quinta-feira, 31 de julho de 2008
Mercado Kinaxixe, foi
Primeiro porque era um edifício bonito.
Segundo porque era uma obra de inspiração Corbusiana obedecendo aos seus cinco princípios arquitectónicos (1).
Terceiro porque surge em consequencia dos princípios da Carta de Atenas e CIAM.
Quarto porque era um edifício bem concebido e adaptado ao clima tropical.
Quinto por ocupava um espaço de grande relevo e referência na cidade de Luanda.
Sexto porque efectivamente era uma obra caracterizada no International Style
Sétimo porque uma obra com estas caracteristas se localizava no continente africano.
Oitavo porque era considerada uma obra limpa, sintética, funcional e racional
Nono porque era uma obra que facilmente se ligava a uma rede de referências internacionais ao nível da arquitectura: Carta de Atenas, Corbusier, Brasília, Lúcio Costa, história da arquitectura, Chandigar.
Décimo por ter sido projectado pelo arquitecto Vasco Vieira da Costa
Estas são as 10 razões que me levam a entristecer. Mais uma vez, valor patrimonial é superado pela linguagem do dinheiro e da especulação.
Esta desvalorização patrimonial chegou a Luanda, Obviamente que é nos paises em desenvolvimento que a especulação encontra o espaço ideal para singrar.
Na renovação dos centros urbanos europeus, os mercados são para recuperar. Velhos novos, feios, bonitos, com história ou sem ela, os mercados são um organismo urbano de vital importância na vida das cidades e daí a sua valorização crescente. Mercados não são incompatíveis com shopings…. Cada um tem os seus utilizadores, mas curiosamente nas mais antigas cidades do mundo, nunca vi nenhum visitante a procurar a localização de um centro comercial, já dos mercados…..
Erros de um país adolescente. O poder às vezes cega e os cidadãos ainda não perceberam que têm a ser eles a zelar pela sua cidade.
O caminho até à demolição é quase sempre o mesmo, aprende-se em poucas lições e é transversal a todas as cidades do mundo:
Falta de manutenção
Não adaptação às novas exigências.
Conflitos intencionais com o tráfego envolvente.
Concorrência selvagem dos shopings
Fiscalização exagerada
Aceleração da degradação
Por os média a falar nas alternativas e a manipular a opinião publica
Dar visibilidade à degradação do espaço físico
Esquecer o que dizem meia dúzia de intelectuais
Proporcionar que o edificio seja suporte de grafittis e publicidade
Permitir a ocupação ilegal de preferência por marginais
Demolição ou incêndio
TARDA MAS NÃO FALHA!
Hoje tenho múltiplas razões para verter uma lágrima pelos afectos.
Foi lá que eu observei as lagostas olhos nos olhos admirando-as pelos seus lentos movimentos agonizantes. Foi lá que eu negociei a compra da cana de açúcar e ginguba, com os tostões que a mãe me dava. Foi lá que eu apreciei as pirâmides de tubérculos, organizadas pela mestria do equilíbrio manifestado pela quitandeiras. Foi lá que pela primeira vez me inspirei nas artes do fumo, com o cigarro ao contrário. Foi lá que imprimi na minha memória o perfume do peixe fresco. Foi lá que me familiarizei com o kimbundu.
O kinaxixe já era importante para mim sem eu suspeitar da importância arquitectónica. Até do nome eu gostava.
Até sempre Kinaxixe!
(1) Principios relacionados com a Ville Savoy (1929) projectada por Corbusier - planta e fachada livre (sem ornamentos), edifício assente sobre pilotis (pilares à vista), janelas em comprimento e cobertura em terraço.
Anabela Quelhas
Mercado Kinaxixe
Data de Construção: 1950/1952
Autor - Arquitecto Vasco Vieira da Costa
O mercado Kinaxixe é uma das obras mais emblemáticas deste arquitecto e da arquietctura com influências Corbusianas, que maior valor internacional, haverá no território angolano. Obra referida nas revistas da especialidade, como uma das mais importantes, efectuada pelos portugueses durante o século XX.
Este arquitecto trabalhou com Le Corbusier *, tal como Óscar Niemeyer, o que, no mundo inteiro não haverá mais de uma dúzia de arquitectos, que possam ostentar essa particularidade no seu currículo, e penso que foi um dos fundadores da faculdade de arquitectura de Luanda. Nome respeitado entre os arquitectos portugueses, que tive a oportunidade de conhecer no final da década de 70, numa das suas visitas à Escola de Belas Artes do Porto.
*Le Corbusier (1887- 1965) - arquitecto francês de origem suíça considerado juntamente com Frank Lloyd Wright, Alvar Aalto, Mies van der Rohe, um dos mais importantes arquitectos do século XX, lançou as bases do movimento moderno de características funcionalistas, formulando uma nova linguagem arquitetónica que influênciou todas as gerações posteriores.
Shopping Kinaxixe - proposta de construção de um moderno shopping center a localizar exactamente no conhecido mercado Kinaxixe.
