quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Mais ainda no 4 de Fevereiro

A governadora de Luanda, Francisca do Espírito Santo, depositou hoje, quarta-feira, coroas de flores nos túmulos dos combatentes do 4 de Fevereiro, sepultados no cemitério do Alto das Cruzes, município da Ingombota.

A também ministra Sem Pasta depositou coroas de flores no túmulo de Paiva Domingos da Silva, Imperial Santana, líderes do grupo de angolanos envolvidos no início da luta armada e do cónego Manuel das Neves.

No acto a governadora foi acompanhada por membros do governo, sobreviventes do quatro de Fevereiro e representantes da sociedade civil que renderam homenagem aos antigos combatentes, depositando igualmente flores.

Em declarações à imprensa no final da homenagem, a governadora de Luanda recordou a importância da data, referindo que actualmente as pessoas vivem em paz, a reconstruir o país e a promover o desenvolvimento devido à realização do 4 de Fevereiro.

"Por isso, aqueles que tiveram a ousadia e a coragem de realizar o acto de 4 de Fevereiro têm que continuar a merecer de nós o nosso respeito e a nossa homenagem pois são angolanos que nos orgulham", disse a governante.
A governadora de Luanda enalteceu os feitos dos heróis de Fevereiro, afirmando que os angolanos ousaram enfrentar o poderio colonial português, porque os angolanos estavam cansados de ser escravos, por isso jovens com armas artesanais, com ousadia e coragem, enfrentaram um poder militar forte.

Na opinião de Francisca do Espírito Santo os jovens que no dia quatro de Fevereiro de 1961 tiveram coragem para dar início à luta armada devem continuar a merecer o respeito, o orgulho e a homenagem de todos.
Hoje espero que hajam novos 4 de Fevereiros nos cada dias que passam. Não como marca de inicio de lutas armadas das mais variadas causas, mas sim como símbolo da abertura mental e intelectual. Novos 4 de Fevereiro de consequência para a afirmação e crescimento da consciência nacionalista e patriótica dos angolanos contra a arbitrariedade, de propostas pacíficas que lhe haviam sido apresentadas tendo em vista a auto sustentação e a verdadeira independência de todos os povos de Angola unida.
O 4 de Fevereiro de 1961 constitui a chama que guiou a marcha da revolução popular pela libertação do nosso povo martirizado, até 11 de Novembro de 1975 e deve levar ao despertar das consciências para que não sejam necessários mais 4 de Fevereiros armados.
Viva Angola Independente!


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