Encerrado workshop do sub-comité militar da SADC para Vih/Sida
Luanda – O segundo Workshop do Sub-Comité Técnico Militar da SADC para o Vih/Sida encerrou hoje, quinta-feira, em Luanda, com a aprovação e leitura do comunicado final, documento de onde constam aspectos que vão reforçar a estratégia de luta contra esta doença ao nível das unidades militares da região.
A cerimónia de encerramento foi proferida pelo Chefe Adjunto do Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA) para Educação Patriótica, General, Egídio de Sousa Santos, na presença de altas patentes representantes de vários países ao nível da região e convidados.
Para o desfecho dos trabalhos que decorreram de 27 a 29 do mês em curso foram entregues brindes diversos aos chefes das delegações militares de saúde da SADC presentes, além do prémio de investigação biomédica ao coronel-médico, Pedro Maria de Carvalho.
Este evento do Sub-Comité Técnico Militar da SADC decorreu sob lema central “ A prevenção, O Tratamento e o Acompanhamento de Casos de Vih/Sida”, com o objectivo de mobilizar as sinergias requeridas em prol da implementação do Plano Estratégico Regional.
A troca de experiência na abordagem dos temas permitiu aos participantes elaborar estratégias próprias que visam melhorar a gestão dos serviços de saúde militar, de acordo com documento da comissão científica a que a Angop teve acesso.
Considerado um problema de saúde pública de grande magnitude a nível mundial e em particular na África Austral, o Vih/Sida representa uma ameaça séria e risco para os efectivos das Forças Armadas da SADC.
Os resultados dos programas de circuncisão masculina voluntária no seio dos recrutas e efectivos das Forças Armadas de Angola e Zâmbia, como uma via de combate da infecção do Vih/Sida, é apresentado hoje, quinta-feira, no terceiro e último dia dos trabalhos do II Workshop do Sub-Comité Técnico Militar da SADC para o Vih/Sida.
Estes documentos são apresentados pela coordenadora do programa de Vih/Sida nas Forças Armadas Angolanas, tenente-coronel Adelina Siquili, e o especialista da Zâmbia, major Samson Tembo.
A circuncisão masculina actualmente está a ser considerada como um método de prevenção contra a infecção do Vih/Sida.
Dados apresentados quarta-feira pelo director regional da Organização Mundial de Saúde (OMS), Luís Gomes Sambo, neste encontro, constatou-se que em certos países tais como Mali, Mauritânia e Senegal, onde a prática de circuncisão masculina é habitual, a prevalência de infecção é baixa.
Outros estudos feitos em 2007, pelos peritos da OMS e a ONUDISA, isto em 2007, indicam haver provas de que a circuncisão masculina realizada em condições de segurança teria contribuído para a redução do risco de infecção pelo VIH com cerca de 60 porcento.
A partir daí, de acordo com Luís Gomes Sambo, alguns países particularmente da África Austral intensificaram a prática de circuncisão masculina no quadro das medidas de prevenção contra as infecções contra vih.
Na nossa região, seguiu, 13 países estão a praticar a circuncisão masculina como preventivo, entre eles, Moçambique, Zimbabwé, Namíbia, África do Sul, Suazilândia, Zâmbia, Zimbabwe, Rwanda, Kenya, Tanzânia Uganda e outros.
“Estes aplicam um método clássico de circuncisão, mas há novos métodos que estão a chegar no mercado e que se encontram em fase experimental, mas parecem ser promissores”, deu a conhecer o director regional da OMS.
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