sábado, 21 de janeiro de 2012

Aniversário da Força Aérea Angolana

A 21 de Janeiro de 1976, o Dr. António Agostinho Neto, primeiro Presidente da então República Popular de Angola, na qualidade de Comandante em Chefe das FAPLA, em acto cerimonial que presidiu, proclamou a Força Aérea Popular de Angola/Defesa Anti-Aérea (FAPA/DAA) ramo das FAPLA.
Como importante Arma, a DAA teve um desenvolvimento paralelo ao da aviação. Esse desenvolvimento deveu-se à formação dos seus primeiros quadros e até mesmo de unidades completas na ex-União Soviética e em Cuba, evoluindo, deste modo, até atingir a dimensão nacional com sistemas complexos, como é o caso dos Radares, como componente complementar necessário ao funcionamento eficaz dessa Arma.

A missão atribuída à FAPA/DAA consiste em:
• Defender o espaço aéreo nacional de todas violações ou agressões externas;
• Apoiar as tropas terrestres nas acções de defesa do território angolano de Cabinda ao Cunene.
• Vigiar o espaço aéreo com sistema de radares a dimensão de todo território nacional;
• Apoiar as missões estatais destinadas ao reforço da reconstrução económica do País.
No acto de proclamação da FAPA/DAA, o Dr. Agostinho Neto exortou os jovens nela enquadrados a serem exemplares e fazerem do Ramo uma componente forte do Sistema de Defesa Nacional, tendo aproveitado o ensejo para nomear o respectivo Estado Maior.
Nos primeiros meses de 1976, com a recuperação e aquisição de novos aparelhos, a FAPA/DAA passou a contar com quatro Nordatlas, cinco DC-3, dois AN-2, dois Cessna Push-Pull e dois Grumman, que possibilitaram a formação das primeiras Esquadras de Transporte e de Reconhecimento, marcando o início do cumprimento das missões específicas do Ramo.
Nesse mesmo ano, inicia-se uma ampla campanha de recrutamento de jovens nas escolas para as especialidades de Aviação e Defesa Anti-Aérea. Os jovens para as especialidades de aviação foram enviados à então União Soviética, com vista a sua formação como pilotos de MiG-21, An-2, An-26 e helicópteros Mi-8 e Mi-17. Deu-se então início à organização das Bases Aéreas de Luanda, do Negage e de Saurimo, bem como do comando do Ramo, que se instalou inicialmente na Base Aérea de Luanda. Essa medida foi tomada para melhor implementação da Estrutura Orgânica, na perspectiva de cobrir todo o território nacional.

A partir de 31 de Maio de 1991, começa uma nova era na Força Aérea com a assinatura dos Acordos de Bicesse entre o Governo e a UNITA.
Como resultado desse acordo foram extintas as Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA) e as Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA) e deram corpo às Forças Armadas Angolanas (FAA) únicas, apartidárias e subordinadas ao Executivo.
Em função dessas transformações, a Força Aérea Popular de Angola/Defesa Anti-Aérea foi redimensionada passando a chamar-se Força Aérea Nacional Angolana (FANA) tendo adaptado a estrutura organizacional a um novo sistema de forças e meios.

As tarefas e missões da Força Aérea foram adaptadas ao quadro da nova situação. Em conjunto com outros ramos das Forças Armadas Angolanas, a Força Aérea Nacional colabora nas acções de socorro, assistência em situação de catástrofe e calamidades naturais, apoio às missões do Executivo no esforço da reconstrução nacional. Também executa missões em função dos compromissos internacionais assumidos pelo Executivo junto da SADC, CEAAC, CPLP e na fiscalização do espaço aéreo nacional.
Com o recomeço da guerra pós-eleitoral, começou o trabalho de reorganização das unidades combativas, de recuperação da técnica aeronáutica, de refrescamento de pessoal navegante e técnico, e foram criados dois pólos, um em Luanda e outro no Lubango. E em 1993 foi criado o agrupamento da Catumbela com aeronaves MI21 e 23 SU 22 e 25.
No auge da guerra, houve necessidade de aquisição de novos meios e a transformação da Catumbela em Base Aérea Operacional (BAOC) para dar resposta às necessidades do teatro operacional que culminou com a conquista da paz em 4 de Abril de 2002.


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