por Sérgio Conceição a Sábado, 15 de Outubro de 2011 às 15:53retirado do FACEBOOK:
Na semana passada o líder do maior Partido da oposição em Angola Isaías Samakuva, concedeu uma entrevista aqui nesta rede social.
Foi uma entrevista onde a UNITA na voz do seu eventual cabeça de lista as próximas Eleições Gerais de 2012 fez uma retrospectiva daquilo que foi, que é e será o seu Partido, a luz dos novos desafios que se aproximam.
Seja como for, não escrevo esta nota para falar propriamente das ideias e conteúdos programáticos do Partido UNITA vendido por Samakuva. Escrevo para falar da repercussão que esta entrevista teve (ou não) na sociedade angolana do Facebook (virtual) e na sociedade angolana dentro de Angola (real).
E para começar digo que no mundo virtual, esta entrevista teve um impacto jamais visto por uma outra entrevista que já se tenha feito por cá (eu mesmo fiz varias entrevistas, a Vanessa idém aspas) e nenhuma delas compara-se com o sucesso que esta teve.
Porque?
Um primeiro aspecto tem que ver com o número de comentário que a mesma motivou; até ao momento que escrevo esta nota mais de 700 comentários tinham sido feito (tudo em torno da entrevista).
Um segundo aspecto tem que ver com as mais de 2000 pessoas que estavam escritos (dados não confirmados), ou se escreveram para questionar o interlocutor de Vanessa Maiomona.
Um outro aspecto e que na minha opinião também deve se ter em conta, tem que ver com a participação de muitos facebookianos, que embora não sendo REVÚS, expuseram as suas questões ao líder do Galo Negro de forma muito respeitosa e ordeira (inclusive muitos afectos ao MPLA).
Isto para dizer que foi de facto um sucesso esta entrevista de Vanessa Mayomona ao Senhor Samakuva.
E o que dizer da repercussão que a mesma teve em Angola, o espaço real?
Zero de repercussão. Não teve nenhuma repercussão.
Sendo positiva ou negativa, a verdade é que esta entrevista de Samakuva não teve o mínimo de repercussão cá no país. Esta é a mais pura verdade.
Pelo menos com as pessoas com quem falei, na sua maioria estudantes universitário e não só, esta entrevista não teve qualquer conhecimento por parte delas, e nem mesmo os órgãos de comunicação social públicos que tinham a obrigação de a difundir (os órgãos de comunicação do Estado têm o dever, se não a obrigação, de darem cobertura as actividades dos Partidos Políticos, sobretudo do maior Partido Político), perderam algum do seu precioso tempo para falarem dela; salvo alguma imprensa privada que teve o cuidado de falar da mesma.
Portanto; resumindo; esta entrevista em Angola não teve qualquer conhecimento da maioria dos jovens, que julgo ter sido eles os maiores “visados” pela mesma, nem tão pouco da população no geral que não tem acesso da Internet e as poucas que têm não usam ainda o Facebook.
Mesmo assim e voltando para o espaço virtual, devo dizer que esta entrevista foi realmente estrondosa e muito bem comentada no espaço virtual que inclusive fez com que o Ministro da Administração do Território o Dr. Bornito de Sousa fizesse rasgados elogios a mesma, numa breve nota escrita no seu mural, mostrando assim ser um excelente democrata mesmo que o entrevistado seja seu adversário politico.
Lamento no entanto a tentativa de minimizar a entrevista feita por alguns facebookianos afecto ao Partido MPLA.
Lamento porque não acho que se deve minimizar uma entrevista de alguém que é o líder do maior Partido da oposição; pelo contrário, acho que estes elementos deviam tirar da mesma algumas lições para o seu próprio Partido (por exemplo do erro que o “M” comete em não ter até agora uma pagina oficial no Facebook e também do facto de não haver alguém, até agora, que queira falar nos mesmos moldes ou em outros com os angolanos que estão, no mundo virtual).
Cada um sabe de si e eles (e eles devem saber porque que fizeram isto).
Para terminar deixo a seguinte pergunta aos “nossos camarada do M”:
Quando é que vocês virão cá falar com agente do Facebook?
Todos nós ganharemos de certeza.
Pensar e Falar Angola
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