domingo, 1 de fevereiro de 2009

António Ole vai expor nos EUA

A exposição “Artistas em Diálogo” deve ser inaugurada a 4 de Fevereiro no Museu Nacional de Arte Africana nos EUA.
Pela primeira vez, o artista plástico angolano António Ole, com o congolês democrático Aimé Mpan, expõe no Museu Nacional de Arte Africana, Estados Unidos da América, numa mostra que se intitula “Artistas em Diálogo” e que deve ser inaugurada a 4 de Fevereiro.
Nessa “operação” conjunta, os dois artistas levam “a sua manipulação subtil e sofisticada de materiais encontrados e inesperados, para criar instalações multimédia visualmente ricas, que falam dos desafios políticos e económicos” das respectivas terras de origem.
“Artistas em Diálogo”, na visão da curadora norte-americana Karen Milbourne, “tem uma forte componente educativa” e é “um diálogo entre dois artistas, entre os artistas e a conservadora, bem como entre os expositores e os visitantes do museu”. Por esse facto, os dois artistas receberão estudantes de universidades locais na galeria, aos quais contam mostrar o seu processo e falar sobre as suas carreiras, além de visitarem, pessoalmente, salas de aula de arte e história. Participarão também num programa público livre. Para 06 de Fevereiro, dois dias depois da inauguração, vão dialogar com artistas locais, discutindo a sua obra e a nova instalação. Além da conversa entre ambos, vão dialogar com a audiência. O programa dos dois artistas plásticos reserva também várias actividades no site Africa.si.edu, e a publicação de um catálogo na primavera. António Ole reside em Angola, enquanto Mpane reparte o seu tempo entre a República Democrática do Congo e a Bélgica. Instigados pelo museu, os dois artistas encontraram-se pela primeira vez em Portugal, no verão de 2008. De acordo com Karen Milbourne, “Ole e Mpane apresentam uma selecção tanto de trabalhos antigos, quanto de obras novas, que fornecem uma ideia das suas visões pessoais e da forma como comunicam visualmente um com o outro e com várias audiências”. A exposição “Artistas em Diálogo” e o seu programa de sensibilização são patrocinados pela empresa diamantífera De Beers, fundada em 1888, que considera, na pessoa do seu presidente nos Estados Unidos, Rosalind Kainyah, ter “grande orgulho em dar o seu contributo para que artistas africanos sejam bem sucedidos na cena mundial”.
O Museu Nacional de Arte Africana é o único nos EUA dedicado à recolha, conservação, estudo e exposição de arte africana tradicional e contemporânea.


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