Luanda (ANGOP) – O director-geral do Hospital Josina Machel, Alberto Paca, afirmou hoje, quarta-feira, em Luanda, que a instituição que dirige tem aplicado eficazmente o medicamento “Heberprot” aos doentes diabéticos, desde a sua implementação, há cerca de um ano.
O responsável clínico sobre os avanços tecnológicos, fez saber que o “Heberprot” é um produto farmacêutico produzido em Cuba, que está a revolucionar o tratamento de doentes com o denominado “pé diabético” (feridas que obrigam a amputação dos membros inferiores).
“O pé diabético é uma identidade que surge nos doentes diabéticos, em que desenvolve úlceras ou mesmo gangrenas a nível do pé, que acaba em amputação, se não for acompanhada por especialistas. Agora, com este novo fármaco não temos necessidade de amputar, uma vez que este medicamento tem sido eficiente mundialmente”, explicou.
Segundo Alberto Paca, desde 2010, ano da sua implementação, o “Heberprot” tem permitido aos doentes de diabetes curarem as suas feridas, evitando a amputação do pé que ganha uma granulação e cicatrização.
"Estas amputações criam limitações na vida do doente e, passando cinco anos da amputação de um membro, existe quase sempre a possibilidade de amputar o outro membro. Esta carga social num doente bi-amputado é um transtorno para a sociedade”, frisou.
O director-geral ao falar sobre o quadro actual das diabetes no país, sublinhou que o índice é muito elevado, atendendo que muitos doentes não sabem o seu estado até o dia em que perdem os sentidos.
“Todos os dias registamos entre cinco a seis casos de doentes de diabetes, em estado grave, o que faz prever que temos uma taxa de doentes bastante alta. Neste contexto, consideramos que é uma doença crónica, onde os doentes deveriam ser tratados na sua fase primária, secundária e terciária, mas por falta de informação chegam em estado avançado às unidades sanitárias”, sublinhou.
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