Bruxelas, 28 Mai (Lusa)
- Os presidentes dos grupos parlamentares da UNITA e da FNLA, na oposição em Angola, discutiram hoje em Bruxelas com o presidente do Parlamento Europeu as eleições de Setembro, transmitindo a Hans-Gert Poettering as suas "apreensões", mas também optimismo.
Em declarações à Agência Lusa à saída da reunião, Alcides Sakala, da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), e Benjamim da Silva, da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), manifestaram satisfação com este reforço das relações entre os parlamentos angolano e europeu e salientaram a utilidade que a experiência e maturidade democrática europeia pode ter para o processo eleitoral em Angola.
"Esta reunião superou as expectativas. Encontrámos aqui um ambiente de grande abertura", disse Alcides Sakala, sublinhando a importância de o "Parlamento Europeu emprestar a sua experiência ao processo eleitoral" angolano e a "necessidade de uma observação europeia" às eleições legislativas previstas para o início de Setembro.
Também Benjamim da Silva salientou que a UE deve ter "um papel muito importante, moralizador, porque a vida política deve ser moralizada", apontando que Angola, numa fase ainda "incipiente da vida democrática, deve aprender com aqueles que estão muito mais avançados".
Apesar de expressarem confiança em que o processo eleitoral decorra bem, com o apoio da União Europeia, os deputados deram conta a Poettering de algumas preocupações.
"Aproveitámos para manifestar a nossa apreensão, designadamente em relação às alterações dos prazos que a Assembleia Nacional de Angola aprovou" à lei eleitoral e que "representam um recuo para o processo democrático angolano", disse Alcides Sakala.
"Emitimos as nossas apreensões, as leis eleitorais foram substancialmente alteradas", declarou por seu turno Benjamim da Silva, que ainda assim disse esperar que tal seja "apenas uma peripécia, e que tudo se possa arranjar para que as eleições possam decorrer da melhor forma".
Presente no encontro esteve também o eurodeputado José Ribeiro e Castro, do CDS-PP, que manifestou o desejo de que o processo eleitoral corra bem e represente "uma nova fase da vida política angolana".
"Há problemas, mas estamos a acompanhar com todo o interesse, atenção e com uma expectativa positiva", disse.
Apontando que entre os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) há "um caso verdadeiramente exemplar", o de Cabo Verde, Ribeiro e Castro disse que "não há nenhuma razão para que Angola não tenha o mesmo nível de maturidade institucional e democrática".
ACC.
Lusa/fim
Em declarações à Agência Lusa à saída da reunião, Alcides Sakala, da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), e Benjamim da Silva, da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), manifestaram satisfação com este reforço das relações entre os parlamentos angolano e europeu e salientaram a utilidade que a experiência e maturidade democrática europeia pode ter para o processo eleitoral em Angola.
"Esta reunião superou as expectativas. Encontrámos aqui um ambiente de grande abertura", disse Alcides Sakala, sublinhando a importância de o "Parlamento Europeu emprestar a sua experiência ao processo eleitoral" angolano e a "necessidade de uma observação europeia" às eleições legislativas previstas para o início de Setembro.
Também Benjamim da Silva salientou que a UE deve ter "um papel muito importante, moralizador, porque a vida política deve ser moralizada", apontando que Angola, numa fase ainda "incipiente da vida democrática, deve aprender com aqueles que estão muito mais avançados".
Apesar de expressarem confiança em que o processo eleitoral decorra bem, com o apoio da União Europeia, os deputados deram conta a Poettering de algumas preocupações.
"Aproveitámos para manifestar a nossa apreensão, designadamente em relação às alterações dos prazos que a Assembleia Nacional de Angola aprovou" à lei eleitoral e que "representam um recuo para o processo democrático angolano", disse Alcides Sakala.
"Emitimos as nossas apreensões, as leis eleitorais foram substancialmente alteradas", declarou por seu turno Benjamim da Silva, que ainda assim disse esperar que tal seja "apenas uma peripécia, e que tudo se possa arranjar para que as eleições possam decorrer da melhor forma".
Presente no encontro esteve também o eurodeputado José Ribeiro e Castro, do CDS-PP, que manifestou o desejo de que o processo eleitoral corra bem e represente "uma nova fase da vida política angolana".
"Há problemas, mas estamos a acompanhar com todo o interesse, atenção e com uma expectativa positiva", disse.
Apontando que entre os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) há "um caso verdadeiramente exemplar", o de Cabo Verde, Ribeiro e Castro disse que "não há nenhuma razão para que Angola não tenha o mesmo nível de maturidade institucional e democrática".
ACC.
Lusa/fim
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