Até finais de 2009, Luanda vai contar, por isso, com 20 escolas, com 6 salas cada uma, situadas nos 5 municípios da periferia, nomeadamente Samba, Cacuaco, Viana, Kilamba Kiaxi e Cazenga. Já a província de Benguela também terá 20 novas escolas, nos 9 municípios que a compõem, com 3 salas cada.
A outra diferença está em que o financiamento prevê o equipamento mobiliário das 20 escolas de Benguela, para além de que cinco delas, porque situadas em zonas muito remotas, serão beneficiadas com instalações para 30 professores. Todas as 40 escolas contarão com o abastecimento de água potável, casas de banho e terão um muro de vedação que garante maior segurança dos alunos.
A cerimónia de entrega dos fundos presidida pela Vice-Ministra da Educação, Alexandra Simeão, teve lugar esta manhã no edifício do Ministério da Educação, em Luanda, em cujo acto o Embaixador Susumu Shibata, da Embaixada do Japão e a Representante do UNICEF em Angola, Angela Kearney, procederam à assinatura do protocolo de acordo que serve de suporte legal ao projecto que visa erguer 180 salas de aula.
Com uma já vasta acção no que toca à assistência ao desenvolvimento social de Angola, esta é a primeira doação do Japão para o sector da Educação no país através do UNICEF. Para o Embaixador do Japão em Angola, esta contribuição destina-se a ajudar o Governo e o Povo de Angola e enfrentar um dos maiores prejuízos sofridos com a guerra, que foi a destruição de milhares de escolas por todo o país. “Tal como o Japão do pós-guerra, Angola também precisa de muita ajuda externa e nós estamos a dar o nosso apoio para que as famílias voltem à normalidade, com os seus filhos a saírem todas as manhãs para a escola com um grande sorriso,” disse o Embaixador Shibata.
Com estas infra-estruturas, o Governo angolano prevê o acesso ao sistema de ensino regular a um número estimado de16.200 alunos. As direcções de Educação das duas províncias vão implementar a participação das comunidades locais na gestão das escolas, através do treinamento dos pais e professores em metodologias de interacção e gestão participativa, com a criação e o envolvimento de Comissões de pais e encarregados de educação. Um investimento em “software” será feito com a promoção da educação em saúde e higiene escolar para todos os alunos.
O projecto insere-se na visão das “Escolas Amigas da Criança” que o UNICEF está a promover em todos os países onde funciona, cujo alvo é ensino de qualidade, e que integra as componentes-chave da água e saneamento, a educação da menina, a promoção da saúde e a participação dos pais na gestão das escolas.
“Nós somos de opinião que, no âmbito da reforma do ensino em curso actualmente no país, esta estratégia tornar-se-á a chave para novas intervenções que assegurem a qualidade do ensino primário para todas as crianças angolanas. O UNICEF está justamente a apoiar esta ideia assumida pelo Ministério da Educação, através de um grupo de trabalho conjunto que funciona a nível central e se desdobra pelas direcções províncias da Educação,” explicou a Representante do UNICEF, Angela Kearney.
Fonte: UNICEF, Angola
Pensar e Falar Angola
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