quinta-feira, 12 de junho de 2008

Reflexão feita de atraso


Há aqueles dias especias, que se repetem apenas uma vez por ano, que andamos a lembrar por antecipação e depois por umas e outras, no próprio dia, a lua vira-nos as costas e o sol finge adormecer para nós simples mortais.
Tudo aquilo que podia acontecer 364 dias do ano e não acontece, aproveita para acontecer naquele dia marcado no calendário, como dia especial, desviando-nos de todas as tentativas para festejar.
Assim aconteceu no dia 9.
A lua virou-me as costas, o sol fingiu adormecer, não fosse eu evocar os seus serviços…. Espreguiçou, bocejou, adiou as urgências prementes, alinhou-se para outros quadrantes e semicerrou o olhar com um sorriso na consciência irreverente, que só um astro rei tem o dieito de fazer.
Nesse dia queria felicitar todos os que nos leram ao longo deste ano solar, os que comentaram, os que colaboraram, os que escreveram para as caixas de correio electrónico, os que passaram os olhos por aqui, na navegação cibernauta. Quis felicitar os que gostam do blog pensar e falar Angola, os que não gostam e também os que permanecem indiferentes.
O blog cumpriu um ano.
Transformou-se rapidamente num ensaio de enriquecimento cultural em continuidade, com resultados positivos, avaliando o número de visitas, e o feedback que nos chega diariamente por vias paralelas.
Talvez ainda não seja um espaço de opinião, pois é difícil conciliar opiniões, com verdades, com total isenção politico/partidária. Talvez um dia ainda chegue a ser esse espaço através de um caminho de persistência e de boa vontade.
Foi difícil resistir à publicação de alguns “documentos” que nos foram chegando. Em nenhum momento desenvolvemos o exercício de desconsiderarmos as opiniões e ou as vontades, mas decidimos ser cautelosos e persistir num rumo delineado num contexto mais cultural e menos politico, para que contribuía para um enriquecimento transversal a várias gerações de angolanos e não só.
Valeu a pena.
Continuo por aqui.
Abraço
Anabela Quelhas




Pensar e Falar Angola

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Dr. Agostinho Neto