O coordenador da Organização da Nações Unidas (ONU) em Angola, Koen Vanormelingen, anunciou ontem a intenção de apoiar o Executivo angolano no sentido de garantir o acesso universal e equitativo a um pacote essencial de bens e serviços e à redução da pobreza e das vulnerabilidades.
“Vamos cooperar com o Governo para reduzir as disparidades existentes na população angolana, a forma como as Nações Unidas podem assistir os processos nacionais, desenvolver as políticas necessárias para reduzir as disparidades e garantir os direitos dos cidadãos”, sublinhou o diplomata.
Koen Vanormelingen reconheceu que “Angola registou, na última década, muitas conquistas, com a consolidação da paz, garantia da estabilidade política e ao assegurar um crescimento económico e social sustentável”.
Falando em conferência de imprensa, em alusão aos 65 anos da existência ONU, que se comemora no dia 24 de Outubro, Koen Vanormelingen disse que, na sequência das conquistas, “Angola tem atraído investimentos estrangeiros consideráveis e tem avançado de forma crescente com a reabilitação de infra-estruturas socio-económicas”.
No âmbito social, o diplomata apontou os passos dados na “redução significativa” das taxas de mortalidade materna infantil, o aumento da taxa de escolarização primária e a expansão da rede sanitária nacional em infra-estruturas e em quadros formados, no âmbito do processo de descentralização municipal. Numa conferência assistida pela directora nacional das relações internacionais do Ministério das Relações Exteriores, Margarida Exacta, o representante da ONU em Angola refere que os avanços verificados demonstram que o país caminha, de forma segura, para alcançar as metas dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, mas alerta para a existência de “muitas disparidades no acesso aos serviços básicos, como a saúde e a educação”.
Um relatório apresentado durante a conferência de imprensa indica que quase sete milhões de pessoas vivem com menos de 1,75 dólares por dia e um milhão de crianças ainda se encontra fora do sistema de ensino primário, enquanto outros milhões ainda não têm acesso a serviços de água e saneamento adequadas.
A directora nacional do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Angola, Gita Welch, disse que actualmente a sua instituição desenvolve actividades em quatro áreas principais: redução da pobreza, governação democrática, prevenção e recuperação de crises e ambiente e desenvolvimento sustentável.
Em relação à redução da pobreza, o PNUD pretende promover um crescimento inclusivo e a igualdade entre homens e mulheres, através da redução das desigualdades económicas e sociais.
O representante da OMS em Angola, Rui Gama Vaz, sublinhou a aprovação da política nacional de saúde, em Agosto, a reabilitação da rede de prestação de serviços de saúde a nível municipal e o processo que vai culminar com a aprovação de um plano nacional de desenvolvimento de recursos humanos.
Pensar e Falar Angola
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