O Executivo angolano está empenhado na implementação de um novo sistema educativo que forme as actuais e futuras gerações num novo contexto sócio-cultural, disse ontem o ministro da Educação, Mpinda Simão.
Ao intervir no acto de abertura da primeira Feira “Educa Angola”, que decorre nas instalações da Feira Internacional de Luanda (FIL), sob o lema “Pessoas, Processos e Produtos: O compromisso com a educação e formação de qualidade”, o ministro disse que o objectivo do Executivo é “ultrapassar os métodos antiquados de ensino e aprendizagem tradicionais e introduzir estratégias que se revelem mais eficazes e que venham ao encontro de uma nova realidade educativa, mais consentânea com o desenvolvimento das ciências da educação”. Mpinda Simão referiu que este novo sistema educativo vai procurar, igualmente, educar e formar as gerações para uma conduta e valores sociais indispensáveis ao exercício da cidadania plena, ao primado da paz e da concórdia.
A obtenção de um novo sistema de ensino supera as dificuldades resultantes das fortes assimetrias regionais existentes, a falta de quadros nacionais necessários para um maior crescimento económico, desenvolvimento sustentável e bem-estar das nossas populações, salientou. Além disso, considerou ser necessário optar-se por um novo sistema educativo que corresponda às exigências da rápida aceleração das mudanças que se operam em todo o mundo.
De acordo com o ministro, o objectivo é responder aos grandes desafios com que se defrontam os países em desenvolvimento, no sentido de procurarem reduzir o enorme fosso que os separa dos países industrializados. Para tal, tem que se aumentar gradualmente o nível de formação e exigência no perfil de entrada e de saída dos professores, gestores escolares e pessoal administrativo.
Referindo-se à feira “Educa Angola”, disse que ela se realiza num momento histórico em que o país se prepara para comemorar o 35º aniversário da independência. “O que se pretende é que os agentes responsáveis pela educação e formação, através de um volume de conhecimentos teóricos e práticos adequados e com o apoio dos recursos colocados à sua disposição, possam exibir produtos de qualidade com impacto futuro no próprio sistema educativo”, salientou.
A governadora de Luanda, Francisca do Espírito Santo, referiu que a feira “Educa Angola” é um testemunho do grande investimento que o Executivo tem feito na produção e formação dos recursos humanos.
“Esta feira vai poder mostrar o potencial académico, conhecimentos e formação profissional dos quadros angolanos e não só. Ela também é reveladora dos desafios de Angola no momento de reconstrução e desenvolvimento”, disse.
A “Educa Angola”, que encerra domingo, é uma organização da FIL-Feira Internacional de Luanda, em parceria com o Ministério da Educação e EXPONOR (Feira Internacional do Porto, em Portugal), e nela participam mais de 100 expositores nacionais e estrangeiros.
Pensar e Falar Angola
Sem comentários:
Enviar um comentário