDANDO


Detalhes
CAMÕES/CENTRO CULTURAL PORTUGUÊS
em Parceria com a 
FÁBRICA DE SABÃO DO CAZENGA


KALUANDANDO.COM” 

Exposição colectiva, itinerante e multidisciplinar 

Participação de 21 Artistas 

Álvaro Macieira, Ana Paula Sanches, Binelde Hyrcan, Caetano Tomás, Casca|Pedro Pinto, Cristiano Mangovo, Fisty, Grácia Ferreira, Horácio Mesquita, Kidá, Luís Cebolo, Marcela Costa, Olga Medeiro, Ondjaki, Paulo Amaral, Paulo Kussy, Raúl Rosário, Sanguito, José Pinto, Thó Simões, Trigo Limpo 

No dia 03 de Outubro de 2017 (3ª feira), às 18H30 no Camões/Centro Cultural Português (Av. de Portugal nº 50), será inaugurada a exposição colectiva, itinerante e multidisciplinar “KALUANDANDO.COM, numa parceria com a “Fábrica de Sabão do Cazenga”. 
A exposição ficará patente ao público no Camões/Centro Cultural Português até dia 27 de Outubro, seguindo depois para a Fábrica de Sabão do Cazenga, onde ficará patente de 04 a 30 de Novembro 

SOBRE A EXPOSIÇÃO

KALUANDANDO.COM vai reunir obras de pintura, fotografia, gravura, grafite, instalação, cerâmica e tapeçaria. Um trabalho artístico colectivo que vai construir o diálogo entre dois pólos da mesma cidade. Um diálogo entre o centro e a periferia, entre o centro e o musseque, entre o asfalto e a terra batida, envolvendo uma diversidade de artistas de diferentes expressões e diferentes gerações, todos eles, de um modo ou outro, também kaluandas. Cada um dos 21 artistas, no seu estilo e rasgo criador próprios, vai pôr em evidência antagonismos, contradições e contrastes, mas, certamente, também muitos pontos de contacto e afinidades que marcam o perfil de Luanda. Proximidades, quiçá, alimentadas pelo “Espírito Kaluanda”, evocado por autores e artistas ao longo dos tempos e, recentemente, reinventado por António Ole num dos seus últimos trabalhos. 

O vasto universo “Kaluanda”, que alberga um mosaico, cada vez mais diversificado, de realidades económicas, sociais, sociológicas, culturais, pessoais e afectivas, na sua dinâmica própria de renovação e transfiguração, ao longo da história, permanece como fonte inesgotável de pesquisa, descoberta e inspiração para académicos, escritores, poetas, sociólogos, músicos, pintores, escultores, e todos os criadores em geral. 

SOBRE OS ARTISTAS

ÁLVARO MACIEIRA é jornalista, escritor, artista plástico e consultor cultural. Nasceu a 13 de Maio de 1958, na vila de Sanza-Pombo, na Província do Uíge.
Como jornalista, foi Editor de Cultura na Angop – Agência Angola Press, onde começou em 1983, no Jornal de Angola e no semanário “Correia do Semana”. Colaborou para a Rádio Nacional de Angola, Televisão Pública de Angola e Tribuna Cultural da BBC – Londres, em Língua Portuguesa, a partir de Luanda. 
Durante mais de 20 anos, dedicou-se à investigação dos vários aspectos da vida cultural angolana, percorrendo o páis e tomando contacto com a realidade nacional, consolidando os conhecimentos que lhe vêm da sua vivência rural e do privilégio de ter viajado desde muito jovem pelas inúmeras regiões de Angola.
O paradigma da sua inspiração pictórica é a poesia, a filosofia dos provérbios, os contos, as histórias que ouviu na sua infância rural, o contacto com as artes e as tradições africanas, as viagens, os museus que tem visitado pelo mundo e os lugares e sítios de memória. 
Com o pintor alemão Horst Poppe e o angolano Augusto Ferreira fundou em 2002, o conhecido grupo Conexão Cultural (www.conexao-cultural.com). Em 8 anos de intercâmbio e diálogo artístico ora na Alemanha, ora em Luanda, Álvaro Macieira e o seu colega alemão fizeram várias exposições e pinturam juntos 108 obras conjuntas de pequenas e grandes dimensões. Três das suas obras estiveram expostas no Nord Art 2009, tida como a maior exposição colectiva de artes plásticas do ano realizada em Randsburg, norte da Alemanha. 

