A ministra da Cultura afirmou, na quarta-feira, em Luanda, que o papel artístico desempenhado nas décadas de1960/70 pelo músico e intérprete Rui Mingas despertou a consciência revolucionária da juventude da época.Rosa da Cruz e Silva fez a afirmação quando presidia à cerimónia de homenagem a Rui Mingas, promovida pela Universidade Lusíada de Angola (ULA) - onde é docente e administrador - devido a distinção de que foi alvo por parte da Academia Francesa de Artes, Ciências e Letras, que lhe atribuiu, no dia 5, a medalha de Mérito de Ouro.“Rui Alberto Vieira Dias Mingas deu um grande contributo na massificação da cultura angolana, tendo musicado poemas de vários poetas nacionais, incluindo alguns do primeiro presidente angolano, António Agostinho Neto”, lembrou.A ministra salientou, entre os feitos do artista, cujas canções foram recordadas na cerimónia, o Hino Nacional, que ele musicou, acrescentando que Angola vai continuar a homenagear o artista.A sessão foi marcada pelo testemunho de várias personalidades - ex-colegas da época de estudante, amigos, professores, familiares e estudantes da Universidade Lusíada - que convergiram sobre aquilo que consideram ser qualidades humanas raras na pessoa do homenageado.As docentes universitárias Adélia de Carvalho e Florbela Araújo consideraram a distinção uma prova das “nobres qualidades e sagacidade” de Rui Mingas.O homenageado afirmou que depois de exercer funções no Governo valeu a pena apostar na criação de uma universidade, que, frisou, significa para si a oportunidade de contribuir para o crescimento do país.“Somos muito ricos em recursos naturais, mas continuamos a ser pobres em recursos humanos”, sublinhou, acrescentando:“Angola será um país forte quando os seus filhos forem ricos no saber, por isso enquanto as minhas possibilidades e capacidades físicas o permitirem aqui estarei à frente desta universidade”.O músico relembrou a época em que musicou poemas interventivos de Agostinho Neto, Mário António de Oliveira, António Jacinto e outros que tocavam a sua sensibilidade.O evento foi também marcado pela actuação do irmão do homenageado, André Mingas, e pela declamação de poesias.
Felicitações da UNAC
A União Nacional dos Artistas e Compositores (UNAC) considerou, também quarta-feira, em Luanda, mas em comunicado, que a distinção ao compositor e interprete angolano Rui Mingas, pela Academia Francesa de Artes, Ciências e Letras, constitui um atestado de excelência ao trabalho desenvolvido pelos homens das artes angolanas. “A distinção confere grande reputação ao nosso membro, o que, por essa via, confere também maior visibilidade internacional a nossa música e ao nosso país”, refere a nota, citada pela Angop.Por esta razão, diz o comunicado, Rui Mingas é um artista que deve servir de exemplo a todos, particularmente às novas gerações de artistas angolanos que, no afã da fama, esquecem que a modéstia, o saber, a procura da excelência e o patriotismo são valores incontornáveis para o sucesso.Rui Mingas, membro fundador da UNAC, foi distinguido pela Academia Francesa de Artes, Ciências e Letras com a medalha de Mérito de Ouro.A foi fundada em 1915, com o objectivo de promover e premiar o trabalho de criadores, promotores e produtores de artes, ciências e letras.Rui Mingas colocou, em 2006, no mercado, o disco “Memória”, com 17 canções, gravado em Angola, Brasil e em Portugal. Com uma diversidade rítmica, com destaque para o semba, o músico teve a colaboração de Katila Mingas, Carlos Mingas e André Mingas, nos corosNeste disco, o autor musicou poemas de escritores angolanos, entre os quais “Meu Amor” e “Meninos do Huambo”, de Manuel Rui Monteiro, “Mokezu” e “Namoro”, de Viriato da Cruz, “Adeus à hora da largada” e “A Kitandeira”, de Agostinho Neto, e “Benguela” e “Pé de Maracujá”, de Ernesto Lara Filho.Incluiu ainda novas versões das músicas “Muxima” e “Birin Birin”, ambas de Carlos “Liceu” Vieira Dias, e “Meninos de Rua”, de Filipe Zau. O instrumental esteve a cargo, entre outros, de Joãozinho Morgado (gongas), Betinho Feijó (guitarra ritmo), Rui Quaresma e André Mingas (violão), Mias (viola baixo), Fabiano Salek e Naife Simões (percussão).Embora não tenha feito da música profissão, gravou, entre 1969 e 1974, dois long playings e vários singles.“Naquela roça grande não tem chuva” e “Monangamba”, poemas de António Jacinto, foram alguns dos temas que o consagraram na altura.
Felicitações da UNAC
A União Nacional dos Artistas e Compositores (UNAC) considerou, também quarta-feira, em Luanda, mas em comunicado, que a distinção ao compositor e interprete angolano Rui Mingas, pela Academia Francesa de Artes, Ciências e Letras, constitui um atestado de excelência ao trabalho desenvolvido pelos homens das artes angolanas. “A distinção confere grande reputação ao nosso membro, o que, por essa via, confere também maior visibilidade internacional a nossa música e ao nosso país”, refere a nota, citada pela Angop.Por esta razão, diz o comunicado, Rui Mingas é um artista que deve servir de exemplo a todos, particularmente às novas gerações de artistas angolanos que, no afã da fama, esquecem que a modéstia, o saber, a procura da excelência e o patriotismo são valores incontornáveis para o sucesso.Rui Mingas, membro fundador da UNAC, foi distinguido pela Academia Francesa de Artes, Ciências e Letras com a medalha de Mérito de Ouro.A foi fundada em 1915, com o objectivo de promover e premiar o trabalho de criadores, promotores e produtores de artes, ciências e letras.Rui Mingas colocou, em 2006, no mercado, o disco “Memória”, com 17 canções, gravado em Angola, Brasil e em Portugal. Com uma diversidade rítmica, com destaque para o semba, o músico teve a colaboração de Katila Mingas, Carlos Mingas e André Mingas, nos corosNeste disco, o autor musicou poemas de escritores angolanos, entre os quais “Meu Amor” e “Meninos do Huambo”, de Manuel Rui Monteiro, “Mokezu” e “Namoro”, de Viriato da Cruz, “Adeus à hora da largada” e “A Kitandeira”, de Agostinho Neto, e “Benguela” e “Pé de Maracujá”, de Ernesto Lara Filho.Incluiu ainda novas versões das músicas “Muxima” e “Birin Birin”, ambas de Carlos “Liceu” Vieira Dias, e “Meninos de Rua”, de Filipe Zau. O instrumental esteve a cargo, entre outros, de Joãozinho Morgado (gongas), Betinho Feijó (guitarra ritmo), Rui Quaresma e André Mingas (violão), Mias (viola baixo), Fabiano Salek e Naife Simões (percussão).Embora não tenha feito da música profissão, gravou, entre 1969 e 1974, dois long playings e vários singles.“Naquela roça grande não tem chuva” e “Monangamba”, poemas de António Jacinto, foram alguns dos temas que o consagraram na altura.
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