O edifício terá seis andares, três dos quais subterrâneos, destinados a estacionamento de 226 viaturas, e outros três para lojas. Àrea total construída - 55 mil metros quadrados.
Os três primeiros andares, com o perímetro totalmente climatizado, terão sete salas de cinema, lojas de brinquedos e espaço de actividades para crianças, alimentação e supermercados.
Valor estimado - 30 milhões de dólares (desactualizado).
As "desatenções" sucedem-se!
Até já a todos,
Anabela Quelhas
http://www.angonoticias.com/full_headlines.php?id=5802
Editado em www.sanzalangola.com em 18/01/2006
Quilha:
Ainda bem que o edifício não irá ser demolido, no entanto o seu espaço interior será mesmo assim completamente adulterado.
Mesmo assim teremos:- Intensificação de tráfego naquela parte da cidade (que neste momento penso que já existe trafego em excesso).- Os pequenos comerciantes serão desalojados e transferidos para locais de importancia cada vez mais secundária.
Centros comerciais há imensos pelo mundo fora, também são necessários, evidentemente.
Mercados tradicionais com as características deste, já são muito raros.Veja-se, quem visita Barcelona provávelmente nem irá entrar num centro comercial (só se for para estacionar o automóvel), mas irá certamente visitar e provávelmente comprar, ao mercado S. José nas Ramblas.
Gostaria de ver a foto da maquete, obrigada Quilha.
Até breve,
Anabela Quelhas
Editado em www. sanzalangola.com em 18/01/06
- KINAXIXE, EXEMPLO MAIOR DA ARQUITECTURA TROPICALO Kinaxixe, para além do valor patrimonial enquanto obra arquitectónica, é um dos últimos grandes exercícios de arquitectura tropical produzidos no País e que traduz, de forma indelével, o pensamento que deve estar subjacente à cultura construtiva em países tropicais. Se no caso do edifício do D. Ana Joaquina havia, fundamentalmente, a carga da sua história, no caso do Kinaxixe não! E um edifício com nobreza, referenciado nos livros de arquitectura universal como uma referência conceptual e construtiva. "Para além de ser o único edifício de Angola referenciado no livro "Arquitecturas do Mundo", ele representa sob o ponto de vista da arquitectura tropical, a essência do pensamento sobre a ventilação cruzada e a forma como o betão deve ser usado em regiões tropicais , sendo a sua estrutura formal e compósita , um ponto de partida para se analisar o que se pode ou se deve fazer, em regiões tropicais. O edifício reflecte os elementos base do pensamento sobre arquitectura tropical, ou seja a ventilação cruzada, o recurso ao grande pé direito, a luminosidade controlada, as protecções a poente no percurso da incidência solar, as relações espaço/ventilação, humidade/conforto térmico. Não é por acaso que vem referenciado no livro das arquitecturas do Mundo!Por ANDRÉ MINGAS* arq.Angolano- Data de Construção: 1950/1952Autor - Arquitecto Vasco Vieira da CostaO mercado Kinaxixe é uma das obras mais emblemáticas deste arquitecto e da arquietctura com influências Corbusianas, que maior valor internacional, haverá no território angolano. Obra referida nas revistas da especialidade, como uma das mais importantes, efectuada pelos portugueses durante o século XX.Este arquitecto trabalhou com Le Corbusier *, tal como Óscar Niemeyer, o que, no mundo inteiro não haverá mais de uma dúzia de arquitectos, que possam ostentar essa particularidade no seu currículo, e penso que foi um dos fundadores da faculdade de arquitectura de Luanda. Nome respeitado entre os arquitectos portugueses, que tive a oportunidade de conhecer no final da década de 70, numa das suas visitas à Escola de Belas Artes do Porto.(...)"- Há uns meses chegou a estar marcada em Luanda uma marcha pelo Kinaxixe. Mas tanto quanto sei não chegou "à rua".É uma peça importante do património arquitectónico. Porém a sua localização e o valor do terreno leva a que seja muito apetecivel. Da forma que está é que não pode continuar.- Boas todos, sou estudante de arquitectura, sou angolano e vivo mesmo em frente a referida obra, devo dizer que é umas da obras que mais de me fasicna na minha cidade, a par de outra como o cinema atlantico ou mesmo o cinema miramar, autenticos palcos de espectaculos que reflectem a qualidade de vida que o modernismo preconizava para as urbes. Contudo devo dizer que é com grande pena que vejo esta peça de arquitectura a vir a ser alterada... contudo no meu pais é assim, alguns acordam com vontade de fazer e fazem... é pena, mas gostaria que todos os presentes tivessem o previlegio de conhecer este mercado, digo-vos é uma bela peça de arquitectura.uma lição do bem exercer.saudações
http://africaminhamami.blogspot.com/
Pensar e Falar Angola
2 - GRANDE ENTREVISTA - Holden Roberto - 1999
HR – Os acordos foram preparados primeiro como a cessação completa das hostilidades em Angola à 15 de Outubro depois de negociações com uma delegação portuguesa que se tinha deslocado para Kinshasa onde estava a direcção da FNLA. Só que naltura havia um outro problema, o MPLA estava dividido em três facções e necessário primeiro reconciliar o MPLA e depois encontrarmos uma plataforma conjunta de servisse de base de negociações com os portugueses. Mesmo assim nós a FNLA elaboramos um texto que com pequenas emendas foi o texto base dos acordos de Alvor. A primeira discussão desse texto foi em Mombassa, Kenya, onde juntamo-nos os três movimentos a FNLA, MPLA e UNITA as linhas fortes da negociações com os portugueses.