ANA PAULA SANCHES nasceu em Luanda. Fez o curso de Monitora de artes plásticas na UNAP, juntamente com Marcela Costa, Jorge Gumbe, Helena Castilho, Van, Helga Gambôa Cecília Amaral e Filomena Coquenão.
Trabalhou em Lisboa com António Inverno, serigrafista e com o arquitecto Troufa Real. 
Autodidacta, especializou-se em tapeçaria, tecelagem e tinturaria.
Em 2017, realizou a sua primeira exposição individual no Camões/Centro Cultural Português intitulada “Estudos Sensoriais – a poesia das coisas materiais”. 
Participou em algumas exposições colectivas.
Fez alguns trabalhos de curadoria, designadamente:
- Exposição de fotografia de José Rocha, Elinga Teatro, 2010;
- Exposição de Artes Plásticas de Eleutério Sanches, Camões/Centro Cultural Português, 2015;
- Exposição colectiva e Itinerante de Artes Plásticas “Olongombe”, Camões/Centro Cultural Português, 2015.

BINELDE HYRCAN nasceu em 1982, em Luanda, tendo passado os primeiros anos da sua vida em Angola. Durante a sua infância a guerra em Angola marcou-o profundamente, pelas mortes e pela destruição maciça na cidade. Binelde Hyrcan é o mais novo de uma família de 13 crianças. Logo cedo sentiu o desejo de construir muros para se proteger contra um mundo de desespero.
Quando tinha 10 anos construiu uma bicicleta gigante de pedaços de sucata de ferro que encontrou ao lado de sua casa. Já na sua infância era visto como um grande engenheiro, também costurava pára-quedas para cães e gatos. Considerado inventido e “enfant terrible”, a premissa do seu trabalho foi sempre evidente. Na sua adolescência, estudou em França e foi em Nice que começou os seus estudos artísticos. 

CAETANO TOMÁS, trabalhou, em 2017, a obra “Uma merda que se chama arte”, escrita por Caetano T. Forriel e direcção de Marcela Garcia Oliveira (cubana). Em 2016, foi vencedor da temporada de Monólogo pela Cena Livre, com o espectáculo “Grito”, uma adaptação do livro “Sagrada Esperança” de António Agostinho Neto e direcção de Adorado Mara. No mesmo ano trabalhou com o Elinga Teatro na peça “Porque é Cuba”, com direcção de José Mena Abrantes. 
Em 2014, apresentou a peça “Mulher com M e Homem sem H”, escrita por Caetano T. Forriel. Direcção de Afonso Zamunda, docente do ISART.
Em 2013, participou do projecto da lusofonia com a peça “Mcbeth”. Direcção de Rui Madeira. 
Em 2012, apresentou a obra “Viagem”, escrita por Caetano T. Forriel. Direcção de Adorado Mara. 
Oficinas:
Oficina de dança e teatro, oferecida pelo Ministério da Cultura, em 2013.
Oficina de dança, oferecida pela Alliance Française de Luanda, com o professor Colibali, em 2014.

CASCA | PEDRO PINTO nasceu em 1976, em Alverca, Lisboa. É um dos poucos artistas luso-angolanos no mundo da arte contemporânea nacional. É um artista auto-didacta que sempre apreciou o mundo das artes plásticas, acreditando que é uma paixão e fervor da sua vida. Como qualquer artista quando cria uma obra, é inevitável não passar o que realmente é e sente para as suas criações. Ficou conhecido pelo trabalho de cenários que fez para a TEA Club, teatro musical no Cine Atlântico, em Luanda. Fez a sua primeira exposição colectiva com o artista plástico Guilherme Mampuya, no Hotel Términus, Lobito. 

