quarta-feira, 20 de julho de 2011

Kilamba - Esperança

Cento e 15 prédios, com um total de 3180 apartamentos, foram entregues esta segunda-feira, no âmbito da inauguração da primeira fase da Cidade do Kilamba, numa cerimónia cujo corte da fita coube ao Presidente da República, José Eduardo dos Santos. Prevê-se que os referidos imóveis, que estão situados no recém-criado município de Belas, beneficiem mais de 19 mil pessoas, de um total de 150 mil que poderão residir nesta nova centralidade.
Os prédios estão integrados em quatro quarteirões, equipados com quatro jardins-de-infância, duas escolas primárias e uma secundária.
A arquitectura dos edifícios, segundo informações avançadas pelo Grupo de Revitalização e Execução da Comunicação Institucional da Administração (GRECIA), incorpora suportes e canalização para os aparelhos de ar condicionados.
“A inauguração da Cidade do Kilamba é um motivo de orgulho e de grande satisfação, para mim e para todos os membros do executivo”, realçou o Chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, acrescentando que “é o maior projecto habitacional jamais construído em Angola e constitui, à escala global, um profundo exemplo da política social levada a cabo no país para resolver o défice habitacional”.
José Eduardo dos Santos salientou ainda que com a abertura do Kilamba os seus futuros habitantes irão dispor, além de um lugar para morar, de diversos serviços administrativos e comerciais, escolas, centros de saúde e áreas de lazer, num espaço saudável e com segurança organizada.
“Vamos ensaiar aqui um novo modelo de gestão urbana, que seja funcional, simples, racional, transparente e cumpridor das suas atribuições, capaz de encontrar as melhores soluções para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos”, acrescentou o Presidente da República. Prevê-se que, até Dezembro deste ano, sejam entregues mais 218 prédios, o que corresponde a mais oito quarteirões, que representam 6.894 apartamentos. Segundo estimativas, elas poderão beneficiar mais de 40 mil pessoas, numa zona onde haverá mais oito creches, quatro escolas primárias e duas secundárias, de acordo com informações avançadas no dia da inauguração.
A primeira fase da Cidade do Kilamba, inaugurada esta semana pelo Presidente da República, estará concluída apenas em Dezembro do próximo ano, quando totalizarem 20.002 apartamentos para um total de 120 mil pessoas.
Na segunda fase serão erguidos mais 40 mil apartamentos e na terceira e última fase mais 20 mil, totalizando um total de 500 mil beneficiários, que viverão em locais construídos na base de normas universais. A referida circunscrição contará no final com um total de 24 jardins-deinfância, 17 escolas entre primárias e secundárias, áreas de lazer e desportivas, hotelaria e restauração. O projecto Cidade do Kilamba, que é uma parceria público privada, inclui ainda zonas reservadas para comércio disponíveis para o sector privado, vias primárias e secundárias, hospitais, clínicas e conta-se com um mínimo de 12 centros de saúde públicos.
Também já estão prontas para utilização as estações de tratamento de água potável e a de tratamento de águas residuais (ETAR), assim como duas subestações eléctricas para o fornecimento de energia à cidade.
SELECÇÃO DE MÃO-DE-OBRA
O presidente do conselho de administração da Sonangol e do conselho de gerência da SONIP, Manuel Vicente, conta que a construção do empreendimento começou em 2008, na sequência das orientações emanadas pelo Presidente José Eduardo dos Santos e coordenação do extinto Gabinete de Reconstrução Nacional, dirigido na altura pelo chefe da Casa Militar da Presidência, general Hélder Vieira Dias. No segundo semestre de 2010, a SONIP, subsidiária da Sonangol para a área imobiliária assumiu a responsabilidade da coordenação da construção da Cidade do Kilamba. Manuel Vicente salientou que na cerimónia desta segunda-feira estavam a ser entregues os edifícios e apartamentos já citados, assim como 10 quilómetros de estrada e 48 lojas. “Devido aos prazos inicialmente definidos, o enquadramento de mão-de-obra nacional ficou aquém do que esperávamos, pelo que, não obstante a ligeira dilatação dos prazos de execução e de modo a aumentarmos o volume desta mão-de-obra e sua capacitação, temos confirmado para as próximas fases o aumento significativo da formação no local de trabalho, importando somente o pessoal expatriado para enquadramento”, garantiu Manuel Vicente.



O PCA da Sonangol, que hoje coordena o processo de construção dos edifícios e outras obras sociais naquela parcela de Luanda, reiterou a disponibilidade para tudo fazer para se vencerem os desafios que ainda se colocam. A construção está a cargo da construtora chinesa CITIC, que conta com outros subempreiteiros e consultores neste desafio que só terminará com o alojamento no local de meio milhão de pessoas.








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