José Luís Mendonça nasceu a 24 de Novembro de 1955, no Golungo Alto, província do Kwanza Norte.
Jornalista e poeta, é funcionário do UNICEF Angola, onde exerce actualmente as funções de assistente de informação.
Podendo ser considerado o mais vigoroso produtor de rupturas no plano formal naquilo que é a novíssima poesia angolana, preenche igualmente os requisitos para ser um dos mais inovadores poetas da Geração de 80, a chamada Geração das Incertezas.
Inscreve-se numa das quatro tendências em que podemos analisar a poética dessa geração, caracterizando-se particularmente pelo rigor e intencionalidade na construção de metáforas e pela associação de sentidos, quando é confrontado com a necessidade de propor uma verdadeira linguagem poética.
Escreve para diversos órgãos de imprensa angolanos e tem participado em vários festivais internacionais de poesia.
Figura em antologias de poesia angolana publicadas no Brasil e Portugal. É membro da União dos Escritores, desde de 1984.
Publicou seis livros de poesia:· Chuva Novembrina (1981, Prémio de poesia Sagrada Esperança, INALD,1981);· Gíria de Cacimbo ( Prémio Sonangol de Literatura, União dos Escritores Angolanos, 1986); · Respirar as Mãos na Pedra ( Prémio Sonangol de Literatura, União dos Escritores Angolanos,1986);· Quero Acordar a Alva (Prémio de Poesia Sagrada Esperança,ex-aequo, INALD,1996);· Logaríntimos da Alma- Poemas de Amar, (União dos Escritores Angolanos,1998);· Ngoma do Negro Metal (Edições Chá de Caxinde, 2000)
Publicou seis livros de poesia:· Chuva Novembrina (1981, Prémio de poesia Sagrada Esperança, INALD,1981);· Gíria de Cacimbo ( Prémio Sonangol de Literatura, União dos Escritores Angolanos, 1986); · Respirar as Mãos na Pedra ( Prémio Sonangol de Literatura, União dos Escritores Angolanos,1986);· Quero Acordar a Alva (Prémio de Poesia Sagrada Esperança,ex-aequo, INALD,1996);· Logaríntimos da Alma- Poemas de Amar, (União dos Escritores Angolanos,1998);· Ngoma do Negro Metal (Edições Chá de Caxinde, 2000)
Chuva novembrina
Chuva-chuva doce chuva
entra no meu coração
doce chuva solitária.
Contigo eu remanso a noite
desce a noite e desces tu
doce chuva mãos de mulher
afagando o bolor do sofrimento.
- Vem doce teta de chuva.
entra no meu coração
doce chuva solitária.
Contigo eu remanso a noite
desce a noite e desces tu
doce chuva mãos de mulher
afagando o bolor do sofrimento.
- Vem doce teta de chuva.
(Chuva novembrina)
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Também tu, mulher...
Também tu, mulher, és uma riqueza
para a minha alma amargurada.
Dás-me saúde e alegria, vontade de viver
coisas tão simples e boas como a verdade.
Demais só de pensar-te o meu olhar se ilumina
e todo o meu corpo se eletriza
com o calor subindo do meu sexo.
Assim te procuro atento na selvagem cidade
viajante errante nos caminhos da vida
como busco o pão, a casa e a flor.
(Chuva novembrina)
para a minha alma amargurada.
Dás-me saúde e alegria, vontade de viver
coisas tão simples e boas como a verdade.
Demais só de pensar-te o meu olhar se ilumina
e todo o meu corpo se eletriza
com o calor subindo do meu sexo.
Assim te procuro atento na selvagem cidade
viajante errante nos caminhos da vida
como busco o pão, a casa e a flor.
(Chuva novembrina)
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Subpoesia
Subsaarianos somos
sujeitos subentendidos
subespécies do submundo
subalimentados somos
surtos de subepidemias
sumariamente submortos
do subdólar somos
subdesenvolvidos assuntos
de um sul subserviente
(Chuva novembrina)
sujeitos subentendidos
subespécies do submundo
subalimentados somos
surtos de subepidemias
sumariamente submortos
do subdólar somos
subdesenvolvidos assuntos
de um sul subserviente
(Chuva novembrina)
de: http://www.nexus.ao/kandjimbo/jose_luis_mendonca.htm
Pensar e Falar Angola
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