Depois de belas surpresas na Namíbia, chegamos em Angola
Concluímos a segunda etapa da viagem. De Windhoek, capital da Namíbia, até Lubango, no sul de Angola, levamos 16 dias e percorremos cerca de 2.700 km.
Continuamos com boa saúde e a Nandi (nossa forte Land Rover) também tem se portado bem, depois que resolvemos o pequeno vazamento de óleo no diferencial. Também viramos técnicos de geladeira, pois solucionamos um probleminha com a nossa (que nos fornece uma deliciosa água gelada a cada parada). Andamos em tantas estradas de cascalho nessas últimas duas semanas que a trepidação fez com que o visor do aparelho (que mostra a temperatura e o botão “on-off”) caísse dentro da máquina. A geladeira continuou a funcionar, mas de olhos vendados… Mikael e eu abrimos o aparelho e conseguimos fazer uma pequena cirurgia. Parece que tudo voltou ao normal.
Na Costa do Esqueleto, parada para um sanduíche. Nossos alimentos estão dentro de uma imensa gaveta que tem a capacidade de 125 litros.
Se a primeira parte da viagem foi marcada por muitos campings e noites em barracas, durante essa última etapa conhecemos uma sucessão de pousadas charmosas e acampamentos de luxos. Graças à conservacionista Pauline Lindeque, gerente de marketing da empresa para-estatal NWR (Resorts de Vida Selvagem da Namíbia), conseguimos desenhar um roteiro pelo norte que nos mostrou a diversidade e a riqueza natural da Namíbia. Keith Sproule, da WWF-Namíbia, e Bob Moffett, da empresa Wilderness Safaris, também contribuíram com ideias fabulosas. E nossa estadia no país se prolongou por mais alguns dias…
A verdade é que fiquei surpreendido com a Namíbia. Os locais que visitamos são, simplesmente, espetaculares!Por isso, já comecei a bolar uma nova expedição fotográfica e espero regressar a esses lugares em 2011 com um grupo de fotógrafos amadores brasileiros.
Uma das jóias que eu não havia conhecido nas viagens anteriores foi o Parque Nacional Etosha. Com seus 103 anos de experiência, Etosha nos presenteou com entardeceres impressionantes e com uma vasta mostra de animais selvagens, incluindo sete leões. Aliás, nossa lista de mamíferos observados – que estava em 18 na primera etapa – chegou agora a 28!
Os entardeceres em Etosha vieram acompanhados por fortes tempestades. Mikael teve muita paciência e conseguiu fotografar inúmeros relâmpagos.
Angola está a sediar (como se diria aqui, sem gerúndio) a Copa Africana das Nações. Em Lubango, depois de uma longa epopeia com as autoridades da Confederação Africana de Futebol, conseguimos nossas credenciais para assistir aos jogos da Copa. Vestidos com a camisa da seleção canarinho, chegamos cedo ao recém-inaugurado Estádio da Tundavala para encontrar 20 mil espectadores entusiasmados com o campeonato. Lubango, uma das quatro cidades da Copa, está de festa!
Nandi também entrou no Estádio da Tundavala e encostou ao lado de outros carros da imprensa angolana.
A dupla de viajólogos (de verde e amarelo) no intervalo entre as duas partidas da Copa. Ainda bem que os brasileiros são queridos por aqui.
A pluralidade parece ser uma marca importante da nossa viagem. Um dia, estamos a poucos metros de uma leoa e de seus dois filhotes; no outro, nos encontramos com a estrela dos “Leões Indomáveis”, Samuel Eto’o, do time dos Camarões. Conversamos com mulheres da tribo tradicional Himba da mesma forma que dialogamos com o governador provincial da Huila (Lubango) Isaac dos Anjos. Além de desenvolver um bom jogo de cintura, essa necessidade de adaptação a momentos tão diferentes nos ensina a melhor compreender a África.
Nesses próximos dias, aproveitando o acesso a internet que temos em Lubango, escreveremos algumas crônicas sobre os lugares que acabamos de conhecer na Costa do Esqueleto, na região Damara e no parque Etosha. Prometo que as fotos escolhidas serão sensacionais!!!
Sem comentários:
Enviar um comentário