CRISTIANO MANGOVO, nasceu em Cabinda, em 1982.
Prémios 
Julho 2014 – Menção Honrosa em Escultura, Prémio EnsArt’14, Camões/Centro Cultural Português, Luanda 
– Menção Honrosa em Pintura, Alliance Française, Luanda 
Fevereiro 2014 – 1º Classificado e Prémio do Público do Prémio ‘’Mirella Antognoli Argelá’’ de Pintura e Escultura Artistas Angolanos, organizado pela Embaixada da Itália em Angola ONLUS, Galeria Celamar, Luanda 
Maio 2007 – 5º Classificado do “Concurso da Francofonia», Sociedade Francofonia, Kinshasa, RDC 
Junho 2006 – 3º Classificado do “Concurso Nacional/Regional» sobre “Promessa de Igualdade” pelo Fundo das Nações Unidas para a População, Kinshasa, RDC 
Novembro 2005 – “Prémio Especial do Concurso do Fundo das Nações Unidas para População sobre “Promessa de igualdade, violência e desigualdade sexual feita às mulheres”, Kinshasa, RDC

FINEZA SEBASTIÃO TETA | FISTY, nasceu em Luanda, em 1977.
Exposições Individuais 
2014 – Divergente, Camões/Centro Cultural Português, Luanda 
2015 – As Cores da Liberdade, Memorial Dr. António Agostinho Neto, Luanda 
Exposições Colectivas
2005 – Expo Japão
2007 – Expo Zaragoza
2010 – Expo Coreia do Sul 
2012 – Bienal de Veneza
2015 – Expo Milão 
Prémios 
1988 – Menção Honrosa, Prémio EnsArte’88, Luanda 
2007 – Prémio Juventude, Prémio EnsArte’07, Camões/Centro Cultural Português, Luanda
2014 – Prémio de Pintura, Prémio EnsArte’14, Camões/Centro Cultural Português, Luanda

ENGRÁCIA FERREIRA DOS SANTOS (GRÁCIA FERREIRA) nasceu em Luanda, em 1973. Concluiu o ensino médio de artes plásticas defendendo o trabalho final de escultura com o tema “diferença conceptual entre estatueta e estátua”. Entre 1998 e 2001, foi professora de Educação Visual e Plástica e Formação Manual Politécnica nas Escolas Ngola Mbandi, Colégio Sol Nascente, em Luanda. Para além da docência tem participado em exposições como artista plástica. Encontra-se a frequentar a licenciatura de Arquitectura na Universidade Lusófona, Lisboa. 

HORÁCIO MESQUITA nasceu em Benguela, em 1953. Estudou na Escola de Cerâmica Bordalo Pinheiro, em Portugal. Frequentou um estágio na fábrica de cerâmica SECLA, especializando-se em cerâmica industrial termodinâmica. Especializou-se na tecnologia de metais e construção de máquinas de fundição no Algarve. Quando regressa à sua terra natal, dedica-se à cerâmica e ilustração de selos para os Correios de Angola. É desenhador das notas monetárias de Angola há mais de 20 anos. Actualmente é consultor do BNA. 

ANTÓNIO FELICIANO DIAS DOS SANTOS “KIDÁ” nasceu em 1961, em Sassa-Cária/Dande, Província do Bengo. 
Prémios 
- 1987 – Prémio Nacional de gravura UNAP/87 
- 1999 – Prémio Cidade de Luanda em Artes Plásticas/gravura
É autor da logomarca de Angola na Expo-Zaragoza, Espanha, 2008

LUÍS CEBOLO, nasceu em 1968, na Bibala, Província do Namíbe. Trabalha como formador e suporte em tecnologias de informação para diversas entidades. Possui um vasto conhecimento em análise e desenvolvimento de sistemas. 

