segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Corrupção - tolerância ZERO


O presidente, José Eduardo dos Santos, pediu “tolerância zero” à corrupção por parte do MPLA, de que é também líder, advertindo que detectou “timidez” no partido na fiscalização dos actos de gestão do governo.

O melhor é comprometermo-nos com uma espécie de tolerância zero (à corrupção) depois do 6º Congresso”, afirmou Santos no discurso de abertura da 15ª sessão do comitê central do MPLA.

O MPLA, acrescentou Santos, enquanto partido majoritário e de governo, foi “tímido” na fiscalização dos actos de gestão do executivo, quer na AN, quer através do Tribunal de Contas.

Esta circunstância (a fiscalização tímida do MPLA ao governo) foi aproveitada por pessoas irresponsáveis e por gente de má-fé para o esbanjamento de recursos e para a prática de atos de gestão ilícitos e mesmo danosos ou fraudulentos”, afirmou.

Penso que deveríamos assumir uma atitude crítica e autocrítica em relação à condução da política do partido neste domínio”, sugeriu.

Eleição

Além disso, o presidente angolano declarou, na mesma ocasião, que as próximas eleições presidenciais, que chegaram a ser marcadas para este ano, devem realizar-se ao mesmo tempo que as legislativas.

Santos justificou a junção dos dois actos eleitorais como forma de “poupar tempo e dinheiro”. Porém, ele não apontou uma data.

Mas, os dois cenários possíveis são 2012, quando termina a legislatura iniciada com a votação de setembro de 2008, quando o MPLA obteve uma maioria qualificada no Parlamento, ou antecipar o fim da legislatura para coincidir com as presidenciais.

No entanto, se o anteprojeto constitucional do MPLA vingar na comissão constitucional da Assembleia Nacional, como deverá acontecer graças à maioria qualificada do partido no poder no Parlamento que se estende à comissão, o chefe de Estado será o cabeça de lista do partido mais votado para o Parlamento.

Ainda no contexto do “poupar tempo e dinheiro”, José Eduardo dos Santos, preconizou a aprovação rápida da Constituição para então ser realizada a eleição legislativa e presidencial.

E apontou que o presidente da República deve ser o Chefe de Estado, do governo e Comandante em Chefe das Forças Armas, como acontece atualmente.

Santos defendeu também a realização de um "estudo profundo" para forçar a descida dos preços no país que tem a capital como uma das mais caras do mundo e, assim, aumentar o poder de compra dos angolanos porque os preços “sobem mas nunca descem”.

"Como fazer baixar os preços, como aumentar significativamente a produção interna", deixou como questões para os membros do CC do MPLA, defendendo que, nestas condições, aumentar só os salários, que é o que se tem dito, não basta em minha opinião", notou.


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