Os indivíduos ou instituições cujo contributo no campo da música, pintura ou dança transformaram o Carnaval ao longo destes 30 anos serão homenageados quinta-feira, às 20 horas, no Cine Tropical, em gala organizada pelo Ministério da Cultura (Mincult).
Fazendo uma retrospectiva dos trinta anos de história - três anos após a proclamação da independência -, o evento terá como objectivo recordar e saudar o empenho daqueles que lutaram pelo desenvolvimento, massificação e divulgação do Entrudo angolano, dentro e fora do país.
Fazendo uma retrospectiva dos trinta anos de história - três anos após a proclamação da independência -, o evento terá como objectivo recordar e saudar o empenho daqueles que lutaram pelo desenvolvimento, massificação e divulgação do Entrudo angolano, dentro e fora do país.
Realizada anualmente, a gala promovida pelo Mincult pretende, além de prestar um tributo a estas figuras, «realçar o facto de que é preciso renovar e dar novo ânimo ao Carnaval angolano, com base nos princípios próprios da tradição nacional, porém, sem descurar alguns adereços da modernidade, que se deve orientar no resgate e no ressurgimento de alguns tipos de dança extintas», segundo o ministro da Cultura, Boaventura Cardoso.
Revitalizado depois da independência nacional em 1975, o Carnaval angolano tem como principal referência os grupos da capital do país (Luanda) e Benguela, que ao longo dos anos serviram de cartão postal para os estrangeiros verem, ouvirem e dançarem nesta "festa popular".
Após anos de letargia, o Carnaval tornou-se, desde a proclamação da independência, na maior manifestação cultural e tradicional do povo angolano.
Certamente, as sucessivas vitórias alcançadas desde a luta de libertação nacional aos nossos dias, motivaram o povo a criar condições para a revitalização da Cultura Nacional, domínio onde, sem receio de represálias e limitações, os angolanos se vêem afirmados como povo com cultura própria, herdada dos seus ancestrais.
A nível de Luanda, o União Operário Kabocomeu, do município do Sambizanga, onde se destacava o comandante Desliza, foi o vencedor da primeira edição, executando a kazukuta como dança de eleição.
A segunda edição do evento consagrou como vencedor o grupo Feijoeiros do Ngola Kimbanda, do município da Samba, que repetiu a proeza em 1981.
Depois daquela edição, este grupo jamais logrou vencer outra, tendo sido ultrapassado pelo União Mundo da Ilha, que dominou grande parte dos anos 80, obtendo seis títulos (1980, 1982, 1983, 1984, 1987 e 1988).
Até à década de 90, o pódio teve somente outro grupo titulado, o União Kiela, do município do Sambizanga, que ganhou nos anos de 1985, 1986, 1989 e 1990.
Desde essa década de 90 que o Carnaval angolano passou a festejar-se de acordo com o Calendário Litúrgico.
Este ano, o desfile central, na Avenida Marginal de Luanda, que se quer o mais organizado possível, terá lugar no próximo dia 5 de Fevereiro, trazendo grandes temas e interpretações que ajudem, acima de tudo, a recordar as tradições e os valores da ‘angolanidade’.
Este ano, o desfile central, na Avenida Marginal de Luanda, que se quer o mais organizado possível, terá lugar no próximo dia 5 de Fevereiro, trazendo grandes temas e interpretações que ajudem, acima de tudo, a recordar as tradições e os valores da ‘angolanidade’.
Fonte: Angola Digital
Fotos: BBC PARA AFRICA.com
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