sexta-feira, 27 de abril de 2012

Um dever de militante - artigo de opinião


Camaradas, esta é uma página do MPLA.
Fundado em 1956 para libertar Angola do jugo colonial e construir uma Pátria independente onde o Povo fosse livre e a sua iniciativa económica valorizada.
Não foi fácil.
Muitos dos melhores filhos de Angola conheceram a morte, as prisões, o degredo, sacrificaram a sua vida pessoal pelo seu ideal.
Chegados a 2012, qual é a nossa estratégia, a nossa visão?
Ganhar as eleições deste ano?
Sim! Mas esse objectivo é uma etapa.
Ganhar as eleições inequivocamente e com força para traçar um rumo de progresso e desenvolvimento económico para todos.
Em 60, havia muitos grupos de apoio ao MPLA em Angola, na mais estrita clandestinidade e secretismo. O mais pequeno deslize podia lançar na prisão um número incalculável de camaradas.
Havia uma identidade secreta, um olhar, uma maneira firme de apertar a mão. Mesmo às vezes não dizendo nada, ou dizendo por meias palavras, sabíamos que éramos do MPLA.
Então procurávamos aprender, ler, saber, líamos Frantz Fanon, Albert Memmi, Jorge Amado, admirávamos Lumumba, Nkrumah, estávamos sempre ansiosos para chegarmos a textos do MPLA a partir de Conakry, de Argel, de Brazzaville…
Ouvíamos a Voz de Angola Combatente, cheia de interferências da pide, íamos para longe, para o Cacuaco quando a noite caía, para ouvirmos melhor no rádio do carro do meu pai e no rádio do carro do nosso cda Ferreira Neto, e por todo o lado sabíamos que havia outros grupos, camufladamente ouvindo e discutindo as orientações.
Não andávamos á procura de discórdia entre nós. Queríamos sim conhecer o programa maior, o programa mínimo do MPLA, para os guardarmos nos nossos corações, mas também notícias do avanço da luta de libertação.
Não esperávamos que houvesse uma Direcção que nos orientasse todos os dias. Não! Fazíamos o nosso trabalho, sem nada exigirmos. Porque onde quer que estivéssemos, era aí que estava o MPLA e Angola.
Nas cadeias, por não haver orientações superiores (impossível), deixávamos de ser do MPLA? Não! Construíamos aí o MPLA, quando chegava o 4 de Fevereiro comemorávamos, mesmo que fosse no silêncio dos isolamentos, o nosso coração pulava de alegria.
Sabem o que é a estrela da nossa bandeira?
UNIDADE.
Devemos valorizar o que nos une.
Devemos desvalorizar o que eventualmente nos desune.
Porque se valorizamos o que nos desune, abrimos brechas e como em política não há vácuos, os adversários políticos metem-se pela brecha dentro tentando dividir-nos.
Usam artimanhas, não são directos, manipulam, dissimulam, fingem que são mais militantes do que nós.
Eles não fazem isso por fazerem, eles têm uma estratégia que passa pela criação de subgrupos, de «lobbys», de correntes.
Em resumo: divisão.
Divisão significa fraqueza, significa fazer o jogo dos adversários políticos.
Esta página é DO MPLA.
Não é do MPLA 1, 2, 3 ou 4.
Não é do MPLA de X, Y, Z.
O Camarada Presidente orientou sem dúvida nenhuma: UNIDADE.
A UNIDADE é um dos nossos valores supremos, é a nossa pedra preciosa.
Para preservarmos UNIDOS, temos de estar atentos noite e dia, porque os nossos adversários políticos dormem pouco.
Este espaço não foi construído para nos distrairmos, para nos envaidecermos pessoalmente, para nos invejarmos uns aos outros.
Aqui todos somos iguais e cada um dá o que pode, nos ensinamos e formamos uns aos outros.
Isso não significa «espírito de rebanho», nem «assim seja».
Aqui há frontalidade, há diversidade de opiniões, que fortalecem a nossa UNIDADE.
UNIDADE para quê?
Para sermos melhores militantes.
Para sermos mais fortes politicamente.
E cada militante que se enriquece politicamente fortalece o MPLA.
Só há um líder, chama-se José Eduardo dos Santos.
Não faço futurologia.
O nosso líder agora, repito, AGORA, tem esse nome, não é outro.
É ele que vamos apoiar, em uníssono, mesmo que tenhamos críticas a fazer, ele também as faz, os homens não são perfeitos nem as suas obras, a Unita fez-nos perder muito tempo com as suas guerras destruidoras. A última guerra durou 10 anos, a Unita destruiu tudo, já estavam a morrer mais de 1000 angolanos de fome por dia, o tecido económico desmoronou. A Unita só se preocupava em garimpar diamantes para trocar por armas.
Somos uma Muralha de Aço ou não?
Para o MPLA unido e para José Eduardo dos Santos, contem comigo.


Este texto foi retirado do Facebook. É um artigo de opinião, utilizando as novas tecnologias para chegar mais longe com uma linguagem actual de quem sofreu no corpo muitos anos de luta, no directo significado da palavra como no figurado. Outros partidos ou coligações também têm aqui um espaço, desde que o artigo, ou o que quiserem chamar, enalteça a DEMOCRACIA, a OPINIÃO e a RAZÃO

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