domingo, 17 de junho de 2007

Estava eu blogueando por aqui e por ali, como é hábito, e dou de caras com esta pérola. Pedi à autora a devida autorização e depois dela ter chegado, ei-la:






Desculpem qualquer coisinha.....
Desculpem mesmo, mas é-me impossível não comentar. Digamos que não resisto ao meu próprio instinto de ser mordaz e... corrosiva. Faz parte, já se devem ter habituado.


Mas hoje estou bem disposta!!!


Ora vejam que lindo prédio nasceu entre o Largo Serpa Pinto (se calhar já mudou de nome, mas toda a gente insiste neste) e a Mutamba.
Amarelinho "cheguei!" com janelinhas em arco e colunas gregas a lembrar o renascimento europeu.
Como passei depressa não reparei se é para escritórios de grandes empresas multinacionais ou angolanas não menos multi, ou se é daqueles para habitação onde os apartamentos custam entre 500.000 e 1.000.000. de dólares americanos cada um, mas que já estão todos vendidos (haja kumbu!).
Chegada à Mutamba, e como andava a polícia por ali (olhem para o canto inferior esquerdo), tirei a foto a medo, não me fosse ele "pentear" e ficar com a máquina. Não está grande coisa, mas podem ver-se os melhoramentos substanciais introduzidos no velho e démodé edifício da Fazenda.
Sim porque o arquitecto Vieira da Costa já morreu (agora pode-se alterar a sua obra à vontadinha!), não percebia nada de sistemas de ventilação natural em países tropicais e, para 8além disso, o prédio não estava nada bonito com aquelas enormes e amplas varandas sem os vidros fumados. Desculpem lá, mas agora, com dezenas de aparelhos de ar-condicionado e um brutal gerador para garantir o fresquinho é que está a kuiar!
Gastos exagerados de energia? Poluição? Náaaaaaaaaaaaa! O que é isso? Porque é que há a mania de criticar os "embelezamentos" e não se viram antes para os milhares de carros velhos importados da Europa onde já reprovaram em todas as inspecções por se terem tornado verdadeiros criminosos contra o ambiente?? (Dahhh...)
Finalmente cheguei à Ilha para a minha aula de batuque. Na praia, tratei de usufruir ao máximo do saber do meu Mestre, antes que os esgotos do restaurante chinês, ali mesmo colado, desatassem a jorrar litros de tudo para o mar.
A aula correu bem e fiquei feliz.

retirado de às Vezes (des)organizo-me em palavras
Pensar e Falar Angola

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