P- Nesse encontro de Mombassa os outros movimentos haviam apresentado também propostas?
HR – Absolutamente nada, só limitamo-nos a discutir o nosso texto e praticamente não houve trabalho nenhum, porque a reunião serviu apenas para permitir a aprovação do texto por nós elaborado. Depois disso marcamos o encontro seguinte em Alvor
P – Qual foi o primeiro movimento a chegar a Portugal?
HR – Foi o MPLA e depois a UNITA. Nós partimos de Kinshasa para Portugal, num avião que nos tinha sido emprestado pelo presidente Mobutu. Chegados a Portugal, notamos que havia uma grande contra nós.
P – Quem fomentava essa campanha?
HR – A imprensa portuguesa, desde a Rádio, a Televisão até aos jornais, era uma campanha que metia medo.
P – O que é quê diziam da FNLA?
HR – Mostravam as imagens do acontecimentos de 15 de Março, éramos tratados de selvagens, analfabetos zairenses de quase todos os nomes possíveis. O curioso é que não havia nada contra a UNITA nem tão pouco o MPLA. Nós acompanhamos toda aquela situação e pouco antes do inicio das negociações interpelamos os senhores Mário Soares então ministro dos negócios estrangeiros e Almeida Santos titular naltura da pasta da Administração do território, aquém manifestamos o nosso desagrado e a intenção de abandonarmos Portugal caso a propaganda hostil continuasse. A delegação portuguesa desculpou-se primeiro com as alegações de que em Portugal havia um pleno exercício da liberdade de imprensa, mas, mais tarde depois de consultas com o presidente da Republica, Marchal Gomes Costa, os ataques terminaram. Na sala de reuniões entretanto existiu um outro elemento que nos dividiu que era a presença do senhor Rosa Coutinho. Nós havíamos rejeitado a presença dele nas negociações porque esse quando chegou a Angola como alto comissário, cometeu muitas atrocidades contra os nossos compatriotas e depois porque foi o primeiro prisioneiro de guerra que a FNLA tinha feito no inicio da luta armada e foi um pouco maltratado porque nós ainda não possuíamos uma experiência de coabitação com os prisioneiros de guerra. E ele poderia transportar para as negociações um sentimento de vingança, por esta razão pedimos a retirada dele.
P- Durante as negociações a FNLA em algum momento sentiu-se prejudicado em detrimento de outros movimentos, o MPLA e a UNITA?
HR – Era muito claro. Mas para nós o mais importante é que estávamos a conquistar a liberdade depois de 14 anos de luta.
P - O quê é que definiram os Acordos de Alvor?
H.R- Bom, Alvor definiu a formação de um Governo de Transição. Discutimos várias questões políticas, a tomada do poder pelos angolanos, a independência e os seus instrumentos e a marcação do 11 de Novembro de 1975 como data dessa independência. Tínhamos duas vertentes das negociações: a política e a económica. Quando concluímos as questões políticas nós, a FNLA, porque éramos os autores do Acordo de Alvor, levantámos a questão económica e a delegação portuguesa presente nas negociações exaltou-se: disse que não havia nada a discutir e que Portugal não devia nada à Angola. Antes pelo contrário, Angola é quem devia a Metrópole. Nós queríamos discutir a realidade da situação mas os portugueses não nos permitiram. Tenho em memória a reacção do senhor Melo Antunes, que foi uma reacção violenta, e como não tínhamos o apoio dos outros dois movimentos - MPLA e a UNITA - o assunto ficou enterrado e falamos apenas da independência.
P - Que discussão económica é que o FNLA queria ter com os portugueses?
H.R- Onde há entrega do poder há muita coisa a dizer. Portugal é que colonizou Angola e tinha a obrigação de revelar a situação económica do país que estava a deixar. Nós queríamos saber que acordos Portugal tinha com o exterior em relação a Angola, não podíamos receber o país sem conhecer as suas finanças, isso é natural e aconteceu com todos os países descolonizados. Acho que Angola é o único país que não abordou este problema.
P – Como é que o MPLA e a UNITA reagiram a vossa proposta?
HR - Não abriram a boca nenhum deles abriu a boca para dizer alguma coisa. E nós como estávamos no terreno do inimigo e depois os nossos parceiros não nos ajudaram preferimos encerrar o assunto. Mas s e estivemos num local neutro como Genebra que nós havíamos proposto antes , seriamos muito exigentes em relação a essa questão. O que se passou é que as negociações decorreram um grande de intimidação. Basta ver que quando aterramos em Faro, encontramos o aeroporto fortemente cercado por tropas portuguesas e o mesmo cenário repetiu-se em Alvor , no hotel onde as delegações estavam hospedadas apesar, de também nós termos levado para Portugal homens armados, cento e cinquenta comandos muito armamento no avião
P - Evoluíram depois para o Governo de Transição. De que maneira é a FNLA entrou nele?
