quinta-feira, 17 de novembro de 2011

SE EU FOSSE BENTO BENTO por Sérgio Conceição

por Sérgio Conceição a Quinta-feira, 17 de Novembro de 2011 às 6:44
Se eu fosse o Bento Bento a primeira actividade que faria do meu consulado era criar uma página no Facebook onde nela anunciaria a minha agenda diária e serviria também para trocar algumas ideias com os luandenses.
Se eu fosse Bento Bento tentava fazer um consulado de mais  proximidade com os luandenses, tentava me achegar mais as populações, com jornadas semanais de campo e tentava também criar um conselho consultivo com  cidadãos luandenses para ouvir as suas reclamações e sugestões.
Se eu fosse Bento Bento, melhorava a minha imagem, mudava o meu penteado, deixava de usar gravatas e lenços de lapela de cor vermelha e contratava dois assessores: um de marketing político e um de comunicação. Mas dos bons e não aqueles que mais não fazem do que prestarem vassalagem, entenda-se bajulação.
Se eu fosse Bento Bento falaria poucas vezes a comunicação social. Se eu fosse Bento Bento falava mais no condicional na subjectividade e deixava de ter o ar sisudo que tem agora.
Se eu fosse Bento Bento, não prometia já melhorar os problemas da energia, da agua e das chuvas na cidade capital, se eu fosse Bento Bento esperava para ver todos os dossier sobre estes bicudos problemas de fundo que Luanda tem e só depois me pronunciava.
Se eu fosse Bento Bento não mudava já o estafe do GPL, deixava tudo como está e só depois de 6 meses fazia uma avaliação e ficava os melhores.
Se eu fosse Bento Bento aproveitava este cargo para provar que é possível sim dialogar com os jovens e esquecia de uma vez por todas a palavra ARRUACEIROS.
Se eu fosse Bento Bento aproveitava para desfrutar o máximo esta oportunidade e relançava a minha carreira política.
Para terminar, se eu fosse Bento Bento e se ainda não tivesse um curso superior aproveitava para fazer já e de preferência um ligado as Ciências Sociais. 

Se eu fosse BB, deixava de usar roupa de cor vermelha.



Pensar e Falar Angola

Sem comentários:

vida é obra

Dr. Agostinho Neto