TOMADA DE POSSE DE SUSANA INGLÊS: FALTOU BOM SENSO E SENTIDO DE ESTADO
por Sérgio Conceição
Uma coisa que sempre o Professor Doutor Feliciano Barreira Duarte me procurou incutir (e aos meus colegas) era a necessidade de termos BOM SENSO E SENTIDO DE ESTADO sobretudo se um dia viéssemos a ter sobre a nossa égide um cargo de alguma relevância pública ou privada.
Dizia ele, que o BOM SENSO E SENTIDO DE ESTADO apesar de não nascer com a gente e também pelo facto de não estar a venda numa loja qualquer de esquina ou mesmo num supermercado qualquer, podíamos encontrar estes dois itens importantes na escola da vida.
Feliciano Barreira Duarte mostrou-nos também (por meio de alguns exemplo da política internacional e de Portugal) que as vezes ser grande ou ter poder, não quer dizer necessariamente que temos ou somos donos da razão e que por outro lado, ser pequeno ou não ter poder nenhum, também não necessariamente faz de nós mais fracos ou donos da razão.
Isto para dizer que mais do que demonstrar atitudes do tipo “aqui mando eu”, o melhor mesmo é dizer: ”Espera aí amigos…O que se passa aqui? Há algum problema? Se há, vamos conversar e resolver isto”.
Esta atitude chama-se BOM SENSO.
No caso tomada de posse de Susana Inglês faltou claramente BOM SENSO E MUITO SENTIDO DE ESTADO a todas as partes.
O MPLA (e o Executivo que sustenta) podiam ter um pouquinho que fosse de BOM SENSO e evitarem “comprarem” uma guerra com a oposição e desta forma minarem um processo que por si só nunca foi consensual, mas que estava a caminhar com os seus próprios pés com a aprovação do Pacote Eleitoral por unanimidade.
A OPOSIÇÃO (UNITA, PRS, FNLA) podiam ter um pouquinho de BOM SENSO e sentido de Estado e chamarem a razão o maioritário.
O PRESIDENTE da ASSEMBLEIA NACIONAL devia e podia em nome do BOM SENSO E SENTIDO de ESTADO adiar o empossamento e chamar todas as partes envolvidas para tentarem resolver, sobre a sua mediação, este imbróglio.
Ambas as partes, tendo em mente sempre o BOM SENSO e SENTIDO de ESTADO deviam tentar por via do diálogo encontrar um meio-termo e por esta via chegar a um acordo. Não custava nada fazerem isto em nome do povo angolano que os elegeu e que é certamente o que mais sofre com estas irresponsabilidades dos nossos políticos.
POR ISTO O QUE POSSO NESTE MOMENTO DIZER É O SEGUINTE:
DEIXEM DE PENSAR PARTIDOS POLITICOS.
DEIXEM DE PENSAR IDEOLOGIAS.
POR FAVOR PENSEM ANGOLA.
Pensar e Falar Angola
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