A selecção nacional sénior feminina de andebol conquistou ontem o seu décimo título Africano das Nações ao vencer, na final da XIX edição do CAN que se disputa no Egipto, a Tunísia por 31 - 30, depois dos já favoráveis 14 - 13 ao intervalo. As meninas de ouro continuam assim a fazer história, garantindo dez títulos em quinze participações. O combinado nacional regista ainda o facto inédito de ter vencido a maior parte das provas, ou seja, dez em dezanove edições realizadas. Angola começou a partida com Luísa Kiala ao centro, secundada por Elzira Barros e Acilene Sebastião na primeira linha. Azenaide Carlos e Natália Bernardo foram as pontas, enquanto Bombo Calandula jogou a “pivot” e Maria Pedro à baliza. A defesa 4 x 2 das angolanas surpreendeu as tunisinas que não conseguiram desenvencilhar-se da pressão e fecho de linhas de passe por parte de Natália Bernardo e Acilene Sebastião que actuaram como defensoras avançadas. O desnorte do ataque tunisino permitiu às angolanas lançar o seu mortífero contra-ataque que, aliado à eficácia do remate de primeira linha de Luísa Kiala e Elzira Barros, permitiu a fuga no marcador. À passagem do minuto 15 a Tunísia revelava alguma adaptação ao sistema defensivo de Angola, o que lhe permitiu restabelecer algum equilíbrio na contenda. Valeu nessa altura ao combinado nacional a excelente prestação da guarda-redes Cristina Branco que defendeu três remates em situação de 1 contra zero. Defensivamente, as magrebinas optaram igualmente por sistemas muito avançados e mostraram muito maior ousadia, lançando o seu contra-ataque, que lhes permitiu terminar a primeira parte com a desvantagem mínima de um golo. Entretanto, o reinício das campeãs africanas foi demolidor, assegurando uma vantagem de três golos, que não foi mantida por muito tempo pelas nossas jogadoras. O jogo decorreu a partir daí sob o signo do equilíbrio, embora Angola se mantivesse sempre na condição de vencedora. A descrença na vitória desenhou-se momentaneamente nas hostes tunisinas, quando Elzira Barros concretizou um livre de sete metros que fixou o resultado em 24 – 20, favoráveis à Angola. Daí para a frente as campeãs nacionais tentaram gerir o rumo dos acontecimentos, controlando a marcha do marcador e o tempo. As tunisinas aproximaram-se perigosamente no marcador, chegando aos 31–30 finais.
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