ENTREVISTA DE MOCO NO FACEBOOK: UM SACO CHEIO DE ERROS DE ORTOGRAFIA.
por Sérgio Conceição a quinta-feira, 3 de Novembro de 2011 às 10:04
Terminei de ler a pouco a entrevista que Marcolino José Carlos Moco, concedeu á Vanessa Mayomona aqui no Facebook e confesso que me sinto um tanto desapontado com a mesma por dois motivos.
1º Motivo.
A Vanessa tentou inovar (acho bem que o faça e até sou a favor das inovações, não fosse eu um amante da globalização) e trouxe para esta entrevista uma outra (pivô) que de todo não esteve totalmente má. O grande problema desta inovação a meu ver desnecessária, foi que a sua convidada mais não fez do que fazer-se de “Vanessa Mayomona”, ou seja, a convidada da Vanessa não conseguiu ser ela própria e mais não fez do que tentar ser aquilo que apenas VM sabe fazer e muito bem.
Esta critica não é e nem deve ser vista como sendo um ataque a nova pivô dos “Revús”, pelo contrário deve ser vista como uma chamada de atenção para a forma abruta em como esta inovação foi feita (acima da hora e sem aviso prévio deixando quase meio mundo na plateia de queixo caído).
Vanessa já sabes…inovar sim, mas tendo sempre em consideração a tua plateia.
2º Motivo.
Esperava mais de Marcolino Moco. E na minha opinião esteve francamente mau. Gostei mais da autenticidade da criatividade, da vontade e da rapidez dos Senhores Alcides Sakala e Isaias Samakuva.
O Dr. Moco mais não fez do que falar de coisas que já quase todos nós estamos acostumados a ler no seu sitio e nas aparições publicas que vai fazendo quer através dos artigos de opinião nalgumas publicações cá da urbe (neste sábado o jornal Agora na pagina 13, publicou exactamente as mesmas palavras que Moco, sem tirar nem meter, escreveu nas perguntas que lhe foram feitas na mesa de fogo), quer através de entrevistas que vai dando e ainda em palestras que vai dando.
Esperava algo mais desta entrevista, esperava que por exemplo o Dr. fosse mais claro em relação ao suposto tribalismo que deixou a entender existir no seu (ainda) Partido.
Esperava que o ex Secretario Geral da CPLP falasse mais sobre as convulsões políticas que o País atravessa, que o seu MPLA atravessa e que a África atravessa. Não falou muito e o que falou fê-lo muito sorrateiramente e quase fugiu das questões como se da cruz o diabo estivesse a fugir.
E isto não foi o pior.
O pior mesmo e pasmem-se vocês também, foi ver muitos erros ortográficos que viam da “pena” do Dr. Moco. Entendo e certamente muitos também entendem que nem todo mundo domina os teclados (e depois há o nervosismo e a própria pressão que nestes momentos aparecem) …entendo e como entendo.
O que não entendo é ver o Dr. Moco que é Licenciado e Mestre em Direito pela Universidade Agostinho Neto e Doutorando em Ciências Jurídicas Políticas pela Universidade clássica de Lisboa (uma das mais prestigiadas daquele país Ibérico) a escrever nome de pessoas, de países e até de continentes com letras minúsculas. Escreveu ana em vez de Ana, escreveu vanessa em vez de Vanessa, escreveu áfrica em vez de África, escreveu botsuana em vez de Botswana, escreveu mpla em vez de MPLA, escreveu estado em vez de Estado e escreveu erradamente outras tantas palavras que até dá-me dó estar aqui a aponta-la com o risco de ser mal interpretado. Isto é erro de ortografia aqui, na China, na Jamaica e em qualquer outro lado.
São erros grossos e totalmente inadmissíveis principalmente vindo de quem veio (Professor universitário) e com peso e responsabilidades políticas que têm. E não adianta dizerem que estes erros são admissíveis no Facebook. Não são, nunca foram e nunca serão.
Já escrevi muitas vezes aqui no meu mural sobre os nossos estudantes universitários que muito pessimamente escrevem (é só darem uma vista nos perfis de quem diz-se ser universitário e vocês espantar-se-ão com os atentados ortográficos que são cometidos) e como podem imaginar não poderia ficar indiferente com os erros cometidos nesta entrevista pelo Dr. Marcolino Moco que convém dizer, muito respeito e admiro principalmente pela forma muito activa que tem se debatido por uma maior pluralidade e democracia no país.
Aconselho a Vanessa a retirar esta entrevista do “ar” sobre pena de a mesma servir de chacota pública ao próprio Moco, a classe política angolana, aos Professores universitários angolanos e por extensão aos angolanos no geral.
Resumindo, esta entrevista foi um fracasso se comparada com todas as outras já feitas por Vanessa Mayomona e a culpa deste”saco cheio de nada” foi sem sombra de dúvida Marcolino José Carlos Moco.
PS: O papel de um politólogo é analisar os factos e fenómenos de uma sociedade.
Pensar e Falar Angola
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