terça-feira, 26 de junho de 2007

QUANDO DORMIU EU LHE CORTEI

Confesso que sou adepto da tradição oral e que reconheço nesta forma de comunicação. Uma forma de fazer parte da história dos povos. Mesmo aquelas estórias que possam provocar algum rubor facial em quem as ouve ou que possuem gindungo demasiado para algumas mentes mais moralistas. Esta que vos vou contar não sei se foi baseada no filme japonês Império dos Sentidos mas tenho a certeza que se passou na nossa Luanda. Acabou de chegar e foi-me contada por quem trabalha comigo e passou algum tempo na banda a recarregar baterias. Que me desculpem os mais puristas. Vamos a isto.

Existe um programa na Rádio Nacional de Angola onde os caluandas colocam as suas inquietações e vão procurar milongos para o corpo e para a alma. Um dia destes soube-se que uma senhora tinha sido presa por homicídio voluntário. Acabara de assassinar o marido com quem vivia há já algum tempo. Tinham passado muitas coisas juntos, tristezas e alegrias, misérias e fortuna. O pobre homem, jovem ainda, tinha morrido sem pinta de sangue por a cinéfila senhora lhe ter amputado o pénis. Perante as câmaras para toda a capital saber o porquê de tal acto, pergunta o jornalista:
- Então minha senhora, qual a razão que a levou a matar desta forma o seu marido?
- Bem, veja só, um desses dias meu marido me chegou em casa, eu estava deitada, cansada do trabalho lá no mercado, e ele quis-me dormir no cu. Eu lhe disse que não gosto dessas coisas. Mas ele me dormiu no cu, me dormiu no cu, me dormiu no cu três vezes e quando dormiu eu lhe cortei!

É assim a nossa Terra, cheia de estórias de gente simples e sem sombra de pecado e que nem sequer devem saber quem é Nagisa Oshima.

Pensar e Falar Angola

2 comentários:

Anónimo disse...

Post de um mau gosto sem limites.
Afinal,o autor da pintura nada tem a ver com tal relato,ou tem?
Porque não preferiram um quadro de um pintor angolano???
É que as nossas patrícias teem cá uns cus que é de parar o transito, ficava mais adequado.
Não há nada de melhor para falar de Angola?

João Carlos Carranca disse...

Este foi o último post que entrou aqui de um 'Anónimo'. Se não for um blogger agradecemos que após o texto deixem a identificação (mail incluido). Pois só assim poderá haver um debate que se quer honesto, real e não palavras soltas de quem se esconde atrás do anonimato para ter a coragem de dizer o que quer.