Estudo publicado no “New England Journal of Medicine”
Testada com êxito vacina contra o paludismo
O ensaio abrangeu 45 crianças de um e dois anos, que foram repartidas em três grupos. O primeiro recebeu uma dose de 15 microgramas da vacina designada MSP3, o segundo 30 microgramas e o terceiro uma vacina contra a hepatite B.
A frequência do paludismo foi três a quatro vezes menor nos bebés tratados com a nova vacina do que nos que receberam a profilaxia contra a hepatite B. Os resultados do teste clínico, publicados esta semana na revista “New England Journal of Medicine”, terão agora de ser confirmados em estudos mais abrangentes.
O paludismo, uma infecção provocada pelo parasita Plasmodium falciparum, transmitido por uma fêmea de um mosquito, foi responsável, em 2009, pela morte de cerca de 800 mil pessoas na África Subsariana, sobretudo menores de cinco anos.
Estudo abrange 24 jovens
Primeiro ensaio clínico de vacina contra o HIV em Moçambique
Segundo Alexandre Manguele, a pesquisa será realizada em seres humanos para “avaliar se a vacina é segura, ou seja, se não faz mal, e se (os voluntários) produzem uma resposta imune contra o HIV”.
“Este estudo vai incluir um total de 24 participantes HIV negativos, jovens saudáveis, que têm uma probabilidade muito baixa de contrair a infecção pelo HIV”, pelo que o objectivo é “verificar se as vacinas produzem ou não respostas de defesa contra o HIV” neste grupo.
No entanto, Alexandre Manguele lembrou que “as vacinas não curam”, mas apenas contêm informação sobre a estrutura do vírus e serão incapazes de causar a SIDA.
Os ensaios clínicos desenvolvem-se em quatros fases, mas em Moçambique irão desenvolver-se apenas ensaios das primeiras duas fases. Na primeira, far-se-á a avaliação dos efeitos adversos e da segurança dos voluntários, e, na última, determinar-se-á a força e o tipo de resposta imune que é produzida pelo corpo.
A nível mundial, vários candidatos estão a ser submetidos a estudos para produzir uma vacina contra o HIV e, em Moçambique, o ensaio clínico será liderado e conduzido pelo investigador Ilesh Jani do Instituto Nacional de Saúde e pela académica Nafissa Osman do Hospital Central de Maputo.
A pesquisa, avaliada em 1,9 milhões de dólares, conta com o financiamento do governo da Suécia e da European and Devoloping Countries Clinical Trials Partnership, e faz parte de uma iniciativa internacional denominada “Tanzania and Mozambique Vaccine Program”, que integra Moçambique, Tanzânia, Alemanha, Inglaterra e os Estados Unidos.
Moçambique é um dos 10 países do mundo mais afectados pelo HIV/Sida, com um índice de prevalência de 11,5% da população, estimada em 21 milhões de habitantes
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