Cabinda, conhecida no passado como Congo Português, foi a parcela do antigo Reino do Congo atribuída a Portugal, por ocasião da Conferência de Berlim (1885), quando simultaneamente nasceram o Congo Belga (ex-Zaire e actual República Democrática do Congo) e o Congo Francês (ex-Congo Brazzaville e actual República do Congo). Na realidade, Cabinda originalmente era unida territorialmente a Angola, mas a Bélgica reinvidicou uma saída para o Atlântico para o seu Congo Belga, o que foi concedido por Portugal através de um acordo, selando definitivamente a separação de Cabinda do restante de Angola.
Nas vésperas da referida Conferência, os príncipes e os notáveis de Cabinda assinaram o Tratado de Simulambuco com Portugal, pelo qual o território de Cabinda passou a ser protectorado luso.
Em 1974, após a Revolução do 25 de Abril em Portugal, interesses políticos levaram Cabinda a ser integrada a Angola, com a qual não tem fronteiras comuns. Imediatamente após a independência angolana, a 11 de Novembro de 1975, a Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC), reclamando o direito à independência do território, empreendeu guerra contra a presença angolana.
Nas vésperas da referida Conferência, os príncipes e os notáveis de Cabinda assinaram o Tratado de Simulambuco com Portugal, pelo qual o território de Cabinda passou a ser protectorado luso.
Em 1974, após a Revolução do 25 de Abril em Portugal, interesses políticos levaram Cabinda a ser integrada a Angola, com a qual não tem fronteiras comuns. Imediatamente após a independência angolana, a 11 de Novembro de 1975, a Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC), reclamando o direito à independência do território, empreendeu guerra contra a presença angolana.
(Clique em Ler Mais para ler o texto todo)
<---Segunda parte do texto --->
<---Segunda parte do texto --->
História Recente
Em 1 de Agosto de 2006, foi assinado um "Memorando de Entendimento para a Paz e a Reconciliação da Província de Cabinda", entre o Governo de Angola e o Fórum Cabindês para o Diálogo (FCD). As delegações da negociação eram chefiadas da parte da República de Angola por Virgílio Fontes Pereira, ministro da Administração do território angolano e da parte das populações de Cabinda por General Doutor António Bento Bembe, ex. presidente da FLEC-Renovada ora FLEC-PLataforma, que por imperativos da fusão entre a sua organização política-militar com a FLEC-Fac (do Miguel Estanislau Boma), passou a ocupar os cargos de Secretário-geral, vice-presidente da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC) e Presidente do Fórum Cabindês para o Diálogo (FCD) em representação das populações de Cabinda.
Desde a mencionada data, os efectivos da FLEC e das Demais Organizações sob autoridade do Fórum Cabindês para o Diálogo (FCD) foram aquartelados e a 6 de Janeiro de 2007, numa cerimónia de mais alto nível realizada em Cabinda, alguns dos elementos das ex. militares da FLEC foram integrados e incorporados nas Forças Armadas Angolanas (FAA) e na Polícia Nacional. Dois dias depois todos aqueles elementos da FLEC e das demais organizações sob autoridade do Fórum que optaram pela vida activa começaram a sua formação académica conforme previsto nas cláusulas do acordo, no sentido de poderem desempenhar melhor os seus cargos e responsabilidades nacionais.
O "Memorando de Entendimento para Paz e Reconciliação em Cabinda" inclui também o "Estatuto Especial para Cabinda". As populações de Cabinda acolheram a Paz com muita satisfação por ser considerada a oportunidade única para o desenvolvimento económico e social sustentável da província.
A FLEC, FCD e demais organizações sob autoridade do FCD depois da cerimónia política no quadro civilistico que terá lugar em Maio de 2007, serão extintas, e poderão se transformar num Partido Político de âmbito Nacional como aconteceu também com a UNITA do falecido Jonas Savimbi. O General Doutor António Bento Bembe é o grande arquitecto da Paz para Cabinda felicitado pela Comunidade Internacional.
Espera-se que a paz tão desejada possibilite finalmente a melhoria das condições de vida das populações do enclave e de Angola em geral.
Economia
O petróleo extraído em Cabinda representa cerca de 70% do crude exportado por Angola.
2 comentários:
"Cabinda, conhecida no passado como Congo Português (...)"
Posso estar muito enganado, mas o que antigamente era chamado Congo Português não era Cabinda, mas sim o Zaire e o Uíge. Estas duas províncias actuais constituiriam um só distrito(?) chamado, precisamente, Congo Português.
"Cabinda (...) foi a parcela do antigo Reino do Congo atribuída a Portugal (...)"
Esta afirmação não está correcta. As províncias do Zaire e do Uíge também eram parcelas do antigo Reino do Congo e também foram atribuídas a Portugal na Conferência de Berlim. A própria capital do reino era Mbanza Kongo, que é a capital da actual província do Zaire. Até a Ilha de Luanda fazia parte do Reino do Congo (era nela que se apanhavam os zimbos, isto é, as conchas que serviam de moeda no reino) e durante algum tempo a parte norte da província do Bengo (a chamada região dos Dembos) também terá feito parte do Reino do Congo.
Um abraço
P.S. - Na coluna aqui ao lado esquerdo, mais precisamente em "Retrospectiva da Semana", está escrito jokulumesso. Em kimbundu, escreve-se jikul'o mesu, com o significado de "abre os olhos". Esta frase pronuncia-se jikulomesso e é composta por jikula = "abre", o = "os" e mesu = "olhos". Espero que não levem a mal as correcções.
Obrigado amigo Denudado pelo rigor. O mesu jikula! Já está retificado e confesso que não dominei a fonética, já que a língua escrita é outro departamento.
Concordo também com a precisão que faz em relação ao chamado Congo português, e realçando que Mbanza Kongo foi capital do reino do Congo, todos os Congos, muito antes do Kongo ser Congos.
Por favor, continue a brindar-nos com preciosas achegas, se possível de modo mais participativo.
Abraço,
Toke
Luanda-Angola
Enviar um comentário