MARCELA COSTA, nasceu no Golungo Alto, Província do Kwanza Norte. Fez a sua formação em Luanda, no Instituto Industrial, onde concluiu o Curso de Artes Visuais e posteriormente, o Curso de Instrutor de Artes Plásticas. Em 1984, mudou-se para a Suécia, tendo concluído o Curso de Tecelagem Artísticas e suas Superações, no Instituto Handarbetets Vanner, de Estocolmo e Saterslanta Henslojdes Gard em Dolana. 
Conta no seu percurso com mais de 20 exposições individuais e mais de 30 colectivas, em galerias nacionais e internacionais. 

OLGA MEDEIRO é natural de Luanda e nasceu em 1989. Desder muito cedo que tem uma grande paixão pela arte, tendo participado em diversos eventos (música, teatro, modelo). Frequentou o 3º ano de Relações Internacionais na Universidade Técnica de Angola (UTANGA). Em 2015, concluiu o curso de Esculturação em Legumes e Fruta. 

ONDJAKI nasceu em luanda, em 1977. É Prosador e às vezes poeta. Co-realizou o Documentário “Oxalá cresçam Pitangas”, sobre a cidade de Luanda. É membro da União dos Escritores Angolanos. Licenciado em Sociologia em Portugal, fez doutoramento em Estudos Africanos em Itália. Já recebeu os seguintes Prémios:
- 2002: Menção Honrosa – Prémio António Jacinto (Angola)
- 2004: Prémio literário Sagrada Esperança (Angola)
- 2004: Prémio Literário António Palouro (Portugal)
- 2007: Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco (Portugal)
-2008: Grinzane for Africa – young writer (Itália)
- 2012: Prémio Bissaya Barreto de Literatura para a Infância (Portugal)
- 2010: Prémio Juvenil (Brasil)
- 2010: Prémio Jabuti (Brasil)
- 2013 – Prémio José Saramago (Portugal) 
Muitas das suas obras encontram-se traduzidas em francês, espanhol, italiano, alemão, inglês, sérvio, polaco e sueco. 

PAULO AMARAL, nasceu em Lisboa em 1969. Frequentou o Instituto Médio de Educação de Luanda (Makarengo). É desenhador de projectos e arquitectura. Sempre ligado aos traços, em 1998, descobre o sentido das cores e começa a sua carreira como pintor. Autodidacta, realizou a sua primeira exposição em 2001, tendo desde então participado em mais de 25 exposições individuais e colectivas.

PAULO KUSSY nasceu em Luanda. Desde muito cedo que demonstrou interesse pelas artes plásticas, tendo realizado os primeiros esboços no decurso da instrução primária. 
Funcionário do Ministério da Cultura desde 2006, Professor de Desenho e de Anatomia no Complexo de Escolas de Arte (CEARTE) e desde 2008, Professor de Desenho Artístico e de Geometria Descritiva na Licenciatura de Arquitectura da Universidade Metodista de Angola 
Concluiu, em 2013, o Mestrado em Anatomia Artística na Faculdade de Belas artes da Universidade Clássica de Lisboa.
Licenciatura em Artes Plásticas – variante de Pintura – Faculdade de Belas Artes da Universidade Clássica de Lisboa (2003). 

RAÚL ROSÁRIO nasceu em 1973, em Benguela. Foi instrutor de Equitação e Desenhador Gráfico e, em 1990, descobre o teatro, integrando o Grupo Elinga Teatro. Estreou-se com a obra “Equus” de Peter Sahaffer, encenada por Maria João Ganga. Tem participado em festivais nacionais e internacionais.
Em 1998, após a sua participação na Expo Lisboa, foi para Coimbra onde se profissionalizou na Escola da Noite com a “Tragédia de Esquilo”, “Os Persas” e o “Embondeiro que Sonhava Pássaros” de Mia Couto.
Durante a sua carreira participou em mais de 30 peças encenadas por vários dramaturgos e encenadores, entre os quais Rogério de Carvalho, Maria João Ganga, José Mena Abrantes, Miguel Hurst.
No cinema destaca-se a participação nos filmes “A Cidade Vazia” de Maria João Ganga, o “Herói” de Zezé Gamboa e “Cartas de Guerra” de Ivo M. Ferreira.

