domingo, 22 de julho de 2007

O Cruzeiro do Sul

O Cruzeiro do Sul é uma das mais importantes constelações do firmamento, apesar de ser a menor de todas elas e apesar de ser relativamente recente: apenas no século XVI, com as viagens de Fernão de Magalhães e outras Grandes Navegações portuguesas às regiões mais ao Sul do Equador esse conjunto de estrelas passou a ter esse nome.

A primeira referência a essa constelação é de Florentino Corsali que em 1515 baptizou-a como Cruz Maravilhosa.
As grandes civilizações do passado, das quais somos herdeiros, desenvolveram-se a milhares de anos atrás no hemisfério norte de nosso planeta, próximas ao paralelo de latitude 40º, conhecido como o Paralelo das Civilizações. Dessa região, não se pode observar as estrelas que se encontram mais próximas do Pólo Celeste Sul, como as do Cruzeiro. Por isso, os gregos antigos, que deram nome a quase todas as outras constelações do céu, não lhes deram muita importância e nem imaginaram uma constelação com elas.


Além de ser muito importante como ponto de referência celeste para a Navegação Astronômica, o Cruzeiro do Sul possui duas estrelas que se encontram entre as mais brilhantes de todo o firmamento.


A mais brilhante delas, alfa-Crucis, também chamada de Acrux, Magalhãnica ou Estrela de Magalhães, representa a parte de baixo do braço maior da cruz e é a mais próxima do Pólo Celeste Sul.

A segunda em brilho é beta-Crucis, também chamada Becrux e Mimosa, e representa um dos lados do braço menor da cruz.


A parte de cima do braço maior da cruz é representada por gama-Crucis, também chamada Gacrux, uma estrela de cor ligeiramente avermelhada e que, por isso, recebe também o nome de Rubídea.


O outro lado do braço menor da cruz é representado por delta-Crucis, uma estrela bem menos brilhante e que, por isso, recebe também o nome de Pálida.


Há, ainda, no Cruzeiro, além dessas 4 estrelas, uma quinta estrelinha, épsilon-Crucis, menos brilhante que a Pálida. Por não pertencer nem ao braço maior e nem ao braço menor da cruz, ela é carinhosamente chamada pelos brasileiros de "Intrometida". Na verdade, a Intrometida mais ajuda do que atrapalha, pois facilita a localização do Cruzeiro no céu.
Bem próximas a constelação do Cruzeiro do Sul encontram-se, na constelação do Centauro, duas estrelas de forte brilho, conhecidas como os Guardas da Cruz. A mais brilhante delas, alfa-Centauri — também chamada de Riguel Kentaurus ou Toliman — é a estrela mais próxima da Terra (depois do Sol, é claro).

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