sábado, 4 de fevereiro de 2012

51 anos do Início da Luta Armada




O 4 de Fevereiro é considerado um marco importante da luta africana contra o colonialismo
O 4 de Fevereiro é considerado um marco importante da luta africana contra o colonialismo

Comemora-se hoje, 4 de Fevereiro, o 51º aniversário do Início da Luta Armada de Libertação Nacional, data que constitui um marco indelével na história da resistência ao regime colonial-fascista português, para o alcance da Independência Nacional.


Na madrugada de 4 de Fevereiro de 1961, um grupo de homens e mulheres, munidos de paus, catanas e outras armas brancas, atacou a casa de reclusão e a cadeia de São Paulo, em Luanda, para libertar presos políticos ameaçados de morte.


Em resposta ao ataque, o regime colonial-fascista reagiu brutalmente com uma acção de repressão em todo o país, com assassinatos, torturas e detenções arbitrárias.


Essas prisões e assassinato de pessoas indefesas levou alguns nacionalistas a organizarem-se para a luta de libertação.


Os preparativos da acção tiveram início em 1958, em Luanda, com a criação de dois grupos clandestinos, um abrangendo os subúrbios e outro a zona urbana, coordenados por Paiva Domingos da Silva, Imperial Santana, Virgílio Sotto Mayor e Neves Bendinha (já falecidos).


A acção inseriu-se também nos anseios da população e na necessidade de se passar a formas de luta que correspondessem à rigidez da administração colonial. Para tal, valeu a colaboração de cónego Manuel das Neves e outros combatentes.


O 4 de Fevereiro de 1961 é considerado um marco importante da luta africana contra o colonialismo, numa tradição de resistência contra a ocupação que vinha desde os povos de Kassanje, do Ndongo e do Planalto Central.


Os primeiros relatos de realce de resistência à ocupação colonial datam dos séculos XVI e XVII (1559-1600 e 1625-1656), conduzidos por Ngola Kiluanje e Njinga Mbandi.


Os acontecimentos de Fevereiro de 1961 traduziram-se assim numa sublime expressão de nacionalismo, demonstrada pelos angolanos.


Este ano, o acto central das comemorações da data decorre no município de Amboim,  província do Kwanza Sul, sob o lema  “Honremos a memória dos nossos heróis, preservando a paz e a democracia”.


O programa comemorativo do 51º aniversário da epopeia, cujo acto político nacional será presidido pelo ministro dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, Kundi Pahiama, inscrevem actividades culturais e recreativas, bem como a inauguração de empreendimentos económicos e sociais.



Angop


Pensar e Falar Angola

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