domingo, 7 de setembro de 2008

Os resultados eo meu olhar

Últimos resultados que tenho conhecimento:
MPLA..... 81.72%
UNITA....10.49%
Os outros partidos pulverizaram-se na pequenissima percentagem.
O que eu vou ver e ouvir agora?
Já sei, grande parte vai-me dizer que foi o poder de ser poder, que foi a manipulação da informação, que foi o dinheiro de ser governo que habilitou quem ganhou.
O que é que eu escrevi mesmo há dias atrás sobre resultados?
Mudemos de assunto.
Como há dias falei nas 'contratações' de personalidades nos partidos e coligações que parecia o futebol profissional, hoje me apetece continuar nesta mesma área e fazer a comparação de quem perda uma partida. Não, o adversário não jogou melhor, não tem um melhor colectivo nem tem melhores valores individuais. Foi mesmo o árbitro, o terreno do jogo, a claque, o frio ou o calor quem fez tudo para perder.
Mas vou voltar às eleições e à política, pela última vez nestas eleições legislativas. Também não é preciso levar tudo à letra. Se houver um motivo aqui estarei a escrever outra vez sobre este tema que me quero despedir hoje.
Aparentemente todos os observadores internacionais, que ouvi ou li, reconhecem que as eleições em Angola foram livres, justas e transparentes, contando mesmo com os problemas que consideram terem sido de “ordem logística” e que eu penso que com mais duas ou três eleições deixam de acontecer.
Há pouco ouvi o líder da UNITA insistir nas irregularidades e diz que “os factos indicam que os resultados finais não reflectem rigorosamente a vontade expressa nas urnas pelo povo angolano”, depois mais à frente diz que a UNITA estará em todas as eleições e que os governos não serão mais de 30 anos etc. etc.. (me esqueci que a UNITA tinha elementos seus neste GRUN?) e que o seu partido tem um compromisso para com a paz, a democracia e a reconstrução de uma Angola para todos.
Me parece que Isaías Samakuva é um homem inteligente e rapidamente vai reconhecer os resultados finais. Se não o fizer será bem mais penalizado internamente, mas também externamente.
Os cerca de 11% dos votos permitem que a UNITA seja a segunda força política, mas devem fazer reflectir numa possivel 'revolução' interna.
O Presidente José Eduardo dos Santos, no comício de encerramento da campanha, prometeu acabar com a corrupção, a fome e a pobreza. O MPLA terá capacidade para sozinho fazer uma nova Constituição. Bom seja que saiba usar o poder legitimado nas urnas.
Para o ano falaremos de Presidenciais.

Pensar e Falar Angola

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