domingo, 3 de abril de 2011

Chia KMK defende estímulos para os criadores huilanos



Chia KMK (ao centro) diz que artistas da Huíla estão a emigrar para outras regiões do país devido a falta de condições de trabalho
Fotografia: Arimateia Baptista
 O escritor Chia KMK defendeu ontem, no Lubango, a criação de estímulos para os artistas locais, como forma de incentivar a criatividade e evitar a fuga dos criadores huilanos para outras regiões do país.
Chia KMK lamentou o facto de a maioria dos artistas e profissionais da área que despontaram na província da Huíla optarem por viver em Luanda, em detrimento do Lubango, devido a dificuldades materiais e financeiras para prosseguirem a carreira artística. Na visão do escritor, a criação de condições materiais, infraestruturais e estímulos aos criadores locais valoriza o potencial dos músicos, escritores, encenadores e promotores. O também secretário da Brigada Jovem de Literatura na Huíla alega que a fuga de artistas para a capital empobrece a cultura huilana, ao retirar a nata artística da província para outras zonas do país, onde são influenciados a produzir material relacionado com o meio em que passam a estar inseridos.
Chia KMK considera que os estímulos melhoram a produtividade e o desenvolvimento adequado das actividades dos criadores na sua missão de resgate e promoção dos valores culturais dos povos da província. Por isso, sugere às autoridades provinciais que proporcionem melhores condições de habitabilidade e de realização de espectáculos, sobretudo na cidade do Lubango, “para que os nossos artistas desenvolvam as suas actividades sem sobressaltos”. O escritor entende que a residência de artistas no Lubango coloca a província num lugar privilegiado, porque recebe convites de agentes culturais de outras regiões e realiza espectáculos regularmente, factor de atracção de turistas nacionais e estrangeiros.
“A nossa cidade é tradicionalmente hospitaleira e, por isso mesmo, muitas entidades sentem-se atraídas a emprestar um pouco do seu saber para juntos comungarmos as novidades das obras criativas e de investigação” sublinhou.
Frisou que muitos artistas e profissionais da área cultural são obrigados a emigrar. O mercado de atracção tem sido Luanda, em busca de melhores condições de vida e de sucesso profissional. A título de exemplo referiu os casos da Banda  Akapaná, do escritor Belarmino Van-Duném, dos Irmãos Almeida e  Vaketu descobertos no Lubango.




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