H.R- O Governo foi marcado pela distribuição das pastas ministeriais pelos três movimentos; depois discutimos o calendário das tarefas que nos iriam conduzir á independência nacional, preparar as eleições gerais, proporcionar o regresso dos refugiados espalhados pelos países vizinhos e, ao mesmo tempo, instalar as populações deslocadas. Os trabalhos começaram em Janeiro e a independência veio a ser proclamada 11 meses depois em Novembro, mas infelizmente em condições muito difíceis. Dois meses depois dos Acordos de Alvor iniciaram os confrontos militares em Luanda.
P - Quais foram os motivos do fracasso do Governo de Transição?
HR- A desconfiança e a intriga da potência colonial, porque Portugal não facilitou a independência. Porque repare, houve uma intervenção das forças cubanas, quando Portugal ainda era soberano neste país, e o alto-comissário português para Angola, Leonel Cardoso ainda encontrava-se em Luanda. Ele deu a independência ao MPLA, quando os Acordos de Alvor tinham sido assinados pelos quatro - Portugal, FNLA, UNITA e o MPLA - mas ele retirou-se entregou o poder ao MPLA. Foi a mais greve violação dos Acordos subscritos em Alvor. Como se pode ver Portugal assume a maior responsabilidade por ter permitido a entrada de estrangeiros quando ainda era o poder. A partir desse momento a desconfiança generalizou-se, a guerra iniciou e esta guerra que dura até hoje.
P - A guerra iniciou aqui em Luanda, precisamente entre a FNLA e o MPLA, é assim?
H.R- Sim, começou aqui em Luanda, houve provocações que a história um dia vai se encarregar de revelar, porque há pormenores que necessitariam de muito espaço para serem contados. Posso dizer que essas provocações tinham sido bem planeadas, por exemplo para conduzir o processo da descolonização até ao dia 11 de Novembro. Os movimentos tinham aceite a presença de 26 mil homens da tropa portuguesa, mas quando se registaram os combates em Luanda essa tropa portuguesa participou nos ataques, contra a FNLA temos provas!
P - A tropa portuguesa combateu a favor de quem?
H.R- A favor do MPLA. Temos provas e despachos das agências que estavam aqui e publicaram isso. Essas tropas eram do Movimentos das Forças Armadas (MFA), e eram comunistas e esquerdistas, Alias já nos tinham alertado por amigos nossos, que as forças que se encontravam. em Luanda estavam misturadas com os comunistas e foram esses que ajudaram o MPLA. Quando iniciaram os confrontos aqui em Luanda a FNLA estava a conquistar todos os quartéis do MPLA. Um dia À noite eu estava a trabalhar no meu escritório em Kinshasa recebo um telefonema por volta das duas horas da noite, do palácio do Belém do marchal Costa Gomes a pedir-me um cessar fogo porque os combates em Luanda tinham feito muitos mortos e que os hospitais não tinham capacidade para receberem mais feridos segundo ele o Agostinho Neto é que tinha proposto o cessar fogo, e acrescentou caso nós não aceitássemos ele havia de ordenar as tropas portuguesas que se encontravam em Luanda para intervirem à favor do MPLA. Bem eu analisei a situação da nossa logística e resolvi na mesma noite telefonar para o presidente Mobutu que também disse-me ter recebido uma chamada de um embaixador americano que tinha feito a mesma sugestão. Mobutu convenceu-me a aceitar o cessar fogo e assim fizemos. Foi nessa altura em o MPLA reorganizou-se para lançar outros ataques, que culminaram com a nossa retirada de Luanda.
P - O senhor está a falar numa conspiração que visava afastar a FNLA?
H.R- Isso já começou há muito tempo. Posso revelar um caso que acho interessante. Quando a delegação portuguesa chegou a Kinshasa depois das discussões que tivemos, estava-se prestes a assinar um acordo de paz, a delegação portuguesa disse-nos que Portugal aceitava a presença do MPLA e da UNITA em Luanda e nas províncias e a FNLA podia apenas abrir uma delegação em Luanda e mais nada. Perguntamos o porquê dos outros instalarem-se na capital e nas províncias e nós não? A única resposta que deram é que tinha sido uma decisão do Governo português. Então naquelas condições nós decidimos não assinar o cessar-fogo e as negociações ficaram suspensas por 24 horas, tempo que os portugueses precisavam para contactar o Presidente da República. No dia seguinte vieram dizer-nos que Portugal aceitava delegações da FNLA também nas províncias. Achamos aquela atitude muita estranha e sabíamos que alguma coisa havia de acontecer.P - A FNLA negociou a sua saída de Luanda ou não?H.R- Houve combates, a FNLA e a UNITA tiveram que sair de Luanda. Combates, aliás, que tiveram a intervenção das forças cubanas e de países africanos como o Congo-Brazaville, Moçambique, Guiné-Bissau, Argélia e os 26 mil soldados portugueses. Foi uma coligação de forças.
