segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Lucira muda de fisionomia

Actualmente, a população da comuna da Lucira ronda os 10 mil habitantes, metade dos quais chegou para trabalhar na indústria pesqueira. A fisionomia da região alterou-se, com este aumento populacional. Como acentuou o administrador comunal, David Frederico Clemente, toda esta gente é bem tratada, no quadro dos programas de investimentos públicos e de aumento da oferta e melhoria dos serviços sociais básicos às populações. As melhorias substanciais, em todos os domínios, nestes seis anos de paz, são enumeradas em toda a parte. Ao nível da saúde, temos postos médicos, um centro de saúde; idem ao nível da educação. E assim por diante: comunicações, serviços, energia e água, saneamento básico, chegando-se à conclusão final: Lucira está a crescer.
O problema habitacional para os quadros é outro dos progressos que nos aponta o administrador da Lucira: aqui, fruto da boa governação do Executivo da província, a localidade tem conhecido melhorias substanciais no domínio dos investimentos públicos e mais realizações estão em curso para a acomodação dos quadros fixados no interior da província. De resto, isso mesmo pode aperceber-se das palavras do governador da Huíla, Ramos da Cruz, por sinal filho do Namibe, que muito recentemente lá esteve em visita privada. O soba Frederico Futinha também manifestou-se exultante com os progressos que se registam na sua área de jurisdição. Ele sublinhou que muita coisa mudou, sobretudo nos domínios da saúde, educação e habitação. Assegurou que os quadros, sobretudo professores e enfermeiros, já não se podem queixar da falta de condições de acomodação para o bom desempenho da sua actividade, “porque têm residências próprias”.


Na região existem muitas obras já construídas e inauguradas recentemente. No novo mercado municipal, o movimento dos vendedores que têm aí as suas bancas não pára, apesar de faltarem fregueses. Além disso, o porto pesqueiro da Lucira está a fornecer pescado para o mercado de todo o país. O funcionamento das lanchonetes, restaurantes e lojas também não pára. Assim se constrói o progresso nestas paragens à entrada de Benguela.


Lucira é uma das regiões mais ricas em pescado e marisco da costa angolana, depois do Tômbwa e Baía dos Tigres.


O governo pretende dar seguimento a um projecto de transformação deste “monstro adormecido” para a necessidade que se impõe dele funcionar em pleno para bem da região, e não só. Boavida Neto, chefe do Executivo do Namibe, disse à imprensa, na Lucira, aquilo que o Governo central, através do Ministério das Pescas, já tem traçado como políticas para os próximos tempos, ao nível do sector. Foi-nos comunicado, verbalmente, que estas políticas estão contidas no programa de governação para os próximos quatro anos, nomeadamente o desenvolvimento da produção com base no princípio da gestão racional dos recursos pesqueiros, dentro dos limites de sustentabilidade biológica, bem como continuar o fomento e apoio ao desenvolvimento da pesca artesanal, marítima e continental e o desenvolvimento turístico da região.

Pensar e Falar Angola

1 comentário:

Odete disse...

Gostei de saber que a Lucira está em pleno desenvolvimento. Foi na Lucira que fiz a minha 1ª classe. Viviamos no César, (praia lindíssima, onde aprendi a amar o mar e que gostava de rever um dia...). Não consigo falar sem me emocionar. Foram os momemntos da minha infância mais maravilhosos, vividos junto ao mar e que me marcaram para sempre...
Terra que me acolheu com pouco mais de um ano e donde saí já casada e um com um filho nascido em Benguela. Quanta saudade!...
Abraço.
Odete

vida é obra

Dr. Agostinho Neto