Autores do 4 de Fevereiro partiram da residência de Imperial Santana
O ministro dos Antigos Combatentes e Veteranos de Guerra, um dos sobreviventes da acção do 4 de Fevereiro, Pedro José Van-Dúnem, afirmou ontem que era falsa a informação que tem sido posta a circular de que o grupo tenha partido do Marco Histórico do 4 de Fevereiro (localizado no município do Cazenga).
O ministro dos Antigos Combatentes e Veteranos de Guerra, um dos sobreviventes da acção do 4 de Fevereiro, Pedro José Van-Dúnem, afirmou ontem que era falsa a informação que tem sido posta a circular de que o grupo tenha partido do Marco Histórico do 4 de Fevereiro (localizado no município do Cazenga).
“É falsa, pois o grupo partiu da residência do então comandante Imperial Santana, no município do Rangel”, disse.
O governante explicou que “o local onde está agora localizado o marco histórico do 4 de Fevereiro serviu como campo de treinos dos participantes da gesta heróica, assim como os Mulenvos que em minha opinião deveria ser salvaguardado para a construção posteriormente de um monumento”, explicou. “Na realidade, nós saímos na madrugada do dia 4 de Fevereiro da residência do Imperial Santana, no Rangel, e nos dirigimos para os vários postos que deveriam ser atacados, nomeadamente o campo de aviação, a casa de reclusão e a cadeia de São Paulo, e não de outros pontos como tem sido aventado”, acrescentou. O governante afirmou ainda que o Governo e a direcção do MPLA nunca se esqueceram dos participantes da acção do 4 de Fevereiro, referindo que as condições que o país atravessou ao longo dos anos de guerra impediram a criação de melhores condições de vida para os mesmos. Segundo Pedro Van-Dúnem, após cinco anos desde a conquista da paz e com a estabilização da economia do país, as estruturas governamentais estão a trabalhar para a criação de melhores condições de vida para todos os cidadãos que participaram na luta de libertação nacional. Segundo o responsável, o ministério dos Antigos Combatentes e Veteranos de Guerra está a trabalhar no sentido de proceder à revisão da Lei do Antigo Combatente com vista ao alargamento dos benefícios de que os mesmos devem desfrutar por direito. Segundo ele, as estruturas governamentais estão a trabalhar nesse sentido e informou que no primeiro semestre do ano em curso esta tarefa estará concluída.
Na madrugada do dia 4 de Fevereiro de 1961, nacionalistas angolanos, empunhando paus e catanas, atacaram a cadeia de São Paulo, a Casa de Reclusão e o campo de aviação, em Luanda, numa clara afronta à então administração colonial portuguesa.
in Jornal de AngolaPensar e Falar Angola
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