P - A FNLA também trouxe forças estrangeiras, ou não?
H.R- A guerra começou em Fevereiro, o primeiro soldado que nós fizemos prisioneiro era do Congo-Brazaville e mais tarde apanhamos guineenses. Descobrimos que eram forças coligadas, e então pedimos ao Zaire que deu-nos três batalhões 1800 soldados. E em Maio de 1975 entrei com essas tropas em Angola, mas já havia uma coligação de forças estrangeiras que ajudavam o MPLA. Tenho cá por exemplo, um despacho da France-Press que falava no regresso das tropas da Guiné-Conacry depois dos combates em Angola. Temos documentos bem guardados.
P - As forças zairenses que entraram como senhor em Maio de 1975 tinham como objectivo impedir a proclamação da independência?
H.R- A data da independência já estava marcada, só que MPLA lançou a palavra de ordem "resistência popular generalizada", e queria tomar o poder pela força e era isso o que nós tentamos impedir. Mas como disse há bocado, as provocações estavam bem planeadas, porque Portugal fez muita luta para inviabilizar a realização das eleições gerais previstas nos acordos. Eu sofri muitas pressões mesmo em Alvor, no último dia das negociações fui chamado à parte pelos senhores Melo Antunes, Mário Soares, Almeida Santos e Víctor Alves para me dizerem que o povo angolano era muito atrasado para ir às eleições. O próprio Agostinho Neto também disse-me: “olha irmão, o militante da FNLA vai votar à favor da UNITA, do MPLA à favor da FNLA e assim haverá confusão”. Eles proponham uma ideia que achei uma ingerência nos nossos assuntos internos onde Portugal deveria definir Agostinho Neto como Presidente da República, com o controlo do Exército e das Relações Exteriores; eu iria controlar o resto do Governo, como primeiro-ministro e o Savimbi seria presidente da Assembleia Nacional. Os portugueses disseram-me que tinham já conversado com o Agostinho Neto e com Jonas Savimbi. Achei aquilo uma traição ao povo que tinha lutado para definir o seu próprio destino e neguei essa coisa de anular as eleições. Foi por isso que chamaram as forças estrangeiras para impedir as eleições, foi essa a história que se viveu naquela altura.
P - A UNITA também não queria as eleições ou era apenas o desejo do MPLA?
H.R- Eu não ouvi nada da UNITA, ouvi foi do MPLA. O Agostinho Neto conversou pessoalmente comigo depois os senhores Melo Antunes, Mário Soares, Almeida Santos e Víctor Alves chamaram-me de lado para me dizerem que a decisão que tinham tomado era de que não houvesse mais eleições em Angola. O povo, na opinião deles, não estava preparado, era atrasado e as eleições iriam significar uma confusão. Por isso é que eu digo: o que está acontecer hoje não é da responsabilidade do povo angolano, é sim da responsabilidade dos portugueses que não fizeram uma descolonização honesta.
(publicada no Diário de Notícias 25.04.1999)
Pensar e Falar Angola
quarta-feira, 30 de julho de 2008
1 - GRANDE ESTRESVISTA - Jaka Jamba - 1999
Almerido Jaka Jaca, é um dos históricos da UNITA, partido onde já ocupou várias posições de destaque. É formado em Filosofia, pela Universidade Clássica de Lisboa e foi por muito tempo professor das cadeiras de Filosofia e História no Liceu de Oeiras em Portugal.
Ingressou na UNITA em 1972 e dois anos depois, participou na preparação dos acordos de Alvor pelo seu movimento. Por forças desses acordos ocupou pela UNITA a pasta de secretário de Estado da informação no governo de transição. A nível partidário já exerceu funções de secretário de educação, informação, dos Negócios Estrangeiros e da Cultura e Herança Africana.
Actualmente, com 50 anos de idade Jaka Jamba representa o galo negro no parlamento angolano.
P- 25 anos depois da assinatura do acordo de Alvor ,que avaliação se pode fazer?
JJ - 25 anos depois podemos dizer que se por um lado a independência formal é caso adquirido,por outro há um longo percurso que deverá ser ainda cumprido para que a independênciacorresponda as aspirações mais profundas de todos aqueles que de uma forma ou de outra, lutarampara esse momento.
P - O que é que falta fazer?
JJ - No caso concreto de Angola há ainda algumas premissas básicas que ainda não foram adquiridas. Uma dessas premissas é a criação de um contexto favorável para o aparecimento de instituições supra apartidárias que tenham como objecto social a defesa e a preservação dos valores mais altos dasociedade angolana.
P – Os acordos de Alvor não previam esse contexto?
JJ - As negociações que culminaram com os acordos de Alvor visam mais a marcação de uma data paraa independência de Angola, o fim da presença colonial portuguesa em Angola e isto foi um factoadquirido a 11 de Novembro de 1975, mas a construção de um novo estado que permitisse um plenodesenvolvimento de todos partidos políticos é ainda uma tarefa por se fazer.
