Bio-bibliografia:
Raul David nasceu em 1918 na cidade da Ganda, província de Benguela. Fez os estudos primários na cidade natal onde passou a infância. Frequentou o seminário católico de Ngalangui. Iniciou a sua actividade literária aos 45 anos de idade. Mas estreia-se aos 57 anos, já no alvorecer da independência. Publicou Colonos e Colonizadores (1974), Escamoteados na Lei (1987), Cantares do nosso Povo,versões escritas de cantos e poemas em língua Umbundu (1987) Narrativas ao Acaso (1988), Ekaluko lya kwafeka ( 1988) Crónicas de Ontem para ouvir e contar (1989), Da Justiça Tradicional nos Umbundos (ensaio) (1997).
A leitura de toda a sua obra permite detectar a existência de um fio condutor que aponta para a predominância da narrativa-testemunho, apesar das incursões que realiza nos domínios da poesia oral em versões escritas e da ensaística. Mesmo assim está subjacente uma intenção de transmitir um conhecimento que, tendo-lhe chegado pela via oral, ele prefere reduzi-lo a escrito.
Por todas estas razões, Raúl David é na verdade um cultor da memória, o que pode ser comprovado pela sua capacidade de improvisar a narração de experiências e factos ocorridos há cinquenta anos.O que qualifica o seu discurso narrativo no contexto do que é a contribuição para a história social da região de Benguela.
A sua proficiência na língua Umbundu associada à frescura com que trabalha quando conta as suas histórias, constituem dois elementos entre tantos daquilo que permite distingui-lo de outros escritores angolanos que usam o português. Nele se reconhece a coexistência actual das línguas nacionais e da língua portuguesa.
Raul David nasceu em 1918 na cidade da Ganda, província de Benguela. Fez os estudos primários na cidade natal onde passou a infância. Frequentou o seminário católico de Ngalangui. Iniciou a sua actividade literária aos 45 anos de idade. Mas estreia-se aos 57 anos, já no alvorecer da independência. Publicou Colonos e Colonizadores (1974), Escamoteados na Lei (1987), Cantares do nosso Povo,versões escritas de cantos e poemas em língua Umbundu (1987) Narrativas ao Acaso (1988), Ekaluko lya kwafeka ( 1988) Crónicas de Ontem para ouvir e contar (1989), Da Justiça Tradicional nos Umbundos (ensaio) (1997).
A leitura de toda a sua obra permite detectar a existência de um fio condutor que aponta para a predominância da narrativa-testemunho, apesar das incursões que realiza nos domínios da poesia oral em versões escritas e da ensaística. Mesmo assim está subjacente uma intenção de transmitir um conhecimento que, tendo-lhe chegado pela via oral, ele prefere reduzi-lo a escrito.
Por todas estas razões, Raúl David é na verdade um cultor da memória, o que pode ser comprovado pela sua capacidade de improvisar a narração de experiências e factos ocorridos há cinquenta anos.O que qualifica o seu discurso narrativo no contexto do que é a contribuição para a história social da região de Benguela.
A sua proficiência na língua Umbundu associada à frescura com que trabalha quando conta as suas histórias, constituem dois elementos entre tantos daquilo que permite distingui-lo de outros escritores angolanos que usam o português. Nele se reconhece a coexistência actual das línguas nacionais e da língua portuguesa.
Luis Kandjimbo
Pensar e Falar Angola
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