MANUEL BERNARDO SANGUE “SANGUITO”, nasceu em 1960, na Província do Bengo. Músico de profissão, com cerca de 40 anos de experiência na música.
Formado em Música Clássica e Instrutor de Música (Angola e Portugal). 
Em Angola participou em diversos projectos como os Agrupamentos, os Anjos, Petro Clave, Semba Tropical, Semba África, etc. 
Em 1997, iniciou a sua carreira de músico a solo, tendo já gravado 4 cd’s: Lenta Vida (1998), Ngueza (2003), Kamba Diami (2010) e Passo a Passo (2011).

JOSÉ DA SILVA PINTO nasceu no Lobito em 1959. Em 1975 foi para Zurique onde estudou Biotecnologia. 
Em 1980 iniciou-se na fotografia, influenciado por Eduardo Gageiro. Citando o artista “Daí para cá, tenho estado a aprender a ver e vou fazendo aquilo que gosto mais, isto é, ver com olhos de ver, contar as minhas histórias simples da vida com verdade. Em 1997 a passagem pela Ásia, ensinou-me a paciência, aprendi a saber esperar o melhor momento, o sorriso, o esgar, o olhar”.
Viveu no Cambodja, no Vietname, e em Espanha. Desde 2000 que reside em Angola. 
Exposições 
2003
“Olhares”
Sala do Casino Hotel Marinha, Luanda
2004 
“Deambulações”
Bar Pub Desigual, Luanda 
2005
“Meet the Arts Of Angola”
Embaixada de Angola em Tóquio, Japão
2006
“Dipanda Forever”
Exposição Colectiva – Trienal de Luanda
2007
Exposição individual em Seoul, Coreia do Sul, a convite do Escritório da Representação de Angola
Livros 
“José Silva Pinto”
BESA, Outubro de 2008
Edição Barbieri
“Cá Entre Nós”
2012
Edições Tinta da China 

ANTÓNIO “THÓ SIMÕES” natural de Malange, nasceu em 1973. Afirma que não é pintor nem artista plástico – nega quaisquer rótulos que limitem as suas intenções. Pinta, faz colagens, cria arte urbana e digital, performances, instalações, filmes e fotografias, mas o trabalho “não obedece a uma componente ou tendência que permita identificar com clareza um determinado estilo. Se calhar o mais fácil seria dizer que sou, somente, um artista”.
Inicou-se nas artes na União Nacional dos Artistas Plásticos Angolanos (UNAP) e depois no Instituto de Formação Artística e Cultural (INFAC), onde se formou. É um pesquisador nato, curioso por natureza e o magnetismo que África e Angola exercem no seu trabalho são inegáveis, tanto como os vários lugares que já visitou no mundo. 
Actualmente, abraça ainda projectos de carácter socio-cultural e ambiental – o graffiti no Elinga Teatro, contra a sua destruição, não deixa ninguém indiferente. Filho da primeira geração de artistas do pós-independência, a passagem de conhecimentos e técnicas é fundamental para o artista, que relembra uma altura difícil para os jovens artistas que entravam no mundo da arte. 
Com os olhos sempre postos no futuro e as mangas arregaçadas, Thó Simões concluiu o celebrado projecto Murais da Leba, em 6000 m2 de parede nas Províncias do Namíbe e Huíla, englobando artistas angolanos e internacionais, alunos do ensino primário e secundário, na arte urbana. 

TRIGO LIMPO (também conhecido como TL) é um grupo formado por 4 elementos (3 músicos e um produtor). O quarteto formou-se em Novembro de 2014 na cidade de Windhoek, Namíbia. Os quatro elementos seguiam uma carreira a solo antes de se juntarem para dar início ao projecto Trigo Limpo. Com um estilo de música moderna e cativante, misturam diversos géneros musicais que são influenciados pelo Kizomba, House Music e outros.


Pensar e Falar Angola