P – Nas negociações não foi discutida Angola pós independência?
JJ - Nem todo o pacote da independência e do período pós independência poderia ser podia ser discutidona mesma altura, mas, haviam aspectos que envolveram a potência colonizadora e outros países dacomunidade internacional, de qualquer a construção de uma nova nação era uma tarefa dosangolanos os partidos políticos é que deveriam assumir essa responsabilidade. É verdade que houve um quadro concreto que foi o governo de transição multipartidário e rotativo. Esse governo tinha a responsabilidade de conduzir o país até a independência e depois tínhamos que encontrar formulas de conduzir o país.
P – Dentro deste quadro que está descrever , Portugal parece não ter tido nenhuma culpa no que sucedeu depois?
JJ – Houve no nosso caso concreto responsabilidades a vários os níveis. Portugal tinha as suas responsabilidades como potência colonizadora que era a agilização do processo de transição. A instabilidade política que se vivia em Portugal, resultante dos acontecimentos de 25 de Abril, teve muita influência em Angola, por outro lado, o contexto internacional em que se desenvolveu a luta pela independência de Angola pensou bastante. Foi um quadro da guerra fria em que as duas super potências tentavam tirar partido das suas influências, esta é a conjuntura que se desenvolveu o que fez com que houvesse uma grande luta de interesses em Angola no plano externo. Depois tem um outro elemento que é pouco referenciado nos debates: A responsabilidade e a capacidade dos próprios angolanos na construção de um estado novo e esta falta de concepção de bases mais sólidas degenerou no conflito que ainda hoje tem destruído o país.
P – Para além da fixação da data de independência o que é que os acordos de Alvor previam mais?
JJ - Também previam eleições, mas o grande problema que se levantou naquela altura, é que as escolas das elites políticas de então não concebiam um quadro de pluralismo de ideias . onde o vencedor podesse coabitar com outras partidos perdedores nas eleições esta para mim foi a principal fraqueza. Porque nós os angolanos poderíamos ser os pioneiros da democracia em África por sermos um dos um dos poucos, senão o único país africano que ao firmar a independência com a potência colonizadora reconheceu três movimentos de libertação representativos.
P.- Quem inviabilizou a realizações de eleições que estavam previstas nos acordos de Alvor?
JJ – No dia 1 de Janeiro de 1975 tinha sido formado o governo de transição composto pelos portugueses e pelos três movimentos, o MPLA,FNLA e a UNITA mas, a medida em que o calendário aproximava ao 11 de Novembro, gerou-se aqui em Luanda, um clima de instabilidade militar marcado por ataques as delegações e campanhas de diabolização entre os movimentos, o que impediu uma coabitação sã. Em Agosto do mesmo ano nós, a UNITA, tivemos que sair de Luanda porque a situação era insustentável e depois seguiu-se a FNLA em suma, não estavam criadas as condições para uma tolerância política que permitisse a realizações de eleições. O que se seguiu depois foi uma corrida contra o tempo de cada movimento afim de chegar ao 11 de Novembro como poder.
P – Esta situação teve uma mão de Portugal?
JJ – Os vários intervenientes no processo, incluindo o próprio Portugal tentaram ajudar o movimento que estivesse mais próximos dos seus interesses.
P – A UNITA sentiu também esse apoio?
JJ – Houve personalidades do governo português que tiveram muita influência, embora alguns mais tarde tivessem que sair. Por exemplo o Almirante Rosa Coutinho apoiava abertamente e claramente o MPLA.
P – A UNITA não teve apoio de alguém do governo Português de então?
JJ – Tudo quanto julgo saber não. Nós não tivemos nenhum apoio de personalidades do governo português, porque naquela altura a maior disputa centralizava- se a volta do MPLA e da FNLA. A acção da UNITA era a nível interno.
P – Vocês conheceram alguma acção de Portugal naquela altura e que podesse por causa a realização de eleições?
JJ – Talvez não seja muito oportuno citar-se nomes, mas houve manobras nos bastidores, sobretudo daqueles que tinham apostado no MPLA, no sentido de conduzir esse movimento ao poder. Houve ate missões como a Otelo de Carvalho um político e militar bastante influente em Portugal, que contactou Fidel de Castro afim de enviar tropas cubanas à Angola para salvarem o seu aliado, o MPLA. E isto está escrito nos arquivos e para aqueles que acompanhar o filme “África Vermelha” ouviram um depoimento do próprio general Otelo de Carvalho.
P – Em algum momento a UNITA sentiu-se marginalizada durante a discussão do acordo de Alvor?
JJ – Absolutamente, aliás a partir mesmo do momento em que se deu o golpe de estado em Portugal e com a eminência do fim do colonialismo em Angola, começaram a surgir a vários níveis manobras que visavam diabolizar uns e marginalizar outros e em Angola sentiu-se muito isso.
P- Quem falhou na aplicação dos acordos de Alvor?
