A ministra do Ensino Superior e Ciência e Tecnologia defendeu, ontem, em Luanda, o aumento dos cursos de mestrado e uma forte aposta em programas de doutoramento, para elevar a qualidade do corpo docente e contribuir para o processo de investigação científica no país.
Maria Cândida Teixeira, que falava na tomada de posse da nova reitoria da Universidade Agostinho Neto, afirmou que este é um dos pressupostos para o desenvolvimento do país. “O nosso futuro assenta no conhecimento que, ao ser transformado em saber, converte o capital humano no principal agente impulsionador do progresso das nações”, afirmou.
Numa cerimónia assistida por membros do Governo, deputados e reitores de diversas universidades, pediu aos reitores que tornem a universidade um verdadeiro centro de pesquisa, que conceba soluções racionais e tome iniciativas para indicar possíveis alternativas para os problemas do futuro. “A universidade, como instituição, deve formar para a vida, para uma profissão e estar intrinsecamente ligada à sociedade ”, disse a ministra, acrescentando que a aquisição, gestão e sistematização do conhecimento é o meio fundamental para gerar riqueza. Na cerimónia, que decorreu na Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto, Maria Cândida Teixeira falou ainda dos esforços do Executivo para aumentar o efectivo estudantil no ensino superior. Lembrou que, em cumprimento do programa do Governo, foram criadas sete regiões académicas, que permitiram a extensão do ensino universitário a todas as províncias. A ministra deixou ainda outro recado à nova direcção: garantir, “aos docentes, trabalhadores não docentes e estudantes, condições que permitam produzir a qualidade do ensino esperado e combater todo o tipo de práticas negativas que lesam o bom-nome de uma instituição de ensino superior”.
Ontem, tomaram posse o Reitor da Universidade Agostinho Neto, Orlando Manuel José Fernandes, os vices reitores Maria Augusta Almeida da Silva, para a área académica, José Pedro Domingos, para a científica, e Agatângelo Joaquim dos Santos Eduardo, para a cooperação.
Ao contrário do que aconteceu em anos anteriores, o novo reitor não foi eleito, mas indicado, em regime de excepção, por um período de dois anos. O último reitor eleito foi João Teta, agora secretário de Estado da Ciência e Tecnologia. Dados do Ministério do Ensino Superior e Ciência e Tecnologia apontam a existência, em Angola, de 19 instituições do Ensino Superior, sendo 12 privadas e sete públicas.
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