segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Uma vez por outra eu comento

Há 20 anos se decidiu comemorar o Dia Mundial da Luta conta a SIDA em 1 de Dezembro. A finalidade é sensibilizar para a luta contra a doença e para uma educação preventiva, de modo a que se unam esforços para que de forma definitiva se pare esta pandemia.
Milhões de pessoas morreram com SIDA. Milhões de pessoas morrem de SIDA. É importante que não morram mais outros milhões.
O dia de hoje é para lembrar todos estes milhões que deixaram de lutar pela causa por causa da SIDA.
20 anos de luta e poucas vitórias conseguidas. O preconceito persiste, a ingenuidade se mantém, o facilitismo está patente, a exclusão social é evidente. A ignorância sobressai.
É necessário que haja muitos 1 de Dezembro para chamar a atenção para a solidariedade, exigir mais meios e mais investigação, para acabar com os monopólios da desgraça e fazer chegar os medicamentos existentes aos desfavorecidos da sorte e do mundo.
É necessário mais 1 de Dezembro para acabar com a ilitracia, pobreza, exploração e para meter nas mentes humanas que os azares não acontecem só aos outros.
Cada batalha ganha significa pôr um muro numa curva do caminho sinuoso que o vírus utiliza para se expandir, no seu silencioso caminhar global.
A SIDA requer politicas fortes e não fogos de artifício que são bonitos no instante e rapidamente desaparecem.
Há uns 33 milhões de pessoas com SIDA, cerca de 2 milhões são crianças e cerca de 95 % vivem nos países subdesenvolvidos.
Os números de Angola começam agora a disparar. As ‘bolsas’ localizadas em zonas fronteiriças podem hoje deslocar-se livremente pelo país. O ‘silêncio’ caminha com elas, iniciando-se agora a fase de ‘ruído’ e daqui a pouco teremos a fase do ‘barulho’. Angola tem todas as condições para ‘parar’ os seus números. Mas é preciso ter uma força hercúlea para fazer da prevenção, da luta contra o estigma, um maior esforço para a detecção precoce, um investimento nos tratamentos. Há que chamar a responsabilidade, própria de cada um, dos políticos aos doentes, e dizer um grande BASTA!

Pensar e Falar Angola

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