"A literatura angolana ainda não se afirmou como poderia. Houve períodos em que até era difícil publicar no país e os jovens tinham poucos hábitos de leitura. Isso reflecte-se na actualidade, em que têm aparecido poucos escritores jovens que se afirmam.
Um problema sério é o fraco domínio que têm da língua portuguesa, pela fraca qualidade de ensino que enfrentamos. Há talentos, há estórias, muita criatividade, mas por vezes falta a ferramenta linguística ou os apoios necessários ao começo.
Mas penso que a literatura se vai desenvolvendo progressivamente.
Quanto ao acordo ortográfico, acho que se está a discutir muito sobre pouco.
Ou era um acordo radical, que unificaria de facto a grafia (e só isso) ou então não valeria a pena mexer. Nunca ouvi de alguém não ter conseguido ler um livro brasileiro porque tem tremas ou certas consoantes que caíram no meio das palavras.
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