terça-feira, 16 de junho de 2009

Novo livro de Paulo de Carvalho

retirado do

O sociólogo Paulo de Carvalho lança, na próxima quarta-feira, no anfiteatro da Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto, a obra «Exclusão Social em Angola. O caso dos deficientes físicos de Luanda», sob a chancela da Editorial Kilombelombe, com
patrocínio daquela instituição académica.
O livro, com 440 páginas, faz parte da colecção «Ciências Humanas e Sociais» daquela editora, que é coordenada pelo antropólogo Virgílio Coelho, sendo o número 3 da série «Sociologia e Antropologia». É resultado da tese de doutoramento do autor, defendida em 2004, em Lisboa, no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (Istce). A apresentação da obra, prefaciada por Fernando Luís Machado, estará a cargo do também sociólogo e escritor Artur Pestana (Pepetela). Segundo o autor, na introdução do livro, o presente trabalho aborda a temática da exclusão social, num país em desenvolvimento localizado na África Austral – Angola. (…) Para abordar esta temática, optámos
por considerar um dos grupos socialmente considerados mais marginalizados – os deficientes físicos. É intenção do autor verificar as condições de vida dos portadores de defi ciência física na cidade de Luanda (capital de Angola), captando simultaneamente as estratégias que utilizam para sobreviverem, tendo em conta que se tratam fundamentalmente de pessoas com deficiência física adquirida e com dependentes para sustentar.
Ao longo do livro, procuraremos demonstrar que os deficientes físicos são realmente dos grupos sociais mais marginalizados, porque, para além da condição comum de marginalidade, a deficiência física conduz a limitações no acesso aos bens socialmente pretendidos, como sejam a instrução académica, o emprego e o prestígio social.
O que se passa é que, para além de a deficiência conduzir a limitações de natureza física (dificultando ou impedindo a movimentação ou a capacidade de interacção com os demais), a sociedade cria barreiras complementares a quem possui incapacidade física ou intelectual.
Em consequência, tudo indica que os portadores de deficiência física sejam dos grupos que acumulam maior número de factores de exclusão social, podendo por isso considerar-se dos mais excluídos. Portanto, a hipótese de partida dá conta de os defi cientes físicos se encontrarem em pior situação do que o comum dos marginalizados, exactamente devido à deficiência física (…).
Paulo de Carvalho é diplomado e mestrado pelo Instituto de Sociologia da Universidade de Varsóvia (Polónia) e doutorado pelo Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa de Lisboa (Portugal).
É professor associado na Faculdade de Letras e Ciência Sociais e no ISCED de Luanda, ambos da
UAN, e investigador no Centro de Estudos Africanos do ISTCE. É ainda membro de diversas associações sócio-profi ssionais, incluindo estrangeiras, tendo já sido distinguido com o Prémio Nacional de Cultura, em 2002, na modalidade de Investigação em Ciências Humanas e Sociais


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