JJ – Falhamos todos, os colonizadores porque não conseguiram assumir plenamente o seu papel e o seu compromisso diante da comunidade nacional e internacional e sobretudo porque não conseguiram conceber uma filosofia que permitisse a criação de um estado angolano com pluralismo de ideias .
( publicada no Diário de Notícia 25.04.1999)
Pensar e Falar Angola
terça-feira, 29 de julho de 2008
Análise às Eleições e Eleitores
Pensar e Falar Angola
Portal SAPO Angola
17h40m
Luanda, 28 Jul (Lusa) -- O Sapo, maior portal de Internet português, vai lançar quinta-feira em Luanda o "SapoAngola", um contributo ao desenvolvimento da sociedade de informação angolana e um ponto de encontro da comunidade deste país no mundo, segundo a empresa.
Este novo portal -- www.sapo.ao -- a ser apresentando pela Portugal Telecom e a Multitel vai agregar todos os conteúdos relacionados com Angola, tendo disponíveis as áreas de pesquisa, directório, e-mail, vídeos, fotos, messenger e notícias.
Na área de notícias vão estar disponíveis todas as notícias do país, actualizadas ao minuto e na pesquisa, os cibernautas vão ter acesso a um directório de sites de Angola único no mundo.
O Serviço Messenger vai permitir fazer chamadas de voz entre computadores e falar através de chat e a possibilidade de se enviar sms para a Unitel e Movicel, operadores móveis angolanas, de forma gratuita.
Relativamente às áreas de fotografias e vídeos, a primeira vai permitir enviar fotos sem limite de espaço, através do site de e-mail, telemóvel ou a partir de uma aplicação no computador, podendo na segunda partilhar vídeos através da internet com qualquer pessoa onde quer que ela esteja.
O Sapo Angola pretende contribuir não só para o desenvolvimento da sociedade de informação, pela criação e disponibilização de conteúdos de qualidade, mas também para a aceleração da adopção de banda larga no país.
Em comunicado, o portal do grupo PT refere que o Sapo Angola, com base na sua experiência tecnológica e da sua produção de conteúdos específicos e de qualidade, tem como objectivo projectar a competitividade e imagem de Angola no mundo digital e dar visibilidade a conteúdos nacionais.
O documento diz ainda que o novo portal "vai ainda dar visibilidade a estes conteúdos aos olhos dos angolanos e do resto do mundo, criando riqueza para o país, através das parcerias comerciais que serão estabelecidas com todos os anunciantes".
A Portugal Telecom e a Multitel contam com as parcerias das principais empresas de telecomunicações de Angola, nomeadamente a Angola Telecom, Unitel, Movicel, TV Cabo Angola e a MS Telecom.
A Rádio, Televisão, Jornal e Agência de Notícias de Angola são igualmente parceiros da Portugal Telecom e a Multitel.
Os internautas deste novo site vão ter acesso a e-mail gratuito com domínio @sapo.ao e serviços de notícias, fotos e vídeos só com conteúdos de Angola.
NME
Lusa/Fim
segunda-feira, 28 de julho de 2008
Ginga puzzle
Navegue até à página indicada e aguarde o puzzle.... depois é uma questão de paciência.
Pensar e Falar Angola
LINDÚ MONA
www.wooz.org.br/musicalinduportugal.htm
domingo, 27 de julho de 2008
Quipucas
Quipucas, pequenos celeiros suspensos, construidos por fibras vegetais para armazenagem e conservação de feijão, milho ou ginguba. Os pequenos celeiros ovóides formam o lugar ideal para conservar estes alimentos de forma arejada,seca e distante dos roedores, dando ao kimbos um ar insólito. Estas fotos foram recolhidas na região de Marimba por Henrique J.C. Oliveira
(24) - Ágora - Desconversas
Fernando Pereira
sábado, 26 de julho de 2008
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Escritores Angolanos - Eurico Josué Ngunga "Kandjila"
Revolta do Congo
autopsia????
bom mesmo é não falar de política
Não vou querer dar uma opinião nem mostrar um saber que não posso ter. Quero mesmo só lhe visitar nas palavras que os meus olhos viram, a minha cabeça lhe fotografou e os meus dedos teclam.
Angola é um país em obras, grandes e pequenas, divididas por empresas brasileiras, portuguesas, angolanas, italianas e chinesas. Se me falhou algum país desde já as minhas desculpas, mas de facto não me recordo de ter visto.
Ao que fui sabendo, os chineses foram os últimos a chegar. São os primeiros neste momento e, segundo os mujimbos, rondam 3% da população, cerca de 650000 espalhados no país. Trabalham por turnos os sete dias da semana e as 24 horas do dia. Paulatinamente começam a integrar a sociedade e já dão os primeiros passos as crianças sino-angolanas.
A Rede Globo e a Tv Record entram a toda a hora nas casas angolanas através da DSTV. É inegável a influência brasileira. Na música, nos restaurantes, na roupa, na língua e já nos costumes. Já se houve falar nas Sacoleiras, mulheres que desembarcam diariamente no aeroporto 4 de Fevereiro com sacos a abarrotar de roupas que são vistas nas últimas novelas da Globo e que serão vendidas num porta a porta dos bairros IN. Quase todas as semanas está um cantor brasileiro para uma estadia de quatro dias, tempo para um show e gravação dum spot publicitário.
O que também une brasileiros e angolanos é o facto de ambos terem-se visto livres do colonizador comum.
O crescimento económico ronda os 17%, mais coisa menos coisa com tendência para a mais coisa, fazendo parte do roteiro da legião de empreendedores que chegam via TAAG, TAP, SAS e mais umas. A ideia é pegar numa actividade económica qualquer. Claro que sempre associado a angolanos.
Como há falta de mão de obra especializada, as empresas contratam mão de obra no estrangeiro, condicionando a sua ida ao padrão de vida similar à origem, o que faz com que, pelo menos Luanda, seja uma das cidades mais caras do mundo para viver, mais lentas de circular. Se se quer um almoço rápido com cerveja doméstica prepare-se para os 35 dólares, sem pontualidade e sem muitas hipóteses de escolha. O menu é invariavelmente português. Se é hábito chamar artérias às vias de comunicação, Luanda gangrenou pois as artérias estão permanentemente entupidas. É uma autêntica fábrica de stress e a centena de metros andados é medida em tempo largo. Belíssima cidade na margem duma belíssima baía. Belíssimos prédios coloniais, pena muitos estarem ao abandono na sua conservação, se misturam com prédios moderníssimos de alta tecnologia, assim como esgotos a céu aberto contrastam com moderníssimas bocas de incêndio. Não encontrei o clássico transporte público nem o mundialmente conhecido táxi. Um autocarro, machimbombo, se sair da estação não passa da primeira paragem porque o trânsito não lhe deixa. Vi milhares, número que atiro para o ar na incerteza de ter um número certo, de candongueiros. NISSAN, azul clara e branca na capota, circulando a abarrotar de gente numa condução de perigar qualquer montanha russa dum qualquer parque de diversões. Para eles tudo vale, mesmo andar em sentido contrário. Por acaso, e talvez seja mesmo só por acaso, não vi nenhum a voar.
Um pouco a sul está a nascer Luanda Sul. Mesmo assim, Luanda Sul. Não tarda e um dia estaremos a ouvir Luanda a Velha e Luanda a Nova, ou coisa parecida. Aqui coexistem largas avenidas, shoppings, condomínios fechados, carros soberbos acima do topo de gama, moradias de fazer inveja.
Luanda dizem ter 4 milhões de habitantes. Mas Luanda província, composta por nove municípios e não só a Luanda cidade capital.
A população total do país ronda os 16 milhões, mas este parece ser um número indisfarçadamente inflacionado. Não há censo recente.
Iniciativas tímidas do governo têm sido tomadas em várias frentes desde a saúde, à educação e a infra-estruturas. As estradas inter províncias estão em fase de recuperação, assim como a rede de distribuição eléctrica, os caminhos de ferro, as escolas, hospitais.
Mas mesmo assim o angolano é um povo orgulhoso e alegre. Tudo é motivo de festa. Kizomba, Kuduro são os ritmos que todos dançam e bem.
Bom mesmo é não falar de política.
Pensar e Falar Angola
quinta-feira, 24 de julho de 2008
quarta-feira, 23 de julho de 2008
4ª desportiva
Petro Huambo 2-1 Bravos Maqui
Rec. Libolo 2-1 Benf. Luanda
Santos FC 1-1 Desp. Huíla
ASA 0-1 1º de Agosto
Inter Luanda 2-0 Benfica Lubango
Kabuscorp 1-1 Sagrada
CAN 2010
Pensar e Falar Angola
Kassongo
Kuito, 20/07- Manadas de elefantes danificaram, sábado, residências e cereais, entre outros bens da população da aldeia de Kassongo, na comuna de Malengue, no município do Chitembo, cerca de 222 quilômetros a sul da cidade do Kuito, na província do Bié.
Pensar e Falar Angola
terça-feira, 22 de julho de 2008
O combate de Naulila
Formatura dos soldados portuguezes no Lubango, antes de partirem ao encontro dos alemães.
Grupo de sargentos que fazem parte da expedição a Angola.Chegada ao Lubango das bagagens das tropas portuguezas ('Clichés' do distinto fotografo sr. Teles Grilo)."
Ilustração Portuguesa nº 466 de Janeiro de 1915
Fonte: Blog ilustração portuguesa http://revistaantigaportuguesa.blogspot.com/
Texto de Leitor
- Vá, em busca dos seus sonhos. Se tropeçar, não pare nem perca de vista sua meta, não olhe para trás e continue subindo mesmo que ocupe todo seu dia. Vá, mesmo de joelho... vá, porque só quem está no alto pode desfrutar da paisagem...
11 DE NOVEMBRO EM GUERRA QUENTE - ALBERTO OLIVEIRA PINTO - LEMBRA-TE, ANGOLA Ep. 171
Pensar